quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Bomba: juiz do Piauí determina que o WhatsApp seja suspenso no Brasil


Ícones de apps sociais num iPhone
Ícones de apps sociais num iPhone | Dedi Grigoroiu, via Shutterstock.
O juiz da Central de Inquérito da Comarca de Teresina, do Tribunal de Justiça do Piauí, Luiz Moura Correia, determinou que todas as companhias de telefonia suspendam temporariamente o funcionamento do aplicativo WhatsApp no Brasil, “até o cumprimento de ordem judicial”.
Apesar da determinação, o juiz Luiz Moura Correia não explicou exatamente o motivo pois a ação tramita em segredo. Contudo, de acordo com a Secretaria Estadual de Segurança Pública do Piauí, o bloqueio teria a ver com o tráfego de imagens/vídeos de pedofilia dentro do WhatsApp. Operadoras foram informadas da determinação no último dia 19 e tinham até 24 horas para cumpri-la, mas estão recorrendo. [O Globo]

FONTE: https://macmagazine.com.br/2015/02/25/bomba-juiz-do-piaui-determina-que-o-whatsapp-seja-suspenso-no-brasil/

sábado, 21 de fevereiro de 2015

FHC: Dilma adere à tática de quem rouba carteira e grita 'pega ladrão'

Ex-presidente respondeu às declarações da petista, que culpou o governo do tucano por não ter iniciado uma investigação sobre desvios na Petrobras

Carolina Farina
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (Rodrigo Dionisio/Frame/Folhapress)
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso respondeu nesta sexta-feira às declarações da presidente Dilma Rousseff, que lançou mão da velha tática petista e culpou o governo FHC por não ter iniciado uma investigação sobre os desvios na Petrobras na década de 1990. Em nota, o ex-presidente afirma que Dilma aceitou “a tática infamante da velha anedota do punguista que mete a mão no bolso da vítima, rouba e sai gritando ‘pega ladrão’."
FHC salientou o fato de Dilma tratar do trecho da delação premiada em que o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco afirma que começou a receber propina da empresa holandesa SBM offshore em 1997, mas ignorar as demais revelações feitas por ele. “O delator a quem a presidente se referiu foi explícito em suas declarações à Justiça. Disse que a propina recebida antes de 2004 foi obtida em acordo direto entre ele e seu corruptor. Somente a partir do governo Lula a corrupção, diz ele, se tornou sistemática”, afirmou. E questiona: “Como alguém sério pode responsabilizar meu governo pela conduta imprópria individual de um funcionário se nenhuma denúncia foi feita na época?”.
Ainda segundo o ex-presidente, o petrolão não é caracterizado por desvios de conduta individuais de funcionários da Petrobras – nem são os empregados, em sua maioria, os responsáveis. “Trata-se de um processo sistemático que envolve os governos da presidente Dilma e do ex-presidente Lula. Foram eles ou seus representantes na Petrobras que nomearam os diretores da empresa ora acusados de, em conluio com empreiteiras e, no caso do PT, com o tesoureiro do partido, de desviar recursos em benefício próprio ou para cofres partidários”.
O ex-presidente encerra a nota recomendando mais cuidado a Dilma diante dos fatos. “Em vez de tentar encobrir suas responsabilidades, jogando-as sobre mim, que nada tenho a ver com o caso, ela deveria fazer um exame de consciência”, afirma.
Ao tratar da delação de Barusco, a presidente se calou sobre a mais grave informação prestada pelo delator: a de que o tesoureiro do PT João Vaccari Neto recebeu até 200 milhões de dólares em propina do escândalo do petrolão.


