segunda-feira, 10 de março de 2014

Arena Amazônia mostra suas falhas na partida de abertura

'Ainda teremos muitos defeitos nesta obra', admitiu o governador do Amazonas

O primeiro jogo da Arena Amazônia, no domingo: ocupação parcial
O primeiro jogo da Arena Amazônia, no domingo: ocupação parcial (Edmar Barros/Futura Press)
O público que lotou o anel inferior do novo estádio viu falhas de acabamento, poltronas sujas de cimento, paredes apenas com reboco e baldes para aparar água de goteiras 
"Se o Amazonas tem competência para construir a Arena Amazônia, com certeza terá competência para não deixar que ela se transforme em um elefante branco. O mais difícil não é dar destino a ela, o mais difícil é construir e nós conseguimos". O discurso do governador amazonense, Omar Aziz, antes de Nacional x Remo, que inaugurou a Arena Amazônia, no domingo, deixa evidente a preocupação com a maior ameaça que paira sobre o estádio de Manaus para a Copa do Mundo.
A preocupação do governador em tirar a pecha de elefante branco do estádio se justifica pelo valor necessário para fazer a manutenção da estrutura. Se faltarem eventos no estádio, ele dará prejuízo. O governador também avisou que a arena ainda não estava em condições absolutamente ideais. "Ainda teremos muitos defeitos nesta obra, então não adianta achar que está tudo perfeito. E foi para isso mesmo que fizemos este teste, porque a obra é complexa e já tem condições de uso. Se não usarmos, não vamos inaugurar nunca", disse Omar Aziz.

Construída a um custo estimado de 669 milhões de reais para receber quatro jogos da primeira fase da Copa, a Arena Amazônia tem capacidade para receber 44.000 torcedores. Por ser um evento-teste, o jogo de domingo teve apenas 23.000 torcedores, boa parte deles operários que trabalharam na obra e seus familiares. O público que lotou o anel inferior do novo estádio viu falhas de acabamento, poltronas sujas de cimento, paredes apenas com reboco, baldes para aparar água de goteiras e ar-condicionado que não funcionava nos camarotes, entre outros problemas.
O governador já prometeu realizar novos eventos-teste antes de entregar a Arena Amazônia à Fifa, que assumirá a administração do local durante a Copa. A presidente Dilma Rousseff esteve na Arena Amazônia no dia 14 de fevereiro para uma inauguração informal da obra. Neste domingo, porém, aconteceu a abertura oficial do estádio. Em campo, o amazonense Nacional recebeu o Remo no jogo de volta das quartas de final da Copa Verde e, com o empate de 2 a 2, acabou sendo eliminado pelo time paraense. Agora faltam três estádios: o Itaquerão (São Paulo), a Arena Pantanal (Cuiabá) e a Arena da Baixada (Curitiba). 

Pesquisa VEJA: o brasileiro e a Copa-2014

1 de 7

Imagem negativa

Nas duas questões, os porcentuais foram iguais. Em 2011, pessimismo era menor: 79% achavam que a Copa deixaria uma imagem negativa e 78%, que os estrangeiros teriam má impressão.

O que ficou só na promessa para o Mundial

1 de 5

Estádios privados

O ministro do Esporte do governo Lula prometia uma Copa totalmente privada, sem uso de dinheiro público nas arenas. Entre as doze sedes do Mundial, porém, só três (São Paulo, Curitiba e Porto Alegre) são empreendimentos particulares - e mesmo essas obras dependem de financiamento de bancos estatais e generosos incentivos públicos.

Seis pontos vulneráveis do Brasil em 2014

1 de 6

Dores de cabeça nos aeroportos

No decorrer da Copa das Confederações, muitos visitantes reclamaram das falhas na infraestrutura aeroportuária brasileira. Em sedes como Belo Horizonte e Rio de Janeiro (Galeão), deram de cara com aeroportos em obras. Em Salvador, viram um terminal ficar cheio d'água após um temporal. E em quase todas as sedes, sofreram com pequenos transtornos que já viraram rotina para os passageiros brasileiros - e que fazem a experiência de voar no país ser muito mais desagradável. Exemplos: a constante troca de portões de embarque, que faz o viajante zanzar de um lado para outro nos momentos que antecedem o voo, e a longa espera nas esteiras de retirada de bagagens. Além da baixa qualidade dos serviços oferecidos em muitos aeroportos brasileiros, há um outro obstáculo para a Copa: ela está marcada para um período do ano em que muitos aeroportos, principalmente no Sul e no Sudeste, ficam fechados por causa da neblina. Garantia de fortes emoções para quem tiver voos marcados para os dias de jogos em Porto Alegre, Curitiba, São Paulo (Congonhas) e Rio de Janeiro (Santos Dumont).
(Com Estadão Conteúdo)

FONTE: http://veja.abril.com.br/noticia/esporte/arena-amazonia-mostra-suas-falhas-na-partida-de-abertura


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.