Informações Blog do Ricardo Callado
O melhor dos mundos para os adversários do ex-governador José Roberto Arruda (PR) era que ele tivesse sido condenado em 2º instância antes do 5 de julho. A data é o prazo final para o registro das candidaturas. E a Lei da Ficha Limpa não permite que alguém com este tipo de condenação, mesmo cabendo recurso, possa ser candidato.
Arruda conseguiu registrar a candidatura. A condenação veio quatro dias depois. O fato estava consumado. A partir daí trava-se uma guerra jurídica. Adversários, principalmente o governador Agnelo Queiroz (PT), correm para que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) não aceite e impugne a candidatura.
O Ministério Público Eleitoral e a Procuradoria-Geral da República são parceiros na derrubada de Arruda. O que parece é que a impugnação da candidatura é uma questão de tempo. O ex-governador não deve desistir. Ainda tem duas instâncias a recorrer: o Tribunal Superior de Eleitoral (TSE) e, posteriormente, ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Arruda pode conseguir chegar ao dia da eleição com pendengas jurídicas. Ou abrir mão da candidatura e apoiar um outro nome para disputar o Palácio do Buriti. Isso pode ser feito até 20 dias antes da votação. Qualquer dos casos, o ex-governador vai passar por sangramento político. O que deve acabar em vitimação e fortalecimento da oposição. E o eleitor, principalmente o mais humilde, é solidário a quem se passa por perseguido.
Quanto mais tempo se passar, quanto maior for o sangramento político, mais Arruda terá força política para apresentar um novo candidato. O substituto deve ser o ex-deputado federal e quatro vezes secretário de Saúde, Jofran Frejat (PR), que atualmente compõe a chapa como vice. Em seu lugar, deve disputar a vaga de vice-governadora a deputada Liliane Roriz (PRTB).
Para o governador Agnelo, que disputa à reeleição, e o senador Rodrigo Rollemberg (PSB), que se apresenta como uma terceira via, essa situação só traz prejuízos. A eleição vai ficar concentrada numa guerra jurídica. Mas não será uma campanha no W.O. Se Arruda cair, Frejat será um adversário a altura, principalmente no debate da saúde pública.
Agnelo pode acabar saindo como vilão da história. Será responsabilizado pelo próprio Arruda como perseguidor. Vai dizer que sofreu um golpe armado pelo Palácio do Buriti. Faz parte do roteiro de vitimação.
A estratégia do governador começa a ser notada. O seu slogan, Respeito por Brasília, somadas as declarações públicas de Agnelo, são as dicas que a campanha será de enfrentamento.
Artigo publicado na semana anterior pelo Jornal da Comunidade, e assinado pelo governador Agnelo, é outra pista da campanha. O termo ficha suja será usado a exaustão para carimbar na testa de Arruda que ele foi condenado. Também será passado ao eleitor que o ex-governador envergonha a cidade e que é preciso respeito por Brasília.
É uma estratégia fraca e frágil. Até porque na coligação de Agnelo também habitam e orbitam personagens que tiveram seus nomes envolvidos na operação da Caixa de Pandora, a mesma que prendeu e desalojou Arruda do Palácio do Buriti. E Arruda não tem o que perder. Pode arrastar Agnelo para a mesma lama.
É preciso novas estratégias. Do contrário, vai viver a campanha de Arruda. E quem vive a vida dos outros acaba com a personalidade distorcida. O eleitor gosta de candidato de personalidade forte e firme. Com carisma. Que chega e decida as coisas. Sem titubear.
O candidato do PT pode começar seu discurso reafirmando a prioridade absoluta no que há de mais carente em nossa capital. Se descolar do Estádio Mané Garrincha, mostrando que foi feito por uma obrigação.
E que a atenção será com os mais pobres. Ao mesmo tempo lembrando o que foi feito nos últimos quatro anos para a população mais carente: Morar Bem, distribuição geladeiras, saneamento, transporte público.
O discurso de que o adversário é ficha suja deve ficar na imprensa e no Judiciário. A não ser que a equipe de campanha e o próprio governador queiram pautar os tribunais. Esse é um erro que deve ser evitado. Vai dar margem a teoria de conspiração.
Agnelo não deve promover a caça às bruxas nem uma revisão amargurada do passado. Deve mostrar que seu projeto será de “baixar as armas”. Até porque também tem vidro em seu telhado.
Para Rodrigo Rollemberg, sobrou fazer uma campanha com propostas que o diferenciem da guerrilha Agnelo-Arruda. Evitar que essa polarização feche espaços para crescimento de intenção de votos.
Não vai ser fácil. Pode ser engolido por uma provável vitimação de Arruda. Mas deve se aproveitar do sentimento anti-petista que cresce no País.
Rollemberg deve se apresentar como o novo. A Geração Brasília que merece chegar no poder. Ele vai ter um início tranquilo de campanha. Se crescer e incomodar, vai ser chamado para o ringue. Confirmando a tendência das pesquisas onde aparecem em primeiro Arruda, seguido por Agnelo em segundo, o tiroteio deve vir inicialmente do candidato do PT. Só vai apanhar se ganhar importância. É a regra.