FONTE: VEJA

Justiça determina bloqueio de bens de Agnelo Queiroz

Ex-governador assinou contrato irregular para realização de prova da Fórmula Indy em Brasília

Laryssa Borges e Gabriel Castro, de Brasília
O ex-governador do DF Agnelo Queiroz
O ex-governador do DF Agnelo Queiroz (Folhapress)
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal determinou nesta sexta-feira o bloqueio de bens, contas bancárias e valores do ex-governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT) até o total de 37,2 milhões de reais. O juiz Álvaro Ciarlini, da 2ª Vara da Fazenda Pública, considerou necessário resguardar os bens para garantir uma futura indenização aos cofres públicos caso o petista seja condenado a devolver dinheiro por causa de um contrato irregular para a realização de uma prova da Fórmula Indy na capital federal.
Em sua decisão, o juiz atendeu a um pedido do Ministério Público e considerou haver risco de os contribuintes terem sido lesados com o cancelamento da etapa da competição e com o início da reforma do autódromo Nelson Piquet. A corrida, que estava marcada para o mês que vem, foi cancelada pelo novo governador, Rodrigo Rollemberg. Agnelo pode recorrer da decisão no próprio Tribunal de Justiça do DF.

O contrato que motivou o bloqueio foi firmado no ano passado entre o governo do Distrito Federal e a TV Bandeirantes, detentora dos direitos de realização do evento. Como o site de VEJA havia revelado em 30 de janeiro, os promotores identificaram uma sequência de falhas na assinatura do documento. O termo não tem testemunhas e nem mesmo foi publicado noDiário Oficial do Distrito Federal. Além disso, a maior parte dos recursos previsos não possuía lastro no Orçamento.

O governo já havia repassado 17,5 milhões de reais à empresa. Com o cancelamento da prova, a atual gestão também pode ter de pagar uma multa aos organizadores do evento. 
"Não é fácil a tarefa de entender como, mesmo diante da situação de descalabro financeiro e orçamentário do DF, notadamente a partir do exercício de 2014, tenha sido iniciada a negociação da reforma do autódromo de Brasília com a previsão de gasto do valor estimado de R$ 312.292.030,82, isso sem falar nas outras contratações subjacentes, todas em cifras milionárias", disse o juiz em sua decisão.

Além de firmar um contrato inválido com a Band, o governo de Agnelo também havia destinado mais de 312 milhões reais para a realização de uma reforma no autódromo - a obra fora uma exigência para que a capital federal recebesse a disputa - e se comprometido a realizar um campeonato de Moto GP, contratar empresas de consultoria e engenharia. Parecer do Tribunal de Contas do Distrito Federal registrou superfaturamento de cerca de 30 milhões de reais na reforma do autódromo. “Em que pese o ocorrido, o intento do então governador em prosseguir com o evento não foi abalado, mesmo diante da declaração da Corte de Contas a apontar o caráter antieconômico da realização desse evento”, afirmou Ciarlini.
Na mesma decisão, também tiveram os bens bloqueados a ex-presidente da Terracap (companhia imobiliária de Brasilia), Maruska Lima de Souza Holanda; o ex-secretário de Publicidade Institucional, Carlos André Duda; o ex-chefe da Assessoria de Comunicação da Terracap, Sandoval de Jesus Santos; e o ex-diretor financeiro da Terracap, Jorge Antônio Ferreira Braga.


FONTE: VEJA

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Reunião de advogados com Cardozo é 'intolerável', diz juiz da Lava Jato

Sergio Moro citou reportagem de VEJA desta semana, que revelou o encontro secreto o ministro da Justiça para acalmar os advogados de executivos presos na carceragem da Polícia Federal em Curitiba

