Documento elaborado por empresários será entregue ao governador.
Comandante diz que cinco líderes de operação estão sendo investigados.
Empresários e representantes do setor produtivo divulgaram na manhã desta sexta-feira (31) um manifesto em repúdio à falta de segurança pública no Distrito Federal. Eles destacam o registro de mais de 100 crimes contra bares e restaurantes, 92 em farmácias e cerca de 130 postos de combustível em janeiro.
“É preciso dar um basta na violência. O cidadão não pode continuar refém do crime, da irresponsabilidade de alguns policiais e da falta de planejamento do governo”, diz o documento, que vai ser entregue ao governador Agnelo Queiroz.
Entre as propostas feitas pelo grupo estão a convocação da Força Nacional caso a operação tartaruga persista, implantação de política integrada entre polícias Militar e Civil, ampliação do número de câmeras de vigilância e investimento em iluminação pública, convocação de policiais aprovados em concursos e retirada das ruas de pessoas viciadas em drogas (veja lista ao final deste texto).
Nesta sexta, o comandante-geral da Polícia Miliar, Anderson Moura, anunciou que cinco policiais estão sendo investigados por "inflar os colegas" e que podem ser punidos. Ele afirmou que as punições podem variar entre advertência e expulsão da corporação.
“Todos nós sofremos as consequências da falta de ação da PM”, disse. “[Nossa decisão] significa uma reação enérgica do comando. Estaremos na rua com todos os nossos comandantes, nossos oficiais, apoiando os policiais e eventualmente cobrando dos que estão se recusando a fazer.”
Após reunião com a cúpula da segurança pública na manhã desta sexta, o governador Agnelo Queiroz pediu que os comandantes cobrem da tropa o cumprimento de suas obrigações. Ele afirmou que um pequeno grupo, com “interesses políticos”, é que tem insistido na operação da forma como ela vem ocorrendo.
“A vida é a coisa mais importante. A vida é mais importante que a política. Por isso que a PM tem a obrigação de garantir a segurança pública do DF. Nossa PM tem comando”, disse Agnelo. “Não [vamos] admitir em hipótese alguma que meia dúzia de pessoas, com atitudes inclusive covardes, possam colocar em risco a segurança do nosso povo. [Eles] não têm direito de colocar a vida das pessoas em risco."
Após reunião com a cúpula da segurança pública na manhã desta sexta, o governador Agnelo Queiroz pediu que os comandantes cobrem da tropa o cumprimento de suas obrigações. Ele afirmou que um pequeno grupo, com “interesses políticos”, é que tem insistido na operação da forma como ela vem ocorrendo.
“A vida é a coisa mais importante. A vida é mais importante que a política. Por isso que a PM tem a obrigação de garantir a segurança pública do DF. Nossa PM tem comando”, disse Agnelo. “Não [vamos] admitir em hipótese alguma que meia dúzia de pessoas, com atitudes inclusive covardes, possam colocar em risco a segurança do nosso povo. [Eles] não têm direito de colocar a vida das pessoas em risco."
“A população do Distrito Federal não pode confundir toda uma instituição com gestos abomináveis, como a de alguns covardes comemorando a morte de inocentes”, completou
Agnelo
Aumento da violência
Na manhã desta quinta-feira (30), o número de homicídios no DF já era 38,7% em relação ao mesmo mês do ano passado. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, 68 homicídios haviam sido registrados no DF entre o dia 1º e a manhã desta quinta-feira, 19 a mais que nos 31 dias do mesmo mês de 2013.
Sem reajuste salarial, PMs do DF deflagraram em outubro uma operação tartaruga, para cobrar reajuste salarial, reestruturação da carreira e pagamento de benefícios aos que estão em atividade e reformados. Eles dizem que só encerram o movimento quando o GDF negociar com a categoria.
'Refém do medo'
Na manhã desta quinta, o governador do DF criticou a postura dos PM que aderiram à operação tartaruga. "A Polícia Militar tem todo o direito de reivindicar, o que eles não têm direito é de colocar em risco a vida da população. O GDF vai tomar todas as medidas necessárias para que Brasília não se torne refém do medo", disse Agnelo.
A declaração do governador foi feita durante a inauguração da duplicação de 1,5 quilômetro da DF-451. De acordo com o secretário de Comunicação, André Duda, as recentes notícias de violência, incluindo a morte de um homem em frente ao prédio dele, em Águas Claras, em uma tentativa de assalto, motivaram o comentário.
Agnelo
Aumento da violência
Na manhã desta quinta-feira (30), o número de homicídios no DF já era 38,7% em relação ao mesmo mês do ano passado. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, 68 homicídios haviam sido registrados no DF entre o dia 1º e a manhã desta quinta-feira, 19 a mais que nos 31 dias do mesmo mês de 2013.
Sem reajuste salarial, PMs do DF deflagraram em outubro uma operação tartaruga, para cobrar reajuste salarial, reestruturação da carreira e pagamento de benefícios aos que estão em atividade e reformados. Eles dizem que só encerram o movimento quando o GDF negociar com a categoria.
'Refém do medo'
Na manhã desta quinta, o governador do DF criticou a postura dos PM que aderiram à operação tartaruga. "A Polícia Militar tem todo o direito de reivindicar, o que eles não têm direito é de colocar em risco a vida da população. O GDF vai tomar todas as medidas necessárias para que Brasília não se torne refém do medo", disse Agnelo.
A declaração do governador foi feita durante a inauguração da duplicação de 1,5 quilômetro da DF-451. De acordo com o secretário de Comunicação, André Duda, as recentes notícias de violência, incluindo a morte de um homem em frente ao prédio dele, em Águas Claras, em uma tentativa de assalto, motivaram o comentário.
