EXECUTIVOS DA ODEBRECHT DELATAM ESQUEMA DE CORRUPÇÃO PETISTA
ODEBRECHT NEGOCIAVA QUE SUBORNAVA TAMBÉM PARA OBTER MEDIDAS COMO REDUÇÃO
DE ALÍQUOTA DE IMPOSTOS
A Odebrecht pagou pelo menos R$100 milhões em propina para o PT em negociações
intermediadas pelo ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, segundo executivos da
empreiteira em acordos de delação premiada, por meio da “vice-presidência do corrupção”,
batizada de “Setor de Operações Estruturadas.
A maior parte dos pagamentos era suborno pela obtenção de contratos e também para que
o PT e o governo apoiassem medidas de caráter geral, como desoneração da folha de
pagamentos e a redução de imposto de renda sobre o lucro de empresas brasileiras no
exterior. O teor da delação foi informada na edição deste domingo (21) do jornal O Globo.
o PT e o governo apoiassem medidas de caráter geral, como desoneração da folha de
pagamentos e a redução de imposto de renda sobre o lucro de empresas brasileiras no
exterior. O teor da delação foi informada na edição deste domingo (21) do jornal O Globo.
O diretor da Odebretcht diretor Hilberto Silva é quem comandava o Setor de Operações
Estruturadas, no 16º andar da sede em São Paulo da empreiteira, a mais beneficiada pelos
esquemas de corrupção implantados no Pais desde o governo Lula.
Estruturadas, no 16º andar da sede em São Paulo da empreiteira, a mais beneficiada pelos
esquemas de corrupção implantados no Pais desde o governo Lula.
As diversas empresas do grupo Odebrecht abasteciam a “vice-presidência de corrupção”
da Odebrecht. Somente a Braskem, braço da Odebrecht no setor químico, teria bancado
entre R$ 450 milhões e R$ 550 milhões, segundo levantamento prévio da empresa.
da Odebrecht. Somente a Braskem, braço da Odebrecht no setor químico, teria bancado
entre R$ 450 milhões e R$ 550 milhões, segundo levantamento prévio da empresa.
Esquema funcionava em troca de e-mails
Um exemplo de como o esquema funcionava foi o debate sobre a Medida Provisória 647/2013
, que tratava das regras para redução da alíquota do imposto de renda sobre lucros no
exterior de empresas brasileiras.
Um exemplo de como o esquema funcionava foi o debate sobre a Medida Provisória 647/2013
, que tratava das regras para redução da alíquota do imposto de renda sobre lucros no
exterior de empresas brasileiras.
A MP foi convertida em lei em maio de 2014, e um pouco antes, em março de 2014, a
Odebrecht encaminhou a um assessor de Guido Mantega, Sérgio Eugênio de Risios Bath,
um e-email comemorando o fechamento do negócio: “Acho que conseguimos trazer
praticamente todas as empresas para um acordo”, escreveu Odebrecht ao assessor do
ministro.
Odebrecht encaminhou a um assessor de Guido Mantega, Sérgio Eugênio de Risios Bath,
um e-email comemorando o fechamento do negócio: “Acho que conseguimos trazer
praticamente todas as empresas para um acordo”, escreveu Odebrecht ao assessor do
ministro.
O diretor jurídico da Odebrecht, Maurício Ferro, reforçaria dias depois, em e-mail a
Marcelo Odebrecht, presidente da empresa, a importância de ele atuar para que o projeto
saísse como desejavam. “Será importante você ter a reunião com GM (Guido Mantega)
amanhã depois da PR (presidente Dilma Rousseff). Receita continua criando dificuldades e
Dyogo precisará do apoio do ministro”, escreveu. Mensagens no celular do ex-presidente do
grupo Andrade Gutierrez Otávio Azevedo mostram que, de fato, a Odebrecht falava em nome
do setor junto ao governo. “Otávio, CNO (Construtora Noberto Odebrecht) vai trabalhar via
CNI o destaque do parágrafo 2 do art. 83 no plenário. Segundo eles a ação será alinhada
com o relator”, escreveu um diretor da Andrade ao executivo.
Marcelo Odebrecht, presidente da empresa, a importância de ele atuar para que o projeto
saísse como desejavam. “Será importante você ter a reunião com GM (Guido Mantega)
amanhã depois da PR (presidente Dilma Rousseff). Receita continua criando dificuldades e
Dyogo precisará do apoio do ministro”, escreveu. Mensagens no celular do ex-presidente do
grupo Andrade Gutierrez Otávio Azevedo mostram que, de fato, a Odebrecht falava em nome
do setor junto ao governo. “Otávio, CNO (Construtora Noberto Odebrecht) vai trabalhar via
CNI o destaque do parágrafo 2 do art. 83 no plenário. Segundo eles a ação será alinhada
com o relator”, escreveu um diretor da Andrade ao executivo.
Em mensagens no celular de Azevedo, o relator do projeto, o ex-presidente da Câmara dos
Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), negocia diretamente pontos da medida com o
executivo. O debate sobre o projeto foi acompanhado de perto pelo líder do PMDB no
Senado, Eduardo Braga (AM), pelo então vice-presidente Michel Temer (PMDB) e por Guido
Mantega, o mais longevo ministro da Fazenda da história (2006-2015). Com operação em
27 países, a Odebrecht foi uma das principais beneficiadas pelo projeto, que resultou em
redução de 34% para 25% da alíquota de imposto de renda a ser pago sobre lucros obtidos
fora do país.
Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), negocia diretamente pontos da medida com o
executivo. O debate sobre o projeto foi acompanhado de perto pelo líder do PMDB no
Senado, Eduardo Braga (AM), pelo então vice-presidente Michel Temer (PMDB) e por Guido
Mantega, o mais longevo ministro da Fazenda da história (2006-2015). Com operação em
27 países, a Odebrecht foi uma das principais beneficiadas pelo projeto, que resultou em
redução de 34% para 25% da alíquota de imposto de renda a ser pago sobre lucros obtidos
fora do país.
FONTE: http://www.diariodopoder.com.br/noticia.php?i=62940522920
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