Jovem de classe média é suspeito de liderar quadrilha de roubo de carros

Vinte e um anos de idade,  de família de classe média, apontado como chefe de uma quadrilha de roubo de carros e dono de uma extensa ficha criminal. Segundo a polícia,  o jovem Hugo Pimenta Limeira foi preso em flagrante após uma perseguição policial que terminou em acidente de trânsito.  O suspeito já era procurado há mais de um mês. Enquanto isso, aproveitava a noite brasiliense com o dinheiro proveniente do mundo do crime, revelou a polícia.

A vida criminosa do jovem começou a ganhar notoriedade após o dia 10 de março. Segundo Rodrigo Larizatti, delegado-chefe da 4ª DP (Guará), Hugo é o terceiro integrante do grupo envolvido no caso dos  disparos feitos contra a delegacia, na  madrugada daquele dia. Após o episódio, as buscas pelo rapaz, que já era procurado por ter sete  mandados de prisão em aberto por roubos, se intensificaram. 

De acordo com Larizatti, o detido foi o autor dos tiros direcionados à delegacia. Os outros envolvidos já estão presos (leia a memória). “Pura tentativa de demonstração de poder. Os disparos foram feitos na lateral da delegacia, sem muito perigo aos presentes” diz o delegado.

O suspeito só foi preso na última terça-feira, após roubar um carro em Taguatinga. Na fuga, acabou batendo em viaturas das polícias Civil e Militar. Com ele, foi encontrado um revólver calibre 38.

Na delegacia, Rodrigo Larizatti confirmou que Hugo era apontado como autor de dez roubos - de seis carros e quatro a transeuntes. Uma das vítimas, inclusive, o reconheceu como autor do roubo, quando este foi apresentado à imprensa. 

Segundo o delegado, Hugo ainda responde por homicídio, tentativa de latrocínio, formação de quadrilha e porte ilegal de armas.

Memória

 

Em 18 de março último, a polícia prendeu Diogo Rodrigo de Oliveira, 26 anos, e Hebert Douglas da Silva, 23 anos,  suspeitos de terem participado dos disparos contra a 4ª DP (Guará). Na época, Hugo Pimenta Limeira já era apontado pelas autoridades como responsável pelos tiros, mas estava foragido e teve a prisão decretada. Segundo a polícia, Diogo Rodrigo tem passagem por crimes de receptação, porte e consumo de drogas. Hebert Douglas já foi preso por roubo. A polícia cumpriu mandado de busca na casa de Hugo, onde encontrou, entre outros pertences, 43 cartuchos de munição 9mm, a mesma utilizada nos disparos.

 

Prisão: alívio para família

 

De acordo com o delegado Rodrigo Larizatti, “tanto os disparos à delegacia, quanto a maioria dos delitos, ele cometia sob o efeito de álcool e drogas”.  O chefe da 4ª DP ressalta que o perfil de Hugo chama a atenção, uma vez que os crimes não seriam cometidos simplesmente para garantir o sustento, uma vez que ele pertence a   família de classe média do Guará.

 

 Segundo  Larizatti, a família   sabia das atividades criminosas e temia pelo rapaz. “Os familiares dele, ironicamente, estão aliviados com a prisão. Todos temiam a morte de Hugo em algum   confronto com a polícia”, contou.

 

O delegado destacou que Hugo tinha como costume pagar as contas de  amigos   na noite com o dinheiro proveniente  dos roubos. “Ele gostava de esbanjar. Em uma noite de balada gasta mais de R$ 2 mil. Esse suposto glamour que o crime oferece foi o que o motivou a tais atos. É um jovem que tinha o apoio da família, mas queria algo a mais e buscou isso no crime” concluiu o delegado.

 

Ao ser apresentado à imprensa, na delegacia,  o suspeito foi agressivo. “Não tenho nada para declarar a vocês. Ninguém aqui é juiz. Só falo com o juiz e com o delegado aí” esbravejou,  ao ser questionado sobre as acusações.

 

 

 

Fonte: Da redação do Jornal de Brasília