É O QUE DEFENDE O TENENTE RAJÃO, ESPECIALISTA EM SEGURANÇA. TENENTE RAJÃO DESMISTIFICA A TESE DE QUE O SOLDADO NÃO POSSA CHEGAR A CORONEL
GB:
Rajão por qual razão Você defende a tese de que aqueles que entraram nas
corporações como Soldado possam chegar a Coronel?
TENENTE
RAJÃO: Antes de tudo
quero dizer que sou oficial de Academia. E foi justamente na Academia que
comecei a observar que o Cadete que já tinha sido militar, e em especial da
mesma corporação, possuía mais experiência e um melhor desempenho nas
atividades fins. Desde então comecei a questionar a estrutura hierárquica
(graduações e postos) dos diversos quadros das corporações. E constatei uma
grande injustiça estrutural: aqueles Militares que entraram como Soldados só
poderiam chegar ao final de sua carreira, na época, como Capitão, e atualmente,
Major. A pergunta que faço é a seguinte: se um oficial médico, dentista,
enfermeiro, complementar (que não são oficiais de academia) podem chegar ao
posto de Coronel, por qual razão um Oficial Administrativo (aquele que veio de
Soldado) não possui o mesmo direito?!! Ora, aquele profissional que entra pela
base da estrutura - como Soldado, deveria possuir o direito de chegar ao último
posto de sua instituição. Mas o que vemos hoje é o contrário. Por mais
dedicado, competente e profissional que seja (possua qualidade técnica,
certificações, especializações, condecorações, notórios conhecimentos, etc.) o
Oficial Administrativo não possui o 'direito' de chegar ao posto de Coronel.
GB:
O que Você propõe é uma quebra de paradigma?
TENENTE
RAJÃO: É mais do que
isso. É a superação de mais um degrau evolutivo das nossas Corporações. E vou
mais além, é a correção de um erro estrutural histórico.
GB:
Porque erro estrutural histórico?
TENENTE
RAJÃO: Nós já tivemos
excelentes Oficiais Administrativos que possuíam pré-requisitos para serem
Coronéis, mas que chegaram apenas ao posto de Capitão ou de Major. Considero
erro histórico, pois já tivemos Coronéis que não eram de Academia, a exemplo
dos Coronéis Abelardo, Almeida, Valdemir, Jair, Natividade e outros. Ora, se já
tivemos Coronéis que vieram de Soldado, por qual razão não poderíamos evoluir
para um novo modelo?!
GB:
Rajão como seria essa mudança?
TENENTE
RAJÃO: Temos uma minuta
em que se estabelecem as seguintes alterações: 1) A primeira seria a criação
dos postos de Tenente-coronel e de Coronel para os Oficiais Administrativos. 2)
A segunda alteração seria a mudança do acesso ao Curso de Formação de Oficiais
- as vagas seriam voltadas aos militares da Corporação e da Escola Preparatória de Cadetes. 3) A
terceira alteração seria a promoção ser feita por interstício somada à
titularidade, independentemente de vaga, para que haja fluidez na carreira.
GB:
Existe a Escola Preparatória de Cadetes?
TENENTE
RAJÃO: Ainda não. Mas a
ideia é criar as Escolas aproveitando as estruturas dos Colégios Dom Pedro II
(Bombeiros) e Tiradentes (PMDF).
GB:
Rajão, o que Você propõe é o acesso único?
TENENTE
RAJÃO: Em parte sim, mas
dito de outra maneira. Explico: o acesso ao Curso de Formação de Oficiais seria
aberto a todos, entretanto, seria exigido o pré-requisito de titularidade –
somente poderão concorrer ao CFO os titulares dos cursos de Técnico ou
Tecnólogo em Segurança Contra Incêndio (CBMDF) e de Segurança Pública (PMDF). E
esses cursos corresponderiam nada mais que o Curso de Formação de Soldados de
ambas as Corporações ou das Escolas Preparatórias de Cadetes.
GB:
Exigiria uma formação prévia?
TENENTE
RAJÃO: Sim. A exemplo
dos Concursos para Delegado, não é necessário a formação jurídica prévia?
Então... O concurso para o CFO seria aberto a todos, desde que tenham a
formação prévia de
Técnico ou Tecnólogo
em Segurança Contra Incêndio (CBMDF) e de Segurança Pública (PMDF).
GB:
Rajão, qual a vantagem desta mudança?
TENENTE
RAJÃO: Ao exigirmos a
necessidade do Soldado ter curso superior é o prenúncio de que devemos evoluir
estruturalmente. Não é lógico exigir uma melhor qualificação de um profissional
para nada, concorda?! Então temos que admitir que o acesso ao Oficialato deverá
passar pela a entrada como Soldado. Se um civil quiser ser oficial deverá
adentrar a instituição como Soldado de nível superior, para depois buscar o
acesso ao oficialato. Esta é a evolução. Estaremos prestigiando o profissional
capacitado, aquele que estuda e que se aperfeiçoa. A carreira ficará mais
atrativa. Aproveitaremos melhor os quadros. Acabaremos com a velha retórica dicotômica
de Oficiais e de Praças.
GB:
Rajão seria uma carreira única?
TENENTE
RAJÃO: Não entendo dessa
maneira. Continuaríamos com as carreiras existentes hoje, mas para se alcançar
uma carreira seria necessário acessar a outra previamente. Logo, teríamos dois
caminhos para se chegar ao oficialato. Teríamos o caminho mais longo (Oficial
Administrativo) ou o caminho mais rápido (Oficial Combatente – de Academia –
CFO).
GB:
E como seria esta mudança, Rajão?
TENENTE
RAJÃO: Seria um trabalho
em conjunto com o Legislativo Federal, com o Executivo Federal e com o
Executivo Local. Caso haja esta vontade institucional, baseada em um estudo
técnico fundamentado e com a devida reformulação das leis da Polícia Militar e
do Corpo de Bombeiros.
Defendo
essas mudanças na Polícia Militar do Distrito Federal e no Corpo de Bombeiros
Militar do Distrito Federal pelo o seu valor simbólico. Estamos na Capital da
República e sempre fomos vanguarda das instituições no País.
Acho
que os tempos de mudança estão chegando!!!
É
hora de deixarmos os tabus de lado e pensarmos numa evolução institucional de
âmbito local e nacional.
É hora de repensarmos a Segurança Pública no Brasil!!!
PARA
MAIORES INFORMAÇÕES, ENTRE EM CONTATO COM O TENENTE RAJÃO NO WATSAP (61)
99661.18.35 OU NO EMAIL udn.nacional@gmail.com