A
União Democrática Nacional (UDN), famoso partido político das décadas de 40 a
60, estará em breve protagonizando novamente no cenário político brasileiro. Esta
é a promessa da executiva nacional da UDN, sediada na Capital Federal, que
lançou a meta de conseguir a 490 mil assinaturas necessárias para viabilizar o
partido nacionalmente em apenas 9 meses.
Para
Altamiro Rajão, o presidente do Partido, a proposta é a de que a UDN possa
participar das eleições gerais de 2018. Rajão sonha em lançar candidatos a Governador
nas 27 unidades da federação pela UDN nas próximas eleições, “e
quem sabe, até candidato a Presidência da República. Pois temos nomes na
sociedade que representam bem o ideário da UDN, tais como: o Juiz Sérgio Moro,
o ex-Ministro Joaquim Barbosa, o Deputado Jair Bolsonaro, o apresentador Sílvio
Santos, o empresário Paulo Skaf e tantos outros nomes de grande importância” sentencia
Rajão.
Ao
falar da nova UDN, Rajão explica, “as pessoas estão cansadas dos partidos
existentes. Elas exigem algo novo, que lhes garanta propostas sérias e que
possam impactar suas vidas. Estão cansadas de partidos segmentados, que
representam apenas parte da sociedade. A UDN representará a todos, e
principalmente ao cidadão que não se sente representado por nenhuma sigla
partidária” disse Rajão.
O
Jornal Galo de Briga fez uma entrevista exclusiva com Rajão sobre o retorno da
UDN:
JGB: O que é a UDN?
Rajão: A
União Democrática Nacional - UDN, é um partido político que foi instituído em
07 de abril de 1945. Atuou até o ano de 1965, quando da instituição do Ato
institucional número 02, que extinguiu os partidos políticos. A UDN à época
surgiu para lutar contra a ditadura do Estado Novo. Toda perpetuação no poder é
maléfica. Defendemos a alternância, pois é uma característica do regime
democrático. E a nova UDN ressurge com esta mesma ideia, unir os cidadãos e as
forças políticas em prol de um novo modelo para o país.
JGB: O que a UDN
defendia?
Rajão: A
UDN era contra o populismo, mas defendia a família, os valores morais e éticos,
a educação, um serviço público meritocrático, um estado mais eficiente, o setor
produtivo, a geração de emprego e de renda e inúmeras outras bandeiras
importantes para sociedade.
JGB: Quem fez parte da
antiga UDN?
Rajão: Grandes
nomes como: Brigadeiro Eduardo Gomes, Carlos Lacerda, Otávio Mangabeira, José
Américo de Almeida, Prado Kelly, Odilon Braga, Artur Ferreira dos Santos,
Milton Campos, Juracy Magalhães, José de Magalhães Pinto, Herbert Levy, Olavo
Bilac, Ernani Sátiro, Virgilio de Melo Franco, Aliomar Baleeiro, José Monteiro
de Castro, Rui Santos, Virgílio Távora, João Agripino Filho, Guilherme Machado,
Aluíso Alves, Rui Santos, Oscar Dias Correia, Afonso Arinos, Pedro Aleixo, José
Maria Lopes Cançado, Gabriel Passos, Paulo Campos Guimaraes, Aureliano Chaves,
Francelino Pereira, Dr. Ataliba Pires César, Padre Wilhamus Johannes, José
Moacir César, Leolino Cordeiro, Dona Celuta Figueiredo Costa, Dona Neide
Pinheiro Freire, Agenor Santos, Waldemar Cesar Santos, Elisa Mendes, João André
da Costa Junior, Domingos Mota, Oswaldo Nogueira de Souza, Lauro Lopes da
Silva, Angelo Alves Pereira, Dr. Nagib Ali Ganem, Raul Vieira, Antônio Caetano,
José João dos Santos Jr., Gabriel Mareco, Ritinha de Cecília, José Massud
Abu-Kamel, Antônio Lopes e tantos outros.
JGB: Como surgiu a ideia
de recriar a UDN?
Rajão: Em
2013 iniciamos um processo de formação de um partido que usaria a sigla UDN.
Entretanto, em conversa com vários entusiastas e apoiadores de nossa
iniciativa, sugeriram recriar a União Democrática Nacional, de fato e de
direito.
JGB: As pessoas não
perguntam para que serve mais um partido no Brasil?
Rajão: Sim.
O descrédito com a política brasileira é grande. Mas o nosso modelo é inspirado
no sistema Norte-americano. Entretanto, lá nos EUA possuem quase 80 partidos,
com a predominância de 2 apenas. O problema do sistema político e eleitoral
brasileiro não está na quantidade de partidos, que já são mais de 30. E sim,
nas leis e nos mecanismos que regem esses sistemas. Por isso que defendemos uma
reforma ampla na Constituição Federal.
JGB: Muitos partidos são
prejudiciais ao Brasil?
Rajão: Não
entendo desta maneira. O pluralismo político e o pluripartidarismo são
garantias constitucionais e que são princípios básicos do regime democrático.
Como disse anteriormente, temos que mudar o modelo, os sistemas, as leis e as
instituições. Portanto, temos que ir na causa e não nas consequências. E a
causa é a nossa própria Constituição, que precisa ser amplamente reformulada.
