domingo, 29 de março de 2015

O “VEM PRA RUA” DEFINE O QUE VAI PEDIR NO DIA 12 DE ABRIL: “FORA DILMA!”




dilma fora
O “Vem Pra Rua”, um dos maiores movimentos que convocaram a megamanifestação nacional do dia 15 de março, acaba de adotar uma palavra de ordem clara e sem ambiguidades: “Fora Dilma”. É o que se ouvirá em uníssono no novo protesto, marcado para o dia 12 de abril. A expectativa dos organizadores é que o evento se repita em todas as capitais e se espalhe por um número ainda maior de cidades.
Até havia pouco, o “Vem Pra Rua” chamava os brasileiros a expressar publicamente a sua insatisfação, acusava as lambanças do governo e do PT, mobilizava a população contra a corrupção desabrida, mas não dava especial relevo à reivindicação para Dilma deixe a Presidência. O que se avalia é que a dinâmica na rua e o encadeamento dos fatos impõem o lema aglutinador. O grupo acha que a presidente tem de deixar o cargo, dentro dos rigores da lei, seja por renúncia — e esse é um ato unilateral —, seja por cassação, seja pelo caminho do impeachment.
Conversei há pouco com Rogério Chequer, um dos coordenadores do movimento, e ele explica por que adotar o “Fora Dilma”: “Sempre dissemos que temos consciência de que não somos representantes do povo legitimados por eleições, mas acabamos nos tornando porta-vozes e catalizadores de uma insatisfação clara, de milhões de pessoas. E as bases querem o ‘Fora Dilma’ porque entendem que há motivos para tanto.”
Só isso? Não! O “Vem pra Rua” entende ainda que a forma como o governo vem atuando para firmar os acordos de leniência com as empresas acaba interferindo no processo de investigação, podendo caracterizar a interferência do Poder Executivo no Poder Judiciário e preparar o terreno para a impunidade.
Chequer explica: “Queremos também chamar a atenção para o fato de que, quando menos, Dilma tem de ser investigada. O deputado Raúl Jungman (PPS-PE) já entrou com este pleito no Supremo, e o ministro Teori Zavascki pediu que Rodrigo Janot, procurador-geral da República, se manifeste a respeito. A Constituição não impede que a presidente seja investigada. Até porque a investigação de atos cometidos antes do exercício do seu mandato pode remeter a questões que se deram no curso do mandato. Consideremos a investigação imperiosa”.
Pergunto a Chequer se ele não teme que o “Fora Dilma” se confunda com uma radicalização do movimento de rua”. Ele responde: “Não tem radicalização nenhuma. Vamos ser claros: foi o que as ruas pediram já no dia 15 de março, num clima de ordem e respeito às instituições. Nós estamos dizendo ‘Fora Dilma’ porque temos uma Constituição e uma lei que tratam da possibilidade. Pode haver divergência sobre se há ou não motivos, mas é absurdo falar em radicalização ou golpismo quando se cobra o império da Constituição e das leis”.
E Chequer acrescenta: “O nosso movimento se chama ‘Vem pra Rua”, e a voz da rua é uma só: ‘Fora Dilma!’”.
Por Reinaldo Azevedo












































































fonte: Veja

Câmara dos Deputados gasta R$ 1,2 milhão para rastrear recursos desviados da Petrobrás



carrinho-de-compras
A Câmara dos Deputados está indo além das oitivas realizadas na CPI da Petrobrás. A Casa empenhou (reservou recursos do orçamento para gasto futuro) R$ 1,2 milhão para pagar serviços especializados em investigação e rastreamento de ativos financeiros, possivelmente desviados pelos envolvidos no esquema de corrupção denunciado pela operação da Lava Jato.
A Casa, pensando no conforto para os apartamentos funcionais destinados aos seus funcionários, também irá adquirir 114 sofás, na cor bege claro, por R$ 117 mil. Os novos móveis mobiliarão os apartamentos do Bloco C da quadra 302 da Asa Norte em Brasília. De acordo com a Câmara, o bloco está em reforma geral, com previsão de entrega para este mês.
Na outra ponta dos poderes, o Supremo Tribunal Federal (STF) do Rio de Janeiro locará veículos oficiais blindados para a representação por R$ 149,4 mil. Na lista de carros previstos estão Azera 3.0 (Hyundai), Ford Fusion V6 (Ford), Omega (Chevrolet), Accord EX V6 3.0 (Honda), Cadenza 3.5 V6 ou Óptima (Kia Motors), C-300 V6 (Chrysler) e Passat 2.0 TSi ou Jetta 2.0 TSi (Volkswagen). Eles virão com quilometragem livre e sem serviço de motorista. O contrato inicialmente terá vigência de um ano.
Ambiente doméstico
O STF também comprará dois conjuntos de faixas elásticas, duas canaleiras, seis cones de plástico, um balanço proprioceptivo ortopédico e 30 exercitadores elásticos tipo tubing por R$ 1,2 mil.
Já o Senado Federal deve adquirir três caixas do tipo gabinete com seis gavetas cada por R$ 8,2 mil, sendo que metade das gavetas são grandes e a outra metade, pequenas. Tudo em chapa de aço reforçado e da marca Gedore.
Além disso, o Senado também separou R$ 78,2 mil do orçamento para contratar empresa de assistência técnica de eletrodomésticos para tê-la a disposição durante o ano. Com ela, serão feitas a correção e a manutenção preventiva dos aparelhos das áreas da Secretaria Especial de Editoração e Publicações e da Secretaria Especial de Informática do Senado.
Cafezinho da tarde
A Secretaria de Administração da Presidência adquirirá diversos tipos de pães e salgadinhos que totalizarão R$ 91,7 mil. Na compra estão inclusos 142 biscoitos caseiros, 1.250 mini croissants, 3.330 mini brioches, 12.000 mini pizzas, 24.000 mini salgados, 1.000 pães Ciabatta, 3.000 pães de batata, 2.500 pães integrais, 416 mini pães franceses, 83 pães do tipo folha para sanduíche “wrap”, 100 petit four, 2.500 pães de forma e 900 pães de queijo tradicionais.
De acordo com a nota de empenho, os produtos serão dispostos nas copas do Palácio do Planalto, que atendem autoridades e servidores de plantão e eventos realizados no âmbito da Presidência da República e a copa da Vice Presidência da República durante este ano.
“É necessário que a empresa seja especializada em fabricação de pães, tendo em vista que os produtos serão consumidos por autoridades nacionais e internacionais, garantindo a qualidade e sendo fabricada preferencialmente no mesmo dia do consumo”, informou a Presidência.
Ao que parece, o STF também está preocupado com o cafezinho da tarde. Por isso o órgão comprará 25 bules para café. Os bules terão tampa, bico longo e capacidade para dois litros de café. Os aparatos culinários devem sair por R$ 2 mil.
Confira aqui as notas de empenho.
*Vale ressaltar que, a princípio, não existe nenhuma ilegalidade nem irregularidade neste tipo de gasto feito pela União e que o eventual cancelamento de tais empenhos certamente não ajudaria, por exemplo, na manutenção do superávit do governo ou em uma redução significativa de despesas. A intenção de publicar essas aquisições é popularizar a discussão em torno dos gastos públicos junto ao cidadão comum, no intuito de aumentar a transparência e o controle social, além de mostrar que a Administração Pública também possui, além de contas complexas, despesas curiosas.