Laryssa Borges e Marcela Mattos, de Brasília
O juiz federal de Curitiba Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, participa do Seminário Nacional sobre Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro, no Rio de Janeiro
O juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato: 'Existe o campo próprio da Justiça e o campo próprio da política. Devem ser como óleo e água e jamais se misturarem' (Ricardo Borges/Folhapress)
'Existe o campo próprio da Justiça e o campo próprio da política. Devem ser como óleo e água e jamais se misturarem'
O juiz Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, classificou nesta quarta-feira como “intolerável” e “reprovável” a reunião de advogados de empreiteiras com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para discutir o futuro dos seus clientes presos na carceragem da Polícia Federal em Curitiba (PR). Conforme VEJA desta semana revelou, Cardozo assumiu o papel de negociador com os empreiteiros envolvidos na Lava Jato. Em um desses esforços, o ministro recebeu em seu gabinete, em Brasília, o advogado Sérgio Renault, defensor da UTC. Em uma conversa absolutamente imprópria, disse que a operação da Polícia Federal – órgão ligado à pasta de Cardozo – mudaria de rumo radicalmente depois do Carnaval. Cardozo ainda orientou a empreiteira a não aceitar acordo de delação premiada – conselho seguido pelos executivos.
A confirmação do encontro de Cardozo foi o principal argumento utilizado pelo juiz para decretar nova prisão preventiva do presidente da UTC, Ricardo Pessôa, do diretor vice-presidente da Camargo Correa, Eduardo Leite, do diretor presidente da empresa, Dalton Avancini, e do presidente do Conselho de Administração da companhia, João Ricardo Auler.
“Existe o campo próprio da Justiça e o campo próprio da política. Devem ser como óleo e água e jamais se misturarem. A prisão cautelar dos dirigentes das empreiteiras deve ser discutida, nos autos, perante as Cortes de Justiça. Intolerável, porém, que emissários dos dirigentes presos e das empreiteiras pretendam discutir o processo judicial e as decisões judiciais com autoridades políticas, em total desvirtuamento do devido processo legal e com risco à integridade da Justiça e à aplicação da lei penal”, disse Sergio Moro. “Mais estranho ainda é que participem desses encontros políticos e advogados sem procuração nos autos das ações penais. O ministro da Justiça não é o responsável pelas ações de investigações. Trata-se de uma indevida, embora mal sucedida, tentativa dos acusados e das empreiteiras de obter uma interferência política em seu favor no processo judicial”, completou ele, que endossou as críticas feitas pelo ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, sobre a reunião entre o ministro da Justiça e os advogados.
De acordo com o juiz, o episódio é mais uma evidência de que os empreiteiros presos na Lava Jato desde novembro tentam a todo custo interferir nas investigações. Eles já haviam tentado coagir testemunhas e apresentaram documentos falsos às autoridades. “A mera tentativa por parte dos acusados e das empreiteiras de obter interferência política em seu favor no processo judicial já é reprovável, assim como foram as aludidas tentativas de cooptação de testemunhas, indicando mais uma vez a necessidade da preventiva  para garantir a instrução e a aplicação da lei penal e preservar a integridade da Justiça contra a interferência do poder econômico”, disse.
“Certamente a Justiça não será permeável no presente caso a interferências políticas ou do poder econômico. Qualquer indício de tentativa de interferência espúria do poder econômica, quer diretamente, cooptando testemunhas, quer indiretamente, buscando indevida interferência política no processo judicial, deve ser severamente reprimida, justificando, por si só, pelo risco à integridade do processo e da justiça, a decretação da prisão preventiva”, afirmou.
Em seu despacho, Sergio Moro disse que as empreiteiras têm várias obras em andamento e podem estar replicando o esquema do petrolão em outras obras públicas. Para ele, “não é suficiente afastar formalmente os acusados do comando das empresas, pois não há como controlar ou prevenir a continuidade da interferência deles na gestão da empresa ou dos contratos”.
Reação – Contra a ação do ministro da Justiça, o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), ingressou nesta quarta-feira com uma representação na Comissão de Ética da Presidência da República pedindo a investigação sobre o encontro de Cardozo e Sérgio Renault. No documento, o parlamentar alega que, ao utilizar-se do cargo de ministro e, ao mesmo tempo, aconselhar o advogado da empresa investigada a recuar no acordo delação premiada, Cardozo estaria infringindo o Código de Conduta. “Isso porque não fica claro a posição deste: como ministro da Justiça, deveria buscar sempre o cumprimento da lei e a punição dos acusados no maior esquema de corrupção do país; entretanto, como companheiro, opta por conselhos que dificultarão a apuração de crimes e a identificação de responsáveis na Operação Lava Jato”, disse Bueno. 
Nesta tarde, o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), defendeu que Cardozo preste esclarecimentos ao Congresso Nacional sobre o encontro com o advogado da UTC. Uma das possibilidades é que ele seja convocado para audiência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Pelo Twitter, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, também se manifestou sobre o episódio: ele defendeu que os “brasileiros honestos” cobrem a demissão imediata de Cardozo. O Palácio do Planalto não se manifestou sobre o caso. 

