quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Presidente da Câmara formaliza criação da nova CPI da Petrobras

Eduardo Cunha leu requerimento nesta quinta-feira. Foco serão irregularidades cometidas entre 2005 e 2015

Laryssa Borges, de Brasília
O presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
O presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) (Ag. Senado)
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), formalizou na manhã desta quinta-feira a criação de uma nova comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar irregularidades na Petrobras. O grupo de trabalho ganha corpo em meio a uma nova fase da Operação Lava Jato, a My Way, deflagrada na madrugada desta quinta e que é resultado de informações reveladas pelo ex-gerente de Serviços da estatal, Pedro Barusco, que celebrou um acordo de delação premiada. A viabilização da nova CPI ocorre também no momento em que as autoridades policiais apuram oficialmente irregularidades praticadas pelo tesoureiro nacional do PT João Vaccari Neto, levado nesta manhã para prestar depoimento na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo. Esta é a primeira CPI criada na Casa em 2015.
A nova CPI terá como foco de investigação as irregularidades ocorridas na Petrobras entre os anos de 2005, quando já atuava na estatal o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa – principal delator do petrolão – e 2015, já no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Com foco direcionado a atos ilícitos praticados na petroleira sob a égide dos governos petistas de Lula e Dilma, a comissão de inquérito vai investigar superfaturamento e gestão temerária na construção de refinarias no Brasil, possíveis irregularidades na viabilização de empresas subsidiárias, superfaturamento na construção e afretamento de navios de transporte, navios-plataforma e navios-sonda, além de irregularidades na operação da companhia Sete Brasil e na venda de ativos da Petrobras na África.
Com a criação oficial da CPI da Petrobras, o próximo passo será a indicação dos integrantes do grupo de investigação pelos partidos políticos. Na sequência, é agendada a sessão de instalação da comissão.
O governo Dilma tentou inviabilizar a criação do grupo de investigação, mas não conseguiu controlar a própria base aliada e viu 52 deputados governistas assinarem o requerimento de criação da CPI. Ao todo, a nova CPI da Petrobras foi apoiada por 182 deputados, 11 a mais do que as 171 assinaturas mínimas necessárias. Entre os maiores “traidores”, 14 são do PDT, 12 do PSD, 10 do PMDB e sete do PR.
Depois de o PT não ter conseguido barrar a nova CPI da Petrobras, a legenda trabalha para controlar postos-chave na comissão e reivindica ou a presidência do colegiado, que define o andamento dos trabalhos de investigação, ou a relatoria, posto responsável por produzir o documento final dos trabalhos.​
VEJA





Fonte: Veja

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.