fonte: Contas Abertas

sábado, 28 de março de 2015

'Governo pune trabalhador mas não cuida da corrupção'


Senador gaúcho afirma que a população foi 'enganada" e ameaça deixar o PT se o Congresso aprovar as propostas para mudar benefícios  

Paulo Paim
Paulo Paim(Agência Senado/VEJA)
Petista histórico, o ex-deputado constituinte e senador Paulo Paim (RS) está prestes a deixar o partido a que se filiou há 30 anos. Ele intergra a lista de pelo menos 16 senadores que apresentaram recentemente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) consultas sobre regras de migração partidária. Mas, ao contrário das motivações político-eleitorais que regem os interesses, por exemplo, da senadora Marta Suplicy (PT), que pretende disputar a prefeitura de São Paulo, Paim admite se filiar ao PMDB, PDT ou PSB e até mesmo fundar uma nova sigla se o governo insistir em aprovar, no Congresso Nacional, medidas que endurecem as regras para concessão de benefícios trabalhistas - como seguro-desemprego, pensão por morte e seguro-defeso. Para o senador, a população se sente "enganada" pelo governo, que nas eleições de outubro prometera manter intactas as conquistas previstas em lei. "Em vez de aumentar a fiscalização contra a corrupção, o trabalhador é mais uma vez chamado para pagar a conta", diz. Leia a entrevista ao site de VEJA.
Como o senhor pretende atuar nas duas medidas provisórias que afetam os direitos dos trabalhadores? Eu fiquei constrangido e perplexo com as duas medidas provisórias que tiram direito dos trabalhadores. E essa não é uma reação só minha, é de todas as centrais, de todas as confederações, sindicatos, associações de trabalhadores, que não concordam com o que o governo fez. Sou o último dos parlamentares do PT que participou da Constituinte e hoje ainda está em atividade, sempre em uma linha de coerência. Como é que a essa altura do campeonato eu vou votar contra pescador, contra a viúva, contra o trabalhador desempregado? Não tem sentido. Não tem como mexermos nesses direitos trabalhistas.
O governo alega que são apenas correções e não supressão de direitos adquiridos. Claro que sou a favor de medidas moralizadoras. Mas a questão é ampliar a fiscalização, cruzar os dados nesses tempos de tecnologia para detectar as irregularidades. A gente sabe que dá para fazer. Podemos combater casos específicos de irregularidades, mas não fazer como o governo, mudar a lei e diminuir o valor dos benefícios dos trabalhadores. Não podemos aceitar que o governo use a desculpa de moralizar quando na verdade quer trazer prejuízo para o conjunto dos assalariados brasileiros e aposentados. Está aí o PIB de 0,1%. Em época de recessão, todos sabemos que o desemprego está aumentando. No Rio Grande do Sul, mais de 22.000 trabalhadores no polo naval foram demitidos. Como vou aceitar essa nova quarentena para o seguro-desemprego quando sabemos que a alta rotatividade é real?
Por que acha que a presidente Dilma decidiu editar as MPs contra os trabalhadores? Essas MPs vão na contramão de tudo que pregamos ao longo de nossas vidas. A base está, de fato, constrangida. Talvez a máquina do governo não quis enfrentar um outro debate, que é reforma tributária profunda para que de fato quem ganhe mais pague mais. Mas nesse país parece que é tudo ao contrário. Poderíamos ter enfrentado o debate de aumentar a fiscalização, mas o governo Dilma foi pelo caminho mais fácil. Poderíamos discutir como tributar fortunas, uma proposta defendida até pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Deveríamos chamar os empresários, os trabalhadores, a base do governo, a oposição e dialogar sobre esses temas.
A presidente Dilma então optou por punir os trabalhadores? Não usaria esse termo. Conheço Dilma há mais de 30 anos, como conheço o Lula há mais de 30 também. Na minha primeira candidatura à Presidência do sindicato dos metalúrgicos, a presidente Dilma e o então marido dela Carlos Araújo me ajudavam a entregar boletim na porta de fábrica. Por isso, não consigo assimilar que ela tenha optado por essas medidas contra os trabalhadores. Acho que o núcleo duro dentro do governo, liderado pelo ministro da Fazenda Joaquim Levy, ganhou o debate interno e defende esse lado, que nos preocupa muito.
O senhor manifestou interesse de deixar o PT por causa do pacote de ajuste fiscal? Nos debates internos do PT me disseram que, como eu discordava tanto do pacote antitrabalhador, eu deveria sair do PT. Se tiver que sair, eu saio mesmo, não tem problema nenhum. Não vou votar contra aquilo que eu escrevi durante toda a minha vida. O PT também escreveu esse discurso a favor do trabalhador durante toda a vida e agora mudou. Se não houver negociação, eu não tenho outro caminho a não ser deixar o PT. Será meio que natural, como as águas do rio irem em direção ao mar A luta interna no PT é muito forte e muito dura. Se o Lula, com toda a popularidade que tinha na época, negociou a reforma da Previdência no seu governo e acabou concordando em votar um texto alternativo que ficou conhecido como PEC Paralela, por que nesse momento de crise a gente não negocia?
Que consequências projeta para a imagem do governo caso as medidas sejam aprovadas e diminuam os direitos do trabalhador? Ainda que o governo ganhe e consiga emplacar as medidas de ajuste fiscal, isso vai ser um tiro no pé. O povo humilde, que já está indignado, quando vir que o próprio Congresso consolidou esse desastre, vai se rebelar e alguém vai ter que pagar a conta politicamente. E quem vai pagar são todo o Congresso e os partidos aliados. Como vão explicar que votaram contra o trabalhador? Não tem como explicar.
Principalmente diante da promessa nas eleições de não mudar os direitos trabalhistas. Isso é fato e é real. Com essas medidas, o governo está se voltando contra eleitores que o apoiaram. E não tenho nenhuma dúvida de que essa fatia da população pode engrossar os protestos de rua marcados para 12 de abril. Sou um defensor da democracia, mas estamos colocando o próprio regime em xeque com medidas que não cabem.
Como o senhor avalia a situação do governo, que quer rever os benefícios trabalhistas ao mesmo tempo em que tem de lidar com escândalos de corrupção? Nesse escândalo do Carf, por exemplo, estimam fraudes de 19 bilhões de reais. Devemos combater a impunidade e a corrupção e aprovarmos uma lei dura para que aquele que roubou dinheiro da saúde, da educação e da habitação, além de condenações de cadeia, seja penalizado a devolver pelo menos o dobro do que roubou. Temos que assustar os corruptos. Já apresentei emenda à Constituição para tornar o crime de corrupção inafiançável e sem prescrição. Veja esse escândalo da Petrobras. Todos nós, em sã consciência, temos obrigação de exigir que se aprofunde a investigação doa a quem doer. Quem se apropriou do dinheiro público vai ter que responder pelo que fez. Será que cortar o 14º salário a pessoas que ganham até dois salários mínimos é o que dá o impacto negativo nas contas da Previdência? Ou são os bilhões e bilhões que são desviados em escândalos de corrupção? Em vez de aumentar a fiscalização, o trabalhador é mais uma vez chamado para pagar a conta.
O senhor acha que o eleitor vai se insurgir contra essas medidas? O governo vai ficar em uma situação muito difícil se não buscar uma saída negociada nessas medidas trabalhistas. Queiramos ou não, a população se sente enganada. Essa população que tanto nos apoiou e que sempre votou no PT se sente enganada. Vai ser muito ruim e o reflexo vai ser já nas eleições do ano que vem, com o povo rejeitando os políticos que ele vincula a este governo. Seria muito mais fácil eu ficar quietinho no meu canto vendo a tempestade passar e dar uma de avestruz, mas aí o povo vem e dá um chute na bunda. É o que vai acontecer.