FONTE: VEJA

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Agnelo Queiroz ameaça fazer revelações sobre o PT

RSS
Agnelo Queiróz (Foto: Wilson Dias/ABr)
O ex-governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz mandou recados ao PT, seu partido: se insistirem na ideia de defenestrá-lo, reagirá com histórias de arrepiar sobre os líderes nacionais da legenda.








FONTE:http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/felipe-patury/noticia/2015/02/bagnelo-queiroz-ameacab-fazer-revelacoes-sobre-o-pt.html

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Uso de eletrônicos afeta o sono dos adolescentes, diz estudo

Para pesquisadores, o tempo dedicado a aparelhos como smartphones e computadores pode estar tomando as horas de sono ou interferindo no sistema nervoso dos jovens

Criança no computador e televisão
Era digital: quanto maior o uso de eletrônicos, pior o sono dos adolescentes (Thinkstock/VEJA)
Um grande estudo revelou que, quanto mais tempo um adolescente passa diante de uma tela, pior é a qualidade do seu sono. A pesquisa foi publicada online na segunda-feira no periódicoBMJ Open.

Descobertas do estudo

  1. • Meninas gastam mais tempo com smartphones, MP3 players e conversas online, e os meninos, com games em consoles ou computadores. 
  2. • Quase todos os adolescentes usavam um ou mais aparelhos eletrônicos por cerca de uma hora antes de dormir.
  3. • Adolescentes que usavam mais de um aparelho eletrônico por vez tinham mais probabilidade de demorar a adormecer e dormiam menos do que os jovens que usam apenas um por vez.
  4. • Os jovens que usavam dois ou três aparelhos por dia tinham 50% mais probabilidade de dormir menos de cinco horas do que aqueles que usavam um. 
 
Em 2012, pesquisadores noruegueses perguntaram a quase 10 000 jovens de 16 a 19 anos o tempo e as atividades que dedicavam no uso dos seguintes aparelhos eletrônicos: smartphone, computador, MP3 player, vídeo game, tablet e TV. O estudo não contabilizou as atividades escolares desempenhadas nessas ferramentas.

Os voluntários também responderam a que hora normalmente iam para a cama e se levantavam, de quantas horas de sono precisavam para se sentirem descansados e quanto tempo demoravam a adormecer, tanto no fim de semana quanto durante a semana.
Conclusões — Adolescentes que usavam eletrônicos por mais de 4 horas por dia tinham 49% maior risco de demorar mais de 60 minutos para pegar no sono. Na média, os jovens disseram que precisam de oito a nove horas de sono para se sentirem descansados. No entanto, aqueles que passavam mais de duas horas por dia conversando online tinham três vezes mais probabilidade de dormir menos de cinco horas, assim como aqueles que ficaram mais de quatro horas diante de qualquer tela.
Para os pesquisadores, o tempo dedicado aos aparelhos eletrônicos pode estar tomando as horas de sono ou atrapalhando o descanso por atrapalhar o sistema nervoso — a luz emitida por esses aparelhos interfere no relógio biológico.