Leonardo Almeida Monteiro, de 29 anos, voltava da academia e estacionava o carro na porta quando foi abordado por três homens. Testemunhas afirmam que crianças que brincavam no prédio viram a cena e gritaram, para alertá-lo. A vítima tentou correr, mas foi atingida no pescoço (veja vídeo ao lado).
Confira íntegra do documento elaborado pelos empresários
"Manifesto dos setores de comércio, serviços e turismo em repúdio à violência no DF
Confira íntegra do documento elaborado pelos empresários
"Manifesto dos setores de comércio, serviços e turismo em repúdio à violência no DF
O setor produtivo do Distrito Federal, representado neste documento por diversos segmentos dos setores do comércio de bens, serviços e turismo, manifesta o seu repúdio à falta de segurança pública no DF. O agravamento da situação requer a adoção de medidas imediatas para preservar a vida dos cidadãos.
Somente neste mês de janeiro foram registrados mais de 100 incidentes criminosos nos setores de bares e restaurantes, 92 em farmácias, 60 em supermercados e cerca de 130 em postos de combustíveis. É preciso dar um basta na violência. A população não pode continuar refém do crime, da irresponsabilidade de alguns policiais e da falta de planejamento do governo.
Diante dessa situação, os empresários da capital do País sugerem ao governador Agnelo Queiroz a implementação das seguintes propostas:
1- Convocação da Forca Nacional de Segurança Pública para dar apoio ao Distrito Federal caso persista a operação tartaruga da Polícia Militar.
2- Policiamento ostensivo nas ruas e alocação dos policiais em suas atividades fins. Hoje, muitos PMs estão deslocados de suas funções ou cedidos a outros órgãos do governo.
3- Implementação de uma ação integrada entre as polícias militar e civil e as demais forças de segurança pública, além de uma cooperação com as forças de segurança dos Estados vizinhos.
4- Ampliação do número de câmeras de vigilância do sistema do próprio do GDF e sua utilização em locais considerados de risco e com maior frequência de assaltos.
5- Assegurar que os conselhos de segurança funcionem de forma efetiva a fim de permitir a adoção de medidas práticas que possam dar segurança à população.
6- Ampliação do investimento em iluminação pública.
7- Realização de uma ação social ampla para retirar das ruas os viciados em drogas e menores em condições degradantes e oferecer tratamento a esses indivíduos.
8- Convocação imediata dos policiais militares e civis que foram aprovados em concursos.
Os empresários do DF acreditam que essas são questões fundamentais para o enfrentamento da criminalidade na capital do País. Assinam este manifesto as seguintes entidades:
Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Distrito Federal (Abrasel-DF)
Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH)
Associação Comercial do DF (ACDF)
Associação das Empresas do Setor de Indústria, Abastecimento, Transporte, Cargas e Inflamáveis do DF (AESIATI-DF)
Associação dos Supermercados de Brasília (Asbra)
Brasília Convention Bureau
Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL)
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do DF (Fecomércio-DF)
Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista-DF)
Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis-DF)
Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do DF (Sincofarma-DF)
Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos (Sincodiv-DF)
Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar)
Sindicato dos Supermercados do Distrito Federal (Sindsuper-DF)"
Somente neste mês de janeiro foram registrados mais de 100 incidentes criminosos nos setores de bares e restaurantes, 92 em farmácias, 60 em supermercados e cerca de 130 em postos de combustíveis. É preciso dar um basta na violência. A população não pode continuar refém do crime, da irresponsabilidade de alguns policiais e da falta de planejamento do governo.
Diante dessa situação, os empresários da capital do País sugerem ao governador Agnelo Queiroz a implementação das seguintes propostas:
1- Convocação da Forca Nacional de Segurança Pública para dar apoio ao Distrito Federal caso persista a operação tartaruga da Polícia Militar.
2- Policiamento ostensivo nas ruas e alocação dos policiais em suas atividades fins. Hoje, muitos PMs estão deslocados de suas funções ou cedidos a outros órgãos do governo.
3- Implementação de uma ação integrada entre as polícias militar e civil e as demais forças de segurança pública, além de uma cooperação com as forças de segurança dos Estados vizinhos.
4- Ampliação do número de câmeras de vigilância do sistema do próprio do GDF e sua utilização em locais considerados de risco e com maior frequência de assaltos.
5- Assegurar que os conselhos de segurança funcionem de forma efetiva a fim de permitir a adoção de medidas práticas que possam dar segurança à população.
6- Ampliação do investimento em iluminação pública.
7- Realização de uma ação social ampla para retirar das ruas os viciados em drogas e menores em condições degradantes e oferecer tratamento a esses indivíduos.
8- Convocação imediata dos policiais militares e civis que foram aprovados em concursos.
Os empresários do DF acreditam que essas são questões fundamentais para o enfrentamento da criminalidade na capital do País. Assinam este manifesto as seguintes entidades:
Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Distrito Federal (Abrasel-DF)
Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH)
Associação Comercial do DF (ACDF)
Associação das Empresas do Setor de Indústria, Abastecimento, Transporte, Cargas e Inflamáveis do DF (AESIATI-DF)
Associação dos Supermercados de Brasília (Asbra)
Brasília Convention Bureau
Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL)
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do DF (Fecomércio-DF)
Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista-DF)
Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis-DF)
Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do DF (Sincofarma-DF)
Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos (Sincodiv-DF)
Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar)
Sindicato dos Supermercados do Distrito Federal (Sindsuper-DF)"
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