FONTE: VEJA

Decisão judicial trava a construção do Setor Habitacional Parque da Bênção

O empreendimento do programa Morar Bem prevê 24.640 unidades habitacionais para abrigar cerca de 90 mil pessoas


A Justiça acatou mais um pedido do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para impedir a construção do Setor Habitacional Parque da Bênção, no Recanto das Emas. A decisão da Vara do Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário, divulgada ontem, lista uma série de irregularidades a serem observadas pelo governo antes de colocar em prática a área que ficou conhecida como Rodrigolândia, em referência ao governador Rodrigo Rollemberg. O empreendimento do programa Morar Bem prevê 24.640 unidades habitacionais para abrigar cerca de 90 mil pessoas.

Com a liminar, os quatro editais de chamamento para a construção do Parque da Bênção ficam suspensos. Para o promotor da 4ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep) Fábio Nascimento, o entendimento entre o MPDFT e a Justiça é importante para evitar danos “irreparáveis” causados pelas obras. “Pedimos a antecipação de tutela (liminar) para evitar que essas obras se iniciem e se gaste dinheiro com uma coisa que está irregular”, comentou. Segundo ele, há diversos pontos a serem corrigidos antes de o empreendimento sair do papel.

Os itens questionados pelo Ministério Público dizem respeito à falta de licença ambiental, de avaliação prévia das unidades vendidas, de definição precisa do que será licitado, de planilhas com o custo unitário de itens de obra de engenharia e de previsão de recursos orçamentários que assegurem as obrigações do governo com a construção de equipamentos públicos, como escolas e postos de saúde. “Além disso, a Justiça entendeu que existe uma violação do princípio da impessoalidade na escolha das construtoras. Ou seja, o governo contratou a mesma empresa para fazer o projeto e executar a obra, o que é proibido pela Lei de Licitação”, afirmou Fábio.

A advogada dos chacareiros que moram na região e são contra a construção do empreendimento, Elza Zaluski, comemorou a liminar. “A gente espera que o governo comprove que realizou todos os estudos de impacto ambiental e faça as correções necessárias. Temos documentos de 98 e de 2008 dizendo que é inviável o adensamento populacional e, agora, tem outro estudo dizendo que pode?”, questionou. Ela lembra, no entanto, que a decisão mais recente da Justiça é apenas outro capítulo dessa história. “É só a ponta do iceberg. Tanto que o novo governo está fazendo estudos para conhecer a realidade da região”, completou.