Arruda conseguiu registrar a candidatura. A condenação veio quatro dias depois. O fato estava consumado. A partir daí trava-se uma guerra jurídica. Adversários, principalmente o governador Agnelo Queiroz (PT), correm para que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) não aceite e impugne a candidatura.
O Ministério Público Eleitoral e a Procuradoria-Geral da República são parceiros na derrubada de Arruda. O que parece é que a impugnação da candidatura é uma questão de tempo. O ex-governador não deve desistir. Ainda tem duas instâncias a recorrer: o Tribunal Superior de Eleitoral (TSE) e, posteriormente, ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Arruda pode conseguir chegar ao dia da eleição com pendengas jurídicas. Ou abrir mão da candidatura e apoiar um outro nome para disputar o Palácio do Buriti. Isso pode ser feito até 20 dias antes da votação. Qualquer dos casos, o ex-governador vai passar por sangramento político. O que deve acabar em vitimação e fortalecimento da oposição. E o eleitor, principalmente o mais humilde, é solidário a quem se passa por perseguido.
Quanto mais tempo se passar, quanto maior for o sangramento político, mais Arruda terá força política para apresentar um novo candidato. O substituto deve ser o ex-deputado federal e quatro vezes secretário de Saúde, Jofran Frejat (PR), que atualmente compõe a chapa como vice. Em seu lugar, deve disputar a vaga de vice-governadora a deputada Liliane Roriz (PRTB).
Para o governador Agnelo, que disputa à reeleição, e o senador Rodrigo Rollemberg (PSB), que se apresenta como uma terceira via, essa situação só traz prejuízos. A eleição vai ficar concentrada numa guerra jurídica. Mas não será uma campanha no W.O. Se Arruda cair, Frejat será um adversário a altura, principalmente no debate da saúde pública.
Agnelo pode acabar saindo como vilão da história. Será responsabilizado pelo próprio Arruda como perseguidor. Vai dizer que sofreu um golpe armado pelo Palácio do Buriti. Faz parte do roteiro de vitimação.
A estratégia do governador começa a ser notada. O seu slogan, Respeito por Brasília, somadas as declarações públicas de Agnelo, são as dicas que a campanha será de enfrentamento.
Artigo publicado na semana anterior pelo Jornal da Comunidade, e assinado pelo governador Agnelo, é outra pista da campanha. O termo ficha suja será usado a exaustão para carimbar na testa de Arruda que ele foi condenado. Também será passado ao eleitor que o ex-governador envergonha a cidade e que é preciso respeito por Brasília.
É uma estratégia fraca e frágil. Até porque na coligação de Agnelo também habitam e orbitam personagens que tiveram seus nomes envolvidos na operação da Caixa de Pandora, a mesma que prendeu e desalojou Arruda do Palácio do Buriti. E Arruda não tem o que perder. Pode arrastar Agnelo para a mesma lama.
É preciso novas estratégias. Do contrário, vai viver a campanha de Arruda. E quem vive a vida dos outros acaba com a personalidade distorcida. O eleitor gosta de candidato de personalidade forte e firme. Com carisma. Que chega e decida as coisas. Sem titubear.
O candidato do PT pode começar seu discurso reafirmando a prioridade absoluta no que há de mais carente em nossa capital. Se descolar do Estádio Mané Garrincha, mostrando que foi feito por uma obrigação.
E que a atenção será com os mais pobres. Ao mesmo tempo lembrando o que foi feito nos últimos quatro anos para a população mais carente: Morar Bem, distribuição geladeiras, saneamento, transporte público.
O discurso de que o adversário é ficha suja deve ficar na imprensa e no Judiciário. A não ser que a equipe de campanha e o próprio governador queiram pautar os tribunais. Esse é um erro que deve ser evitado. Vai dar margem a teoria de conspiração.
Agnelo não deve promover a caça às bruxas nem uma revisão amargurada do passado. Deve mostrar que seu projeto será de “baixar as armas”. Até porque também tem vidro em seu telhado.
Para Rodrigo Rollemberg, sobrou fazer uma campanha com propostas que o diferenciem da guerrilha Agnelo-Arruda. Evitar que essa polarização feche espaços para crescimento de intenção de votos.
Não vai ser fácil. Pode ser engolido por uma provável vitimação de Arruda. Mas deve se aproveitar do sentimento anti-petista que cresce no País.
Rollemberg deve se apresentar como o novo. A Geração Brasília que merece chegar no poder. Ele vai ter um início tranquilo de campanha. Se crescer e incomodar, vai ser chamado para o ringue. Confirmando a tendência das pesquisas onde aparecem em primeiro Arruda, seguido por Agnelo em segundo, o tiroteio deve vir inicialmente do candidato do PT. Só vai apanhar se ganhar importância. É a regra.
FONTE: BLOG DO CALLADO COM O BLOG DO ODIR
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