Se fosse julgado como adulto, poderia ser condenado a pena que chega a 30 anos
O adolescente acusado de matar Yorrally mostrou frieza e nenhuma compaixão ao depor sobre o caso, segundo o promotor de Infância e Juventude do DF Renato Varalda, responsável por ouvi-lo. O jovem relembrou detalhes do homicídio e, em nenhum momento, demonstrou arrependimento. “Foi incomum. Nem parecia desconfortável com a situação. Contou como tudo aconteceu normalmente, sem nem sequer ficar nervoso”, revelou Varalda.
O jovem passará por exames para saber se tem algum tipo de transtorno de personalidade. Segundo Raphael Boechat, psiquiatra e professor da Universidade de Brasília (UnB), esse tipo de comportamento dificilmente será mudado. “A psicopatia surge desde jovem e persiste durante a vida. Normalmente, é preciso retirar a pessoa do convívio. Claro que, no caso dele, não há um quadro detectado, estamos supondo baseado nos depoimentos”, ponderou. “É importante ressaltar que ele sabia exatamente o que estava fazendo. Vai ficar apreendido, mas, quando voltar às ruas, fará a mesma coisa”, concluiu.
O crime trouxe de volta o debate sobre a maioridade penal no Brasil. Mesmo considerando o acusado dissimulado, o promotor Renato Varalda é contra que jovens passem a ser considerados imputáveis a partir dos 16 anos. “No sistema penitenciário, só 10% dos detentos têm acesso a estudo. O primeiro impacto negativo seria a interrupção dos estudos desses meninos. Fora isso, está mais do que comprovado que o sistema não recupera ninguém”, afirmou.
FONTE: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2014/03/13/interna_cidadesdf,417191/jovem-teria-apressado-assassinato-de-namorada-para-responder-como-menor.shtml
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.