Mineiro diz que agentes americanos monitoram gabinete da presidente e tentam impedir contato extraterrestre
Um mineiro de 55 anos que se apresenta como embaixador cósmico tenta conseguir autorização do governo federal para o desembarque de uma nave espacial em Belo Horizonte em julho deste ano e diz que a empreitada é dificultada pela presença de agentes americanos que monitoram o gabinete. “Estou numa queda de braço com o governo americano com dois fiscais instalados em uma sala ao lado da Dilma”.
Ele conta que enviou uma carta à presidente Dilma Rousseff e tem telefonado insistentemente para assessores da Presidência para conseguir o aval. “Tinha que vender minha casa de tanta ligação que eu já fiz se o telefone não fosse 0800”, diz ele, em referência a uma decisão judicial contra uma operadora que teria permitido seis meses de ligações gratuitas.
Marques afirma que enviou, além da carta, uma farta documentação capaz de comprovar a influência do que chama de “tecnologia superior” nas manifestações de junho. “Muita gente viu ovnis sobrevoando os manifestantes”, afirma. O próprio Marques teria facilitado a ação desta tecnologia ao dedetizar no fim de 2012 o obelisco do centro de Belo Horizonte (popularmente conhecido como “pirulito”) com água benta do arcanjo Gabriel no intuito de despertar o gigante brasileiro. O gigante, inclusive, tem nome. “É espatacassauro. Aquele que espatacassa o mal com um empurrãozinho de dinossauro.”
A dedetização aconteceu na data marcada para o fim do mundo: 21 de dezembro. Para a ocasião, Marques também havia solicitado à prefeitura a liberação da área do obelisco para o pouso de uma nave. O evento reuniria cerca de 140 mil participantes. A prefeitura negou permissão, alegando que o local não seria capaz de abrigar um encontro de tal porte. A falta de abertura para negociações da prefeitura provocou a fúria do espatacassauro que, segundo Marques, foi o responsável pela morte de manifestantes do viaduto José Alencar durante a série de protestos.
Além da existência do espatacassauro, Marques dispara, com tranquilidade e voz mansa, uma série de revelações como “Gandalf é do Paraguai”, “o ‘pirulito’ é uma réplica de um obelisco marciano” e “há uma nave igual a um porta-aviões atrás da Praça do Papa”.
A maior preocupação dele, no entanto, é conseguir a permissão para o pouso de julho, porque acredita que a nave poderá trazer de volta às suas famílias pessoas desaparecidas - desde que os parentes façam cadastro antecipadamente. A carta enviada para a Presidência cita apenas Belo Horizonte, mas ele está em contato também com autoridades de Varginha, onde a presidente afirmou no ano passado que "tem muito respeito" ao famoso ET local.
Marques também pretende alertar à presidente Dilma que existe tecnologia extraterrestre que permite interromper as chuvas que deixam milhares de desabrigados em todo o País. Generosamente, ele dá uma última orientação, que considera importantíssima. Ao avistar um ovni, deve-se dizer “arcanjo Gabriel, estou em contato” para receber a proteção do guardião da raça humana. Se quem sobrevoa tiver más intenções, será localizado.
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