A Terracap, dona do terreno, informou que o assunto é de responsabilidade da Secretaria de Gestão do Território e Habitação (Segeth). Por meio da assessoria de Comunicação, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab), responsável pelos editais do Morar Bem, afirmou que “não há um tijolo no local” nem previsão para o início das obras. Sobre os questionamentos ao projeto, a companhia informou que “vai atender a todos os pedidos do Ministério Público” antes de dar início à maior construção do Morar Bem.




Perdão da dívida africana entra nas investigações do Petrolão


Lentamente, mas com precisão científica, as autoridades da Operação Lava Jato começam a chegar perto do que havia por detrás dos perdões de dívidas de países africanos –tão acalentados barra promovidos pelos governos Lula e Dilma.

Sabemos, desde o começo de 2015, que os empréstimos do BNDES para obras das empreiteiras no exterior também faziam parte do propinoduto do PT. Afinal o doleiro Alberto Youssef também atuava em países da América Latina e da África, entre eles Cuba, Uruguai e Angola –de resto, geografias em que o ex-ministro José Dirceu prestava consultoria internacional para empreiteiras metidas até a goela na lama do Petrolão.
Em Cuba os 750 contratos constantes da lista do  Youssef/ Dirceu registram negócio nas obras do Porto de Mariel. Nestas páginas também são citados  negócios no Uruguai, Costa Rica, Argentina, Equador e Angola.
Mas há países africanos que ainda não tiveram os seus santos nomes veiculados.
O truque que não veio a luz ainda é o seguinte:  foram perdoados empréstimos antigos (antes do governo do PT) feitos a países africanos. Canceladas tais dívidas, as mesmas empreiteiras da Lava Jato recebiam verbas do BNDES para poder construir lá fora.
É por isso que o deputado Onyx Lorenzoni quer ouvir em depoimento o Luciano Coutinho, do BNDES.
O novo passo é tentar provar o seguinte: os países africanos que tiveram o perdão da dívida só o teriam conquistado tal cancelamento de débitos se contratassem as empreiteiras brasileiras indicadas pelo PT. Então, com sinal verde dado pelo governo federal, os passos seguintes seriam: os países africanos não precisavam mais pagar a dívida com o Brasil; essa grana seria reconduzida a pagar obras de empreiteiras brasileiras; estas empreiteiras tomavam grana do BNDES para poderem operar na África; e, finalmente, todos os homens do governo que facilitavam tal triangulação ganham, das mesmas empreiteiras, milhões e milhões de caixinha.
Ou seja: o perdão das dívidas africanas era o trampolim barra catapulta para enfiar grana no  bolso dos corruptos.
Quero refescar a  memória do leitores com algumas notícias de perdões africanos, do ano de 2013. Vejam essa por exemplo:
"O governo brasileiro anunciou que vai cancelar ou renegociar cerca de US$ 900 milhões em dívidas de países africanos, em uma tentativa de estreitar as relações econômicas com o continente.

Entre os 12 países beneficiados estão o Congo-Brazzaville, que tem a maior dívida com o Brasil – cerca de US$ 350 milhões, Tanzânia (US$ 237 milhões) e Zâmbia (US$113 milhões).
As transações econômicas entre Brasil e África quintuplicaram na última década, chegando a mais de 26 bilhões no ano passado.
O anúncio foi feito durante a visita da presidente Dilma Rousseff à África – a terceira em três meses – para participar, na Etiópia, do encontro da União Africana para celebrar os 50 anos da instituição.
Além dos três países já citados, também serão beneficiados Senegal, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Gabão, República da Guiné, Mauritânia, São Tomé e Príncipe, Sudão e Guiné Bissau.
"O sentido dessa negociação é o seguinte: se eu não conseguir estabelecer negociação, eu não consigo ter relações com eles, tanto do ponto de vista de investimento, de financiar empresas brasileiras nos países africanos e também relações comerciais que envolvam maior valor agregado", disse Dilma. "Então o sentido é uma mão dupla: beneficia o país africano e beneficia o Brasil."
Vejam esse outro trecho extraído da mídia, em maio de 2013:

"A expansão de mineradoras e empreiteiras na África depende de ajuda estatal, e para isso é preciso liquidar as dívidas que não estão sendo pagas, porque o BNDES e o Banco do Brasil não podem financiar projetos em países que deram calote no Brasil. A presidente pretende perdoar ou renegociar a dívida de 12 países africanos, que totaliza quase US$ 900 milhões.
Os beneficiados seriam: República do Congo, Costa do Marfim, Tanzânia, Gabão, Senegal, República da Guiné, Mauritânia, Zâmbia, São Tomé e Príncipe, República Democrática do Congo, Sudão e Guiné Bissau”.

Quando essa parte africana da Lava Jato vier a tona, para as empreiteiras citadas não restará pedra sobre pedra, garantem autoridades ouvidas por este blog.

fonte: https://br.noticias.yahoo.com/blogs/claudio-tognolli/perdao-da-divida-africana-entra-nas-investigacoes-181719778.html

sexta-feira, 27 de março de 2015

COMO FORAM OS ÚLTIMOS 30 MINUTOS DO VÔO DA GERMANWINGS




Uma gravação de 30 minutos obtida em uma das caixas-pretas do voo 4U 9525, da Germanwings, oferece as pistas mais confiáveis até o momento sobre o que aconteceu no avião, que caiu nos Alpes franceses na terça-feira.

Investigadores que escutaram o áudio dizem que o copiloto Andreas Lubitz, 28, parece ter derrubado o avião deliberadamente. Diante disso, como foi a última meia hora do voo?

