A quadrilha inseria dados falsos no Sistema Nacional de Emprego
Quatro servidores públicos que trabalhavam em Agências do Trabalhador do Distrito Federal foram presos na manhã desta quinta-feira (15), em Brasília, durante a operação MAC 70, da Polícia Federal (PF). Eles são acusados de integrar uma quadrilha suspeita de desviar mais de R$ 15 milhões dos cofres públicos por meio de fraudes em concessões de seguro-desemprego.
As investigações apontam que foram fraudados mais de quatro mil benefícios. Os acusados eram servidores comissionados do GDF (Governo do Distrito Federal) e foram exonerados no começo deste ano com a troca do governo. Eles prestavam serviço para o SINE (Sistema Nacional de Emprego), órgão do Ministério do Trabalho e Emprego.
Também foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e 11 conduções coercitivas, expedidos pela 10ª Vara Federal. A investigação foi iniciada em outubro do ano passado com base em informações fornecidas pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).
De acordo com o delegado da PF, Elzio Vicente, a fraude era realizada a partir da inserção de dados falsos no sistema do seguro-desemprego. O delegado informou que outras pessoas podem estar envolvidas.
— A fraude foi praticada com a participação de servidores públicos, o modo de agir era através de dados falso no sistema e com isso diversas outras pessoas tiveram também participação, mas isso ainda está sendo apurado.
Os investigadores também constataram que os beneficiários existem e estão espalhados em mais de dez estados, entretanto, até o momento, não se sabe se são vítimas ou envolvidos no esquema.
O diretor-substituto de emprego e salário do MTE, Márcio Borges, explicou que os servidores investigados recebiam requerimentos de seguro-desemprego de trabalhadores que não estavam desempregados.
— Eles estavam fugindo da média de atendimentos, registros de salários sempre acentuados. Geralmente os requerimentos que eram atendidos por esses servidores geraram maiores valores de seguro-desemprego.
Durante a operação foram apreendidos veículos, computadores, documentos e R$127 mil em espécie. O pai de um dos suspeitos também foi preso por porte ilegal de arma. Os suspeitos responderão pelos crimes de inserção de dados falsos em sistema de informação e associação criminosa.
O R7 procurou o GDF para comentar o caso, mas o governo ainda não se pronunciou sobre o assunto.
FONTE: R7 DF
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