Millena Lopes
millena.lopes@jornaldebrasilia.com.br
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![Rafaela Felicciano](http://www.jornaldebrasilia.com.br/site/imagens/tinynoticias2012/27pol01f1_718x1000jp_760.jpg)
Rollemberg foi muito bem votado no Plano Piloto, onde a renda e a escolaridade dos moradores são comprovadamente maiores. Na 14ª Zona Eleitoral, que abrange a Asa Norte e a Vila Planalto, por exemplo, o senador conseguiu 80,42% do eleitorado. Na 1ª ZE (Asa Sul), 77,58%; e na 11ª (Cruzeiro e Sudoeste), 76,24%.
Frejat obteve maioria em nove zonas eleitorais, as mais periféricas do DF: na 4ª (Gama, Santa Maria e Sítio do Gama), na 6ª (Planaltina), na 7ª (Brazlândia), na 8ª (Ceilândia Centro), na 13ª (Samambaia), na 16ª (Ceilândia Norte), na 17ª (Gama e regiões rurais), na 20ª (Ceilândia Sul) e na 21ª (Recanto das Emas).
Votos do PT
Embora os dois candidatos tenham tentado, durante toda a campanha no segundo turno, se dissociar da imagem do governador Agnelo Queiroz (PT), os 307.449 votos obtidos pelo petista foram divididos. Os números, no entanto, indicam que Frejat tenha sido o maior beneficiado com eles: Rollemberg obteve exatamente 182.281 votos a mais que no primeiro turno e o candidato do PR, 221.135 a mais.
O partido declarou neutralidade no segundo turno e pediu aos partidários que votassem nulo, assim como declarou o próprio governador por diversas vezes. Liberados pelo próprio Agnelo, outros partidos que faziam parte da coligação do governador se dividiram em apoio aos dois candidatos.
Luiz Pitiman (PSDB), que conseguiu o apoio de 68.291 no primeiro turno, declarou apoio a Rollemberg na segunda fase da disputa. O PSOL, que foi votado por 34.685, também declarou neutralidade.
Beneficiado com os votos de Arruda
Rollemberg começou na disputa como terceira opção dos eleitores. Antes da desistência do ex-governador José Roberto Arruda (PR), que indicou o vice Jofran Frejat para substituí-lo na chapa, Rollemberg estava atrás até do governador Agnelo nas pesquisas de intenções de voto.
Com a saída de Arruda e de carona na popularidade da ex-candidata ao Planalto, Marina Silva (PSB), Rollemberg começou a crescer nas pesquisas e terminou a disputa, no primeiro turno, em primeiro lugar na preferência do eleitor.
Rollemberg então emplacou o discurso da mudança, destacando que em sua chapa estavam políticos éticos, como o senador eleito Reguffe (PDT). A campanha foi marcada por troca de acusações das duas partes. Enquanto Frejat tentava associar a imagem de Rollemberg ao governador com alta rejeição, o senador criticava os cabos eleitorais do candidato do PR.
Mudança
Os brasilienses compraram o discurso da mudança no segundo turno, quando antes as pesquisas mostravam uma possível eleição de Arruda ainda no primeiro turno.
Nem com a indicação da mulher, Flávia, para vice de Frejat, o ex-governador conseguiu transferir todos os votos que arregimentara nos início da campanha. Nem a “tarifa Frejat”, com promessa de ônibus a R$ 1, salvou a campanha do PR.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
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