Governo estuda a possibilidade de reajuste
O governo de Rodrigo Rollemberg pode enfrentar manifestações nas ruas em breve. Após o novo secretário de Mobilidade Urbana do Distrito Federal, Carlos Henrique Tomé, afirmar que existe uma possibilidade de aumento da tarifa de ônibus, o Movimento Passe Livre começou a se preparar e já deu o recado: se houver aumento, vai ter protesto.
Tomé não confirmou o reajuste. Disse apenas que o governo está avaliando as contas do setor e que qualquer mudança depende da situação financeira.
— Ainda precisamos calcular qual o valor ideal. Estamos fazendo estudos técnicos que podem indicar que o preço pode se manter ou pode ter um aumento.
Para o Movimento Passe Livre, no entanto, não há justificativa para qualquer elevação de preços.
— Nossa proposta é tarifa zero. Qualquer medida que vá contra esse sentido vai encontrar com a gente na rua, disse Leila Saraiva, integrante do movimento.
O MPL acredita que o aumento do preço não resolverá a crise do transporte e contribuirá para excluir uma parcela da população.
Tomé enfrenta inúmeros desafios à frente de sua gestão: paralisações dos rodoviários, ônibus lotados, Metrô precisando de ampliação, ciclovias restritas e insatisfação popular. Uma de suas metas é reduzir o custo operacional do transporte público.
Segundo o especialista em transporte público e professor da UnB, Paulo César Marques, uma das maneiras de se reduzir esse custo é alterar o modelo de remuneração das empresas que prestam o serviço.
Atualmente, as companhias são remuneradas pelo número de passageiros. A proposta do professor é que elas recebam por quilômetro rodado.
— Em termos de custo, a diferença de rodar com um ônibus cheio e um ônibus vazio para a empresa é insignificante. Já a quilometragem faz muita diferença. Então faz mais sentido que o governo receba os valores dos passageiros e remunere as empresas de acordo com a distância percorrida, explica.
A tarifa de ônibus no DF atualmente varia de R$ 1,50 a R$ 3,00. Ao todo, nove capitais anunciaram aumento nas tarifas nos últimos dias. Em alguns lugares, como Belo Horizonte, os protestos já estão marcados.
O R7 procurou o secretário de Mobilidade para falar sobre as manifestações, mas ele ainda não se pronunciou sobre o assunto.
fonte: R7
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