O 4U 9525 decolou de Barcelona rumo a Dusseldorf, com 150 pessoas a bordo, às 9h01 GMT (6h01 em Brasília) em 24 de março. O Airbus 320 começou a trajetória pelo mar em direção ao território francês, levando cerca de meia hora para subir 11,6 mil metros.

O voo duraria 2 horas. Às 9h30 GMT, o avião fez seu último contato com os controladores de tráfego aéreo: uma mensagem de rotina relacionada à permissão para seguir em sua rota. Tudo parecia ir como planejado.

Mas, um minuto depois, o avião entrou em trajetória descendente.

O promotor francês Brice Robin não divulgou os horários exatos do áudio obtido no gravador, mas disse que os pilotos do avião conversaram normalmente durante os primeiros 20 minutos.

No entanto, Robin afirmou que, apesar de as respostas do copiloto terem sido cordiais no início, se tornaram “bruscas” quando o capitão começou a detalhar os planos de pouso.

Pouco depois disso, o capitão saiu da cabine, provavelmente para ir ao banheiro, diz Robin.

Copiloto no controle

É possível ouvir o piloto pedindo ao copiloto que assuma o comando do avião. Um assento é movido para trás, seguido pelo som de uma porta fechando.

Neste momento, o copiloto ficou sozinho no controle. Ele apertou os botões dos sistemas de monitoramento de voo para colocar a aeronave em processo de descida, segundo Robin.

“Esta ação nos controles de altitude só podem ser deliberados”, diz o promotor.

Em menos de 10 minutos, o avião mergulhou em direção aos Alpes, e o copiloto não disse uma palavra sequer nesse período de tempo.

É possível ouvir o piloto voltando do banheiro, mas ele não consegue entrar na cabine, então bate de leve na porta. Não recebe resposta.

O piloto bate forte na porta, sem conseguir abri-la. Os alarmes do avião começaram a soar.

A respiração do copiloto soava normal nos minutos finais do voo. Ele não emitiu nenhum sinal de que a aeronave estaria em perigo.

O Airbus começou a descer a cerca de 1,2 km por minuto. O último contato de radar foi às 9h40min47s GMT, a 1,8 km de altitude.

Controladores de tráfego aéreo tentaram diversas vezes fazer contato com a aeronave, sem sucesso.

No momento final da gravação, é possível ouvir os passageiros gritando. Robin diz acreditar que, até esse momento, eles não perceberam o que estava acontecendo na cabine.

O avião se chocou com as montanhas a 700 km por hora. “A morte foi instantânea”, acrescentou o promotor. 

Os momentos finais do voo da Germanwings
9h30 (GMT) – O avião faz seu último contato com controladores de tráfego aéreo em uma mensagem de rotina tratando da permissão para seguir em rota. Acredita-se que o capitão tenha saído da cabine neste momento, para ir ao banheiro.
9h30min55s -O piloto automático é mudado manualmente de 30.000 pés para 100 pés, segundo dados analisados pelo site especializado Flightradar24.
9h31 – A aeronave começa processo de descida sobre a costa francesa, tendo apenas o copiloto Andreas Lubitz na cabine.
09h35 – Controladores de tráfego tentam contactar os pilotos, mas não recebem resposta. Durante esse período, o piloto não consegue retornar à cabine, então bate forte na porta. A respiração do copiloto parece normal nos minutos finais do voo..
09h40min47s – A última posição de radar do avião é registrada a 6.175 pés, apenas 2 mil pés acima das montanhas dos Alpes franceses. Nos momentos finais do voo, é possível ouvir os passageiros gritando.

Via BBC Brasil 

Câmara dos Deputados lança edital para construção de "shopping"


Visão geral do plano de ocupação da Câmara dos Deputados para o SAF/Sul

Novos edifícios terão gabinetes e departamentos técnicos, além das salas comerciais
A Câmara dos Deputados lançou, nesta sexta-feira (27/3), o edital de consulta pública para a construção e reforma de um complexo de prédios que visa oferecer gabinetes mais confortáveis aos parlamentares. A intenção do procedimento de manifestação de interesse (PMI) é atrair parcerias público privadas (PPP) para as obras e reformas.

Além da reforma do anexo 4, a proposta prevê a construção de três edifícios: dois deles voltados a gabinetes e departamentos técnicos da Casa e um terceiro que abrigará salas comerciais, lojas e restaurantes. Apesar de não mencionar a palavra shopping no procedimento de licitação, o prédio será uma espécie de centro comercial.

Durante o período em que a PPP estiver vigente, o “shopping” será usado por lojistas. Vencido o contrato, a previsão é que a Casa ocupe o espaço com órgãos da Câmara. A expectativa do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é encontrar empresários dispostos a investir no espaço, orçado em R$ 1 bilhão.

Se houver interessados, a Câmara não pretende usar os cerca de R$ 300 milhões que tem guardados da venda da folha de pagamento ainda da época em que o deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP) era presidente da Casa. Com dois contratos emergenciais, a Casa negocia novamente a venda dessa folha de pagamento à Caixa Econômica Federal e ao Banco do Brasil.



Fonte: Naira Trindade – Correio Braziliense 

segunda-feira, 23 de março de 2015

Pesquisa: 59,7% dos brasileiros são a favor do impeachment de Dilma


Ao menos 59,7% dos brasileiros são a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Os dados são de uma pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgados nesta segunda-feira (23/3).

Os números apontam, ainda, que 66,9% não acreditam na eficácia das medidas do governo contra a crise econômica e se mostram descrentes na política e nos políticos. 

Entre os brasileiros ouvidos no estudo, 90,1% dos que acompanham as denúncias de corrupção na Petrobras acreditam que os nomes citados na lista enviada ao STF estão envolvidos no esquema criminoso.