Diretriz — “A atual recomendação é de que as pessoas não tenham TV no quarto. No entanto, outros aparelhos podem estar atrapalhando o sono, como os computadores e telefones”, escreveram os pesquisadores. “É preciso desenvolver diretrizes específicas sobre o uso de eletrônicos.”
(Da redação de VEJA.com)


FONTE: VEJA

Estudo revela horas de sono necessárias para cada idade

Nova diretriz americana altera padrão de sono recomendado para faixas etárias

bebê
Recém-nascidos precisam de 14 a 17 horas de sono por dia; bebês de quatro a onze meses, de 12 a 15 horas(Thinkstock/VEJA)
Dormir na medida certa pode afastar problemas como cansaço, falta de concentração, depressão e ansiedade. A Fundação Nacional do Sono, nos Estados Unidos, revisou 320 pesquisas para atualizar a recomendação de quantas horas de sono são necessárias diariamente para ficar com a saúde em dia, de acordo com cada faixa etária. Foram alteradas principalmente as indicações para bebês. 
A pesquisa concluiu que recém-nascidos precisam dormir de 14 a 17 horas por dia; a orientação anterior era de 12 a 18 horas. Entre os bebês de quatro a onze meses, a necessidade passou a ser de 12 a 15 horas, ante o mínimo de 14 horas recomendado para essa faixa etária antes do estudo.
Conforme a idade aumenta, a necessidade de sono diminui. Crianças de um a cinco anos precisam de 10 a 14 horas de sono, segundo os pesquisadores. Dos seis aos treze, a recomendação cai para 9 a 11 horas. Já os adolescentes de catorze a dezessete anos devem dormir de 8 a 9 horas por noite para manter a saúde em dia.
A orientação não mudou para adultos de 18 a 64 anos: de 7 a 9 horas. Acima dessa idade, a quantidade diminui para 7 a 8 horas. O resultado foi publicado na semana passada no periódico Sleep Health: Journal of the National Sleep Foundation.
“Nós ainda temos muito que aprender sobre o sono, já que passamos um terço de nossas vidas dormindo. Sabemos que é um mecanismo importante para a consolidação da memória, mas os detalhes sobre a função do sono para o nosso organismo ainda são desconhecidos”, diz a coautora do estudo Lydia DonCarlos, da Universidade Loyola de Chicago.
(Da redação de VEJA.com)


FONTE: VEJA

Cientistas criam lentes de contato com 'efeito de binóculo'

Voltada para pessoas que sofrem de degeneração macular relacionada à idade, as lentes podem aumentar uma imagem em quase três vezes

As lentes são um pouco mais grossas do que as comuns e possuem um pequeno 'telescópio'
As lentes são um pouco mais grossas do que as comuns e possuem um pequeno 'telescópio' (Divulgação/VEJA.com)
Cientistas americanos e suíços criaram uma lente de contato capaz de ampliar objetos num piscar de olhos — literalmente. O objetivo do acessório, além de corrigir problemas de visão como fazem as lentes comuns, é ajudar pessoas com problemas oftalmológicos mais sérios. 
Testada por cinco pessoas, as lentes são um pouco mais grossas do que as comuns e possuem um pequeno “telescópio” que funciona como se o usuário olhasse através de um binóculo. Para ativá-la, é preciso utilizar óculos especiais e piscar o olho direito. Para voltar ao normal, basta piscar o esquerdo.
A tecnologia é especialmente útil para pessoas com degeneração macular relacionada à idade (DMRI), uma condição que causa um ponto cego no centro do campo de visão. A lente é capaz de aumentar os objetos em 2,8 vezes, o suficiente para que as pessoas consigam ler textos e reconhecer rostos.
A pesquisa para a criação da lente, realizada na École Polytechnique Fédérale de Lausanne (EPFL), na Suíça, é financiada pelo Pentágono, a sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, com o objetivo de ajudar soldados.
O trabalho foi apresentado na conferência anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência, que ocorre na Califórnia até o dia 16 de fevereiro. Mais etapas serão necessárias antes que as lentes estejam disponíveis para o público.
Optics Express.
visão
As lentes de contato precisam ser usadas com óculos de cristal líquido, para que o usuário possa selecionar entre os tipos de imagens a que deseja enxergar. O primeiro quadro mostra a visão normal. O segundo, a visão com a lente de contato, que mistura as duas imagens, criando um borrão. O terceiro  quadro mostra a visão amplificada, usando os óculos
(Da redação de VEJA.com)


