Avaliação é de que excessos cometidos pela polícia em São Paulo e no Rio, na manifestação do último sábado, alimentem mais protestos
A ação policial em São Paulo, no último sábado, em manifestação contra a Copa do Mundo, causa preocupação em petistas. Há a avaliação de que excessos cometidos pela polícia em São Paulo e no Rio, em junho do ano passado, serviram para alimentar os protestos e os espalhar pelo Brasil. Temem a repetição da história. Antes do episódio, o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, já havia marcado uma reunião com os secretários de Segurança Pública dos 12 estados-sedes da Copa do Mundo para discutir procedimentos policiais. Agora, para o secretário de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo, Rogério Sotilli, a conversa se tornou urgente. Ele estava em um evento gastronômico pelo aniversário da cidade, que foi atingido por bombas de gás, e considera que houve abusos dos dois lados.
Para o coordenador do Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública de São Paulo, Carlos Weis, há indícios de excessos na atuação da polícia agora, assim como no ano passado. Ele cita os manifestantes encurralados dentro de um hotel. “A polícia invadiu sem tentar negociar, contrariando um princípio válido até para crimes com reféns. Além do mais, jogaram bombas e deram tiros de borracha mesmo com os manifestantes rendidos. Isso fere até o direito internacional humanitário aplicado a guerras", diz. Sobre o jovem baleado nas manifestações, Weis solicitou a abertura de uma investigação para apurar a ação dos policiais. “Só instauraram um inquérito em que ele aparece como agressor”, explica. Tanto ele quanto Sotilli defendem uma ação contra depredações e a identificação e prisão de pessoas envolvidas em atos de violência e agressão.
Em defesa da ação
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira, deu entrevistas na tarde de ontem nas quais defendeu a ação da polícia durante as manifestações. A secretaria estadual divulgou oito vídeos com atos de violência cometidos por participantes do protesto.
Chioro trabalhou para Serra no ministério
A empresa Consaúde, do futuro ministro da Saúde, Arthur Chioro, fez consultoria para o programa Reforço à Reorganização do Sus (Reforsus), do Ministério da Saúde, entre 2000 e 2002, na gestão do então ministro José Serra. O objetivo era a modernização e qualificação das secretarias de Saúde dos governos de Mato Grosso e Goiás, ambos do PSDB. Chioro diz que, desde que se tornou secretário em São Bernardo, em 2009, sua empresa trabalhou para apenas quatro prefeituras: São Luiz do Paraitinga (PSDB); Pindamohangaba (PPS) e Ubatuba (PT), em São Paulo; e Volta Redonda (PMDB), no Rio. Quem trabalhou foi um consultor seu amigo e o maior valor contratado foi de R$ 32 mil, afirma.
Campos almoça com Jarbas e Aloysio
O presidenciável socialista Eduardo Campos, governador de Pernambuco, participou no último sábado de um almoço na casa do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). Em meio a feijoada, pernil, dobradinha, galinha cabidela e política, o almoço homenageou o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), tucano dos mais próximos a José Serra, candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais. Em uma foto de divulgação, Campos conversa animado com os senadores.
Candidato perfil família até ao falar sobre Davos
A família é um trunfo para Eduardo Campos. E, pelo jeito, não é só por causa do avô, o ex-governador Miguel Arraes. “Fui convidado pela organização do Fórum Econômico Mundial, que aconteceu em Davos, a participar do evento, mas meu filho Miguel está para nascer. Família em primeiro lugar”, publicou ontem no Facebook.
“O Brasil continua perdendo o mais precioso de todos os ativos: o tempo”
Aécio Neves, senador (PSDB-MG) e pré-candidato à Presidência, em artigo na "Folha de S.Paulo"
*Com Leonardo Fuhrmann e Patrycia Monteiro Rizzotto
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