FONTE: CORREIOWEB

sexta-feira, 20 de março de 2015

Saúde gastou R$ 155,8 mil com aluguel de faqueiro, segundo TCDF

De acordo com relatório da corte, o valor é suficiente para comprar 314 conjuntos similares


Tribunal de Contas do DF/Reprodução


A Secretaria de Saúde gastou R$ 155,8 mil com o aluguel de um faqueiro entre 2012 e 2014, aponta o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) em relatório. Um kit de 152 peças, que poderia, segundo a corte, ter sido comprado por menos de R$ 500 acabou por resultar na cifra após ser locado por 980 dias. O valor é suficiente para comprar 314 conjuntos similares.

O texto aponta que a pasta não demonstrou compatibilidade entre o valor do contrato e a média de mercado. O kit deveria ter sido utilizado em 58 eventos, mas apenas 10 desses tiveram realização comprovada.

De acordo com o TCDF, órgãos públicos têm obrigação de apresentar estudos que comprovem ser mais rentável um aluguel em comparação com a compra de produtos. No relatório, os técnicos afirmam ter encontrado faqueiros com 76 peças semelhantes às do locado por R$ 640 e outro, de 91, por R$ 248.
A reportagem tentou contato com o ex-secretário de Comunicação André Duda e com a ex-secretária de Saúde Marília Coelho Cunha, mas não obteve retorno até o momento da publicação.

FONTE: CORREIOWEB

quinta-feira, 19 de março de 2015

Supremo enviará ao MP o pedido da oposição para investigar Dilma

Ministro Teori Zavascki consultará o Ministério Público antes de decidir se será aberta apuração contra a presidente


O ministro-relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, vai consultar o Ministério Público antes de decidir se abrirá investigação contra a presidente Dilma Rousseff por envolvimento nos desvios da Petrobras. Ele repassou a informação ontem à noite para deputados da oposição que ontem apresentaram novo recurso em favor de uma apuração contra a presidente. Na sexta-feira, o deputado Raul Jungmann (PPS-PE) protocolou o primeiro agravo regimental, mas Zavascki negou na noite de terça-feira, alegando que a peça era apócrifa, porque não estava devidamente assinada.
Ontem, os oposicionistas protocolaram novo recurso. O relator da Lava-Jato disse a seis deputados que ainda não analisou o conteúdo das argumentações, mas que fará isso rapidamente. Zavascki recebeu seis parlamentares em seu gabinete ontem: os líderes do PSDB, Carlos Sampaio (SP); do PPS, Rubens Bueno (PR); do DEM, Mendonça Filho (PE); do Solidariedade, Artur Maia (BA); da Minoria, Bruno Araújo (PSDB-PE); além do próprio Jungmann.

No fim da reunião, o grupo se disse convencido de que é possível investigar Dilma Rousseff, apesar de não haver suspeitas de crimes cometidos durante o mandato presidencial. “Nós entendemos que é líquido e certo que está de acordo com a jurisprudência e com o direito consolidado pelo Supremo Tribunal Federal”, garantiu Jungmann.

Ontem, Carlos Sampaio iniciou a coleta de assinaturas para uma Proposta de Emenda à Constituição que permita que presidentes da República sejam investigados e processados por fatos que ocorreram fora do mandato. E também protocolou um projeto de lei para que sejam extintos os partidos políticos que receberem dinheiro proveniente de corrupção. Na Lava-Jato, delatores afirmaram que o PT recebeu doações oficiais cuja origem estavam em desvios na Petrobras.



FONTE: CORREIOWEB

segunda-feira, 16 de março de 2015

Justiça impede criação do Setor Habitacional Parque das Bênçãos, a Rodrigolândia


A Vara do Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do DF julgou procedente a ação civil pública (ACP) proposta pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para impedir a implementação do Setor Habitacional Parque das Bênçãos no Recanto das Emas. A decisão judicial também proíbe novas licitações ou atos administrativos sem o cumprimento das condicionantes ambientais.

Além disso, a sentença determinou que o DF, a Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), a Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab) e o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) cumpram as medidas mitigadoras determinadas pelo órgão de trânsito responsável pela apreciação do Relatório de Impacto de Trânsito (RIT). A decisão é de janeiro de 2015.

Entenda o caso
Em dezembro de 2013, as Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural (Prodema) e da Ordem Urbanística (Prourb) ajuizaram a ACP para impedir a implantação do Parque. O objetivo era evitar grande prejuízo ao patrimônio público e futuros danos ao meio ambiente e à ordem urbanística.
Dentre outras violações legais, o MPDFT constatou vícios insanáveis na licitação para a contratação e fiscalização das edificações públicas. “Os demandados não promoveram os estudos de viabilidade pertinentes, não elaboraram ou contrataram a elaboração do Estudo Prévio de Impacto Ambiental, não obtiveram a Licença Prévia (ambiental) e ainda promoveram a licitação sem projetos básicos indispensáveis à contratação de obras e serviços”, advertiram os promotores de Justiça.



FONTE: gama livre






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Brasilienses voltam a fazer panelaço durante fala de Dilma na TV


Nesta tarde, durante uma coletiva de imprensa, Dilma afirmou que as manifestações mostraram um "país forte"

Moradores de várias cidades brasileiras voltaram a se manifestar contra o governo de Dilma Rousseff na noite desta segunda-feira (16/3). Enquanto uma reportagem com a resposta da presidente aos protestos de domingo era exibida no Jornal Nacional, panelas foram tiradas dos armários e voltaram a aparecer nas janelas de casas e prédios, em ato de protesto em São Paulo e Rio de Janeiro. No DF, há relatos e vídeos de panelaço na Asa Sul, Guará e Águas Claras.


A sequência de panelaços começou no último 8 de março, quando Dilma fez um pronunciamento em cadeia de rádio e TV, a propósito do Dia Internacional da Mulher. A atitude se repetiu nesse domingo (15/3), enquanto os ministros José Eduardo Cardozo e Miguel Rosseto falavam em Brasília sobre a manifestação que levou mais de 1 milhão de brasileiros às ruas. 



