Entre 2012 e 2014, o Tesouro Nacional empurrou para os bancos públicos despesas de R$ 40,3 bilhões com programas sociais e de apoio à agricultura e à indústria
Não será fácil a empreitada do governo para derrubar, no Tribunal de Contas da União (TCU), o processo que acusa atuais e ex-integrantes da equipe econômica de Dilma Rousseff de ter cometido crime de responsabilidade fiscal, ao recorrer às chamadas “pedaladas fiscais” com o intuito de maquiar as contas públicas.
Entre 2012 e 2014, o Tesouro Nacional empurrou para os bancos públicos — Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil (BB) e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) — despesas de R$ 40,3 bilhões com programas sociais e de apoio à agricultura e à indústria. No entendimento do TCU, as instituições emprestaram recursos para o governo, o que é proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Em discurso ontem na Ilha de Comandatuba, Bahia, o ministro do TCU Augusto Nardes admitiu que a presidente Dilma poderá ser responsabilizada legalmente pelas “pedaladas”. Segundo ele, mesmo que o governo entre com recursos contra o relatório preparado pelo Tribunal, que identificou 17 pessoas como responsáveis pelas irregularidades, conseguirá, no máximo, retardar o julgamento.
fonte: correioweb
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