JGB: O que a nova UDN
defenderá?
Rajão: A
nova UDN vem com a principal proposta que é a reformulação de toda a
Constituição Federal. Alguns políticos e até partidos atualmente estão
defendendo uma nova eleição geral. Isto é engodo político, hipocrisia e
casuísmo. Na Bíblia ensina que não se deita remendo novo em vestido velho. O
que eles querem é mudar os personagens, mas continuar no mesmo modelo e nas
mesmas regras. Por isso defendemos a instituição de uma nova constituinte.
JGB: E porque uma nova
constituinte?
Rajão: O
Brasil precisa de uma reforma tributária, eleitoral, política, penal, processual,
reformular as instituições e acabar com os privilégios, e tantas outras
modificações que passará 100 anos e não conseguiremos aprovar todas as PECs
necessárias. Basta lembrar que a Constituição Federal fará 30 anos em 2018. E a
constituinte é necessária, pois quem está jogando, com a bola rolando, não tem
legitimidade e nem a pré-disposição de alterar e reformular as novas regras.
Por isso precisamos de uma Assembleia Nacional Constituinte, composta de
cidadãos e entidades com notórios conhecimentos em suas áreas de atuação, para
debruçarem nas reformas necessárias para o nosso País.
JGB: E o que mais a nova
UDN defenderá?
Rajão: Defendemos
a Educação como base de uma grande nação. Defendemos o ‘Estado Mínimo’, porém
eficiente e efetivo em suas políticas públicas. Defendemos instituições fortes
e mecanismos contra os privilégios e a corrupção. Defendemos mais saúde,
educação e segurança para o cidadão brasileiro. Defendemos uma carga tributária
justa e incentivos ao setor produtivo, para geração de emprego e renda.
Defendemos o meio-ambiente e o desenvolvimento sustentável. Defendemos a
cultura, o esporte e o lazer. Defendemos o trabalhador, e também o empresário,
que luta pelo emprego do trabalhador. Defendemos uma imprensa livre, a
liberdade de expressão e a liberdade de culto. Defendemos o social, mas somos
contra o populismo. E tantas outras bandeiras que possam engrandecer o Brasil
como uma grande nação.
JGB: A nova UDN será de
direita ou de esquerda?
Rajão: Não
seremos nunca de esquerda e tão pouco de direita. E muito menos de centro.
Estas definições estão superadas. Temos ideias liberais, mas defendemos o
social, e nem por isso queremos o rótulo da social democracia, que também está
patinando há décadas. O nosso posicionamento político e ideológico virá das
ruas e faremos política ouvindo a sociedade.
JGB: A nova UDN estará
pronta quando?
Rajão: Boa
pergunta. Precisamos de 490 mil assinaturas. Parece muito, mas com organização,
patriotismo e voluntarismo, pretendemos alcançar esta meta em menos de um ano.
Estamos com representação em 12 estados e queremos em menos de 60 dias alcançar
as outras 15 unidades da federação. Estamos como uma estratégia bem definida e
acreditamos que a meta é ardorosa, embora factível.
JGB: Como a nova UDN vê o
atual momento político?
Rajão: O
momento é de instabilidade. Está mais do que provado que não teremos um
salvador da pátria. Não teremos um partido messiânico. Não teremos um gênio da
lâmpada. O que precisamos é colocar o Brasil nos trilhos. Dar estabilidade.
Fortalecer as instituições. Buscar as responsabilidades daqueles que assaltaram
o país. Mudar o modelo que está posto. Resumindo: é um processo e não ‘um
apertar de botão’. É um trabalho de construção. E entendo que o start será com
a reformulação da Constituição.
JGB: A UDN é a favor da
Lava Jato?
Rajão: Claro! Somos a favor do fortalecimento das
instituições de estado. E o Brasil precisa de muitas ‘operações mãos limpas’.
JGB: Como a UDN poderá
ajudar o Brasil?
Rajão: Queremos
quebrar os monopólios e até mesmo o ‘monopólio dos partidos’. Seremos um
partido que defenderá cortar na própria carne. Brigaremos pelo fim do fundo
partidário ou a sua aplicação por um fim altruísta, de valor simbólico e
isonômico. Defenderemos a candidatura avulsa e a imunidade parlamentar
mitigada. Queremos que os vencimentos dos agentes políticos estejam vinculados
ao piso salarial do professor. Entendemos que a política não pode ser
profissão, e para isso, terá que existir limites de reeleições nos cargos
políticos. Por isso, vamos lutar contra os privilégios existentes na própria
constituição. Queremos um Brasil para todos.
JGB: Quais são suas
considerações finais?
Rajão: Quero
convidar a você cidadão inconformado com tudo isto que está acontecendo em
nosso país. A UDN quer representar a todos, mas principalmente ao inconformado
que quer mudar o País. Precisamos de mudanças e por isso queremos que a UDN
seja essa sua voz de mudança. Precisamos da sua ajuda. Do seu voluntarismo, para
que possamos ser um partido de fato e de direito, para concorrer às eleições de
2018. Contamos com o seu apoiamento e a sua participação. Lutemos juntos pelo
Brasil!!! Por isso deixo o convite a todos, para participarmos no dia 04 de
julho da refundação da UDN. Participe conosco deste dia histórico!!!