Nesta tarde, durante uma coletiva de imprensa, Dilma afirmou que as manifestações mostraram um "país forte" e ressaltou a importância da democracia. "Estou aberta ao diálogo". Os trechos da entrevista coletiva da presidente, exibidos no JN, geraram a reação do terceiro panelaço em oito dias. 

FONTE: CORREIOWEB

quinta-feira, 12 de março de 2015

DELMASSO RECEBE E APOIA ASSOCIAÇÃO DE BLOGUEIROS DE POLÍTICA NA CLDF


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Delmasso recebe e apoia associação de blogueiros de política na CLDF
Deputado Delmasso recebe e apoia associação de blogueiros de política na CLDF

Ele recebeu a ABBP, ouviu as reivindicações quanto à falta de estrutura para os blogueiros na Casa e anunciou que já trabalha em parceria com Celina Leão a solução dessas demandas

Delmasso iniciou a reunião afirmando ser indispensável que a CLDF passe a ver a imprensa alternativa com o olhar que ela merece. “Vocês tem uma importância inegável em toda a sociedade e não é mais possível que sejam tratados de forma diferenciada nesta Casa. Como parlamentar que tem a consciência da importância de vocês para todos nós, e como líder do grupo Amor por Brasília, fiz questão de recebê-los aqui para informar que já tenho trabalho junto à presidente Celina Leão para reparar todas essas distorções e para que sejam atendidas as suas justas solicitações. Tenham certeza que ela, também, está empenhada nesta luta em defesa de vocês”.O deputado distrital Delmasso(PTN), líder da bancada Amor por Brasília, recebeu na manhã desta quarta-feira(11), o presidente da Associação Brasiliense de blogueiros de Política, o professor Francisco Lima Júnior e seus associados, em audiência reservada para tratar de assuntos referentes à falta de estrutura adequada na Câmara Legislativa do DF para os blogueiros que cobrem as atividades na Casa.
Dentre as demandas que Delmasso se comprometeu defender o atendimento estão: vagas no estacionamento para os blogueiros – “É, às vezes, impossível para vocês terem acesso à Casa em tempo hábil sem ter nem onde estacionar” -, estruturação de um comitê de imprensa nos moldes do Congresso Nacional (onde cada profissional tem seu espaço de trabalho reservado),  liberação de rede de internet Hi fi de qualidade e credenciamento com um crachá de qualidade renovado a cada ano, ao invés das  “melecas” atuais.
Ele ouviu dos membros da ABBP a solicitação para que defenda em Plenário e nas instancias competentes da Casa e, também do GDF, a aplicação da Lei de autoria da deputada Luzia de Paula, que determina 10%  do orçamento destinado à publicidade às mídias alternativas, como forma de democratizar o acesso ás informações.

Celina Leão esté nesta luta
Delmasso estava acompanhado da assessora de imprensa da presidente da Casa, deputada Celina Leão – que se encontrava cumprindo agenda externa -, a jornalista Irene Cavalcante, que afirmou que essas demandas já estão sendo trabalhadas pela deputada e ressaltou sem empenho em dar aos blogueiros um espaço qualificado para trabalhar. “A deputada Celina tem plena consciência do valor de vocês, pois quando ela esteve na oposição e as portas da grande imprensa lhe eram fechadas, foi a vocês que ela recorreu e de vocês que ela teve apoio e espaço para fazer as inúmeras denúncias e divulgar o seu trabalho”.

Visita de agradecimento à Luzia de Paula
Após a reunião, o presidente da ABBP, professor Francisco Lima Júnior, fez visita de cortesia e agradecimento à deputada Luzia de Paula(PEN). “A chamada mídia alternativa sempre foi vista com um olhar menor. Estamos começando a ter o nosso devido espaço depois de muitas lutas e do projeto de lei de sua autoria. Considero que o ponto de partida de nossas conquistas foi esta sua iniciativa. Todos nós devemos muito á senhora, deputada”, declarou o professor à deputada Luzia de Paula em referencia ao PL de sua autoria que determina a destinação de 10% das verbas publicitárias para as chamadas mídias alternativas.
São membros da ABBP os seguintes blogs:

Postado por Ataíde - http://blogdoataide.com.br/delmasso-recebe-e-apoia-associacao-de-blogueiros-de-politica-na-cldf/

Era 'impossível' identificar corrupção na Petrobras, diz Gabrielli na CPI

Para ex-presidente da estatal, atos eram praticados por ‘agentes individuais’.

'É impossível se identificar esse tipo de comportamento internamente', disse.


O ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli, durante depoimento à CPI da Petrobras na Câmara (Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados)O ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli (dir), ao lado do relator da comissão, deputado Luiz Sérgio (esq.), durante depoimento à CPI da Petrobras na Câmara (Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados)













O ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli afirmou nesta quinta-feira (12), em depoimento à CPI da Câmara dos Deputados que investiga a estatal, que era “impossível” detectar atos de corrupção dentro da empresa.
Segundo ele, as negociações de propina eram feitas por “um ou outro” funcionário com representantes de construtoras, e não tinham relação com os “processos internos” da Petrobras. 
“É impossível se identificar esse tipo de comportamento internamente. Isso é um caso de polícia e, como tal, vai ser descoberto por investigação policial que vem de outras fontes, como é o caso da Operação Lava Jato, que começa por investigações sobre utilização de dinheiro ilícito. Portanto, é impossível se pensar que era possível identificar na Petrobras, no funcionamento normal da empresa, esse tipo de comportamento”, afirmou.
Gabrielli presidiu a Petrobras entre 2005 e 2010, durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com delatores, o esquema de pagamento de propina por empresas que mantinham contratos com a estatal operou principalmente entre 2003 e 2012.
Durante o depoimento, Gabrielli negou que exista “corrupção sistêmica na Petrobras”, como defendido por delatores do esquema.
“Isso não significa que não há corrupção na Petrobras. Mas a corrupção na Petrobras é individualizada. Não concordo com a ideia de tentar vincular a corrupção de alguns com uma corrupção geral da Petrobras”, disse.
‘Números pequenos’
No depoimento, Gabrielli afirmou que os “números confirmados de corrupção” pela Operação Lava Jato “são relativamente pequenos” em relação ao volume de operações da Petrobras. Conforme o Ministério Público e a Polícia Federal, o esquema de lavagem de dinheiro e corrupção na estatal movimentou mais de R$ 10 bilhões.

