Os concorrentes ao cargo no Palácio do Buriti já arregaçaram as mangas e estão fazendo campanha corpo a corpo. A disputa se tornou guerra, principalmente entre Agnelo e Arruda. As agendas semanais estão cheias e vão em encontro onde o público parece ser mais promissor...
A campanha política, de fato, começou. Os seis concorrentes ao Palácio do Buriti arregaçaram as mangas e estão mostrando a cara pelas ruas. Agnelo Queiroz (PT), José Roberto Arruda (PR), Luiz Pitiman (PSDB), Rodrigo Rollemberg (PSB), Toninho (PSOL) e Perci Marrara (PCO) estão com as agendas semanais movimentadas e vão de encontro ao eleitor. Nessa semana, eles participaram de reuniões e celebrações. Os participantes também resolveram trocar farpas e dar início a uma verdadeira guerra. Agnelo Queiroz e Arruda protagonizaram cenas de ofensas e puxadas de tapetes.
Depois de a Procuradoria Regional Eleitoral ter pedido a impugnação do registro do concorrente do PR com base na Lei da Ficha Limpa, a coligação de Arruda entrou com uma ação de investigação judicial eleitoral contra a chapa encabeçada pelo petista. O argumento do ex-governador é de que o atual chefe do Palácio do Buriti teria usado a máquina pública para fins eleitorais. Em reunião de campanha no dia 17, Agnelo disse que “ficha suja não pode participar de eleição”. Ele, no entanto, disse que quer enfrentar o adversário nas urnas. “Um cidadão que envergonha uma cidade, humilha uma cidade perante o Brasil e o mundo, tem a cara de pau de se apresentar de novo para governar uma cidade depois da destruição que ele fez”, disse o governador.
Arruda rebateu. “Desafio o governador para um debate, para comparar o meu governo com o dele”. “Mas ele é um governador frouxo e preguiçoso, com a maior rejeição, que envergonha Brasília”, disparou. Na sexta-feira (18), o Tribunal Regional Eleitoral informou que recebeu contestação à candidatura do governador Agnelo Queiroz à reeleição. De acordo com o TRE, o pedido foi feito pela candidata a deputada federal Doutora Raquel, pela coligação União e Força 1 – ligada ao PR, partido do ex-governador José Roberto Arruda. Ela já havia entrado com ação para investigar abuso de poder político e econômico por parte do atual governador – a defesa de Agnelo nega irregularidade.
Procurador-geral da República defende cassação
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu na sexta-feira (18), a cassação da candidatura de José Roberto Arruda ao governo do Distrito Federal. O procurador, que é a autoridade máxima do Ministério Público em matéria eleitoral, disse ainda que a diplomação de Arruda pode ser impugnada se a candidatura for liberada e o ex-governador for, eventualmente, eleito. Arruda foi condenado no dia 9 de julho pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal por participação no esquema de corrupção conhecido como mensalão do DEM. A Lei da Ficha Limpa prevê o impedimento da candidatura de políticos condenados por órgãos colegiados por crimes e improbidade administrativa.
O caso de Arruda é polêmico porque a condenação em segunda instância ocorreu depois de registrar a candidatura. Entendimentos anteriores da Justiça eleitoral indicam que vale a condição que o político tinha no momento do registro da candidatura, mas especialistas divergem. A Procuradoria-Geral Eleitoral do DF entrou com ação na última quarta-feira (16). “Na minha opinião, houve uma manobra por parte de Arruda e a condenação é causa de impugnação de candidatura. Se por acaso essa tese não for vitoriosa na Justiça Eleitoral, e eu confio que será, vamos impugnar a expedição do diploma”, afirmou Janot. Segundo o procurador, o Ministério Público Eleitoral irá sustentar a chamada “inelegibilidade superveniente” para evitar a posse de Arruda se a candidatura for liberada pela Justiça Eleitoral.
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