“Quando eu disse que é indetectável a corrupção, nesta forma, isso não quer dizer que não haja luz amarela acesa quando os preços são altos. Mas quando os procedimentos são seguidos, você tenta identificar as causas. Busca-se causas na simplificação ou complexidade do projeto, variação do câmbio, greves, chuvas, processos de licenciamento, mas não há como, dado o volume, começar a investigar com base em [hipótese] de corrupção”, disse.
O ex-presidente disse ainda não acreditar que haja “corrupção sistêmica” na empresa. “Isso não significa que não há corrupção na Petrobras. Mas a corrupção na Petrobras é individualizada. Não concordo com a ideia de tentar vincular a corrupção de alguns com uma corrupção geral da Petrobras”, disse.
Gabrielli disse que o ex-gerente da diretoria de Serviços da Petrobras Pedro Barusco, que admitiu ter recebido dinheiro do esquema, atuou por quase 20 anos na estatal. “O sr. Barusco, por exemplo, confessa que fazia isso há 18 anos e não foi pego, porque é impossível, no comportamento normal, se pegar esse comportamento”, declarou.
Segundo Gabrielli, o volume de operações da Petrobras é “gigantesco”, o que dificulta a identificação de atos de corrupção como os confessados nas delações premiadas do ex-diretor de Abastecimento da empresa Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef.
“Eles [Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef] confessam crimes, confessam atividades corruptas, confessam ter se apropriado privadamente de recursos e que esse processo de aquisição e de apropriação privada desses recursos respeitou as regras internas da Petrobras.  Os processos de compra e os processos de contratação são gigantescos e são crescentes, em volume muito grandes”, afirmou.
“Como é que, num procedimento normal de uma empresa que tem esse volume de atividade, vai se identificar esse tipo de comportamento?”, questionou Gabrielli.
Gabrielli CPI da Petrobras (Foto: Laycer Tomaz/Câmara dos Deputados)Gabrielli, em depoimento na CPI da Petrobras (Foto:
Laycer Tomaz/ Câmara dos Deputados)
Segundo o ex-presidente da estatal, as regras internas de licitação foram respeitadas, e os preços propostos pelas empreiteiras nas concorrências estavam dentro dos limites previstos nos editais.
“Esses resultados e esses processos internos permitiam uma negociação sobre as margens e sobre as despesas indiretas. Todos esses números estão dentro dos parâmetros aceitos pela Petrobras, portanto, são impossíveis de serem percebidos como ato de corrupção.”
Gabrielli disse ainda que a presidência da Petrobras não tem contato direto e frequente com as diretorias de Serviço e Abastecimento, comandadas por Renato Duque e Paulo Roberto Costa. Os dois são acusados pelo Ministério Público Federal de receber propina para viabilizar contratos de empreiteiras com a estatal.
“[Essas diretorias] Não têm atividades operacionais relacionadas com a presidência. A presidência tem uma relação com o jurídico, a comunicação, ou seja, com as gerências corporativas”, disse.
‘Conivência’
Durante o depoimento à CPI, Gabrielli foi acusado por parlamentares da oposição de falar “inverdades” e de ser “conivente” com o esquema de corrupção da Petrobras. “O senhor tem ou conivência ou incompetência brutal. Eu estou pelo lado da conivência por hora”, disse o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP).
O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) fez coro às críticas do tucano. “O que os brasileiros querem é a Petrobras limpa. Ou o senhor é incompetente de mão cheia ou é um dos ratos. Pedro Barusco devolveu US$ 97 bilhões que não eram dele. Eram seus? Eram de Lula, eram de Dirceu?”, indagou deputado do DEM. O relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), interveio.
“Acho que vossa excelência deveria estudar a regra do respeito. As regra do debate requer respeito”, disse o petista, que antes havia feito uma série de perguntas técnicas sobre contratos da Petrobras. “Eu repilo veementemente o tipo de irresponsabilidade da opinião do ilustre deputado”, afirmou Sérgio Gabrielli a Onyx Lorenzoni.
Abreu e Lima
No depoimento à CPI, Gabrielli reconheceu que os custos da construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, ficaram fora “dos padrões internacionais”. A obra teve seu custo inicial elevado de US$ 2 bilhões para US$ 18,8 bilhões.

Segundo o ex-presidente da Petrobras, a alta nos valores se deve a fatores como a variação cambial. Ele explicou que, no caso do refino, a maioria dos desembolsos é feita em real e, como houve, segundo ele, uma valorização do real, o valor da refinaria subiu. Ele também justificou o aumento no custo da montagem da refinaria dizendo que “houve um aperfeiçoamento do escopo do projeto”.

As obras da refinaria de Abreu e Lima são um dos focos da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Desde 2008, o Tribunal de Contas da União faz auditorias na refinaria e já concluiu que houve superfaturamento em alguns contratos. A ex-presidente da Petrobras Graça Foster já classificou publicamente os gastos com a refinaria como uma história a não ser repetida.
Nathalia Passarinho e Fernanda CalgaroDo G1, em Brasília
FONTE: G1