FONTE: VEJA

Servidores se unem por reajuste de 27,3% e ameaçam com greve geral

Funcionários públicos das carreiras de base e do topo da pirâmide decidem fechar percentual único e linear para pressionar o governo


Ed Alves/Esp. CB/D.A Press - 10/8/11


O ano promete ser especialmente difícil para o governo. Além de ter que lidar com as contrariedades políticas por conta do ajuste fiscal — elevação de impostos, necessidade de cortes de despesas e juros em elevação —, não terá trégua dentro de casa. Pela primeira vez na história das negociações salariais do funcionalismo público, as categorias de base e as do topo da pirâmide — com excessão das da Receita Federal — se uniram para reivindicar melhores salários e condições de trabalho.

O percentual de reajuste para 2016 já está definido — 27,3% — e os servidores ameaçam uma greve geral caso o governo não inclua o pedido na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que deverá ser concluída pelo Executivo até meados de abril. No Fórum Nacional do Servidores, ficou acertado aumento linear para todas as carreiras. Com isso, a pressão por reposição das perdas inflacionárias vai ser incomum neste ano.

De acordo com Rogério Antônio Expedito, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef — que representa 80% do funcionalismo), ao longo da greve geral de 2012, apesar da ferrenha queda de braço com a ex-ministra do Planejamento, Miriam Belchior, os servidores só conseguiram os 15,8% (divididos em três parcelas de 5%), considerados insuficiente. À época, lembrou, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega acreditava que a inflação anual ficaria no centro da meta estabelecida pelo Banco Central, de 4,5%. Se isso acontecesse, em tese, os trabalhadores teriam algum ganho. Mas a inflação acabou ultrapassando os 6%, em 12 meses, corroendo ainda mais o poder de compra do funcionalismo.

Durante o Fórum, os servidores decidiram nortear seus cálculos em antigas reivindicações não atendidas pelo governo. O percentual de 27,3%, apresentado pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Banco Central (Sinal), tem como ponto de partida o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de agosto de 2010 a julho de 2016 (em torno de 44%), descontados os 15,8%. Foi incluída a previsão de inflação para este ano (6,6%) e para o 1º semestre de 2016 (2,8%), e ganho real de 2%


FONTE: CORREIOWEB

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Roberto Carlos dos Santos Gomes: “Quanto mais nos perseguirem, mais o cristianismo crescerá”

Sou coordenador da Igreja Presbiteriana Viva no Níger, país da África Ocidental. Nossas duas igrejas foram invadidas, saqueadas e incendiadas por radicais islâmicos. A cristofobia nos fortalecerá


EM DEPOIMENTO A VINÍCIUS GORCZESKI
MISSÃO NA ÁFRICA Roberto Carlos Gomes com a mulher, Telma,  e os filhos Djalma  e Débora, no  Níger. Mesmo sob ameaça, ele diz  que ficará no país (Foto: arquivo pessoal)

Foi por volta das 3 horas da tarde do sábado 17 de janeiro. Um barulho ensurdecedor ganhou vida lá fora, como se um helicóptero voasse baixo. Era, na verdade, uma manifestação de muçulmanos radicais que passava em frente a minha casa. Eles gritavam e corriam. Haviam acabado de invadir, quebrar e incendiar uma igreja aqui perto de onde eu moro, em Niamey, capital do Níger, país da África Ocidental. Como os muros da minha casa são altos, eu não via nada, mas minha família e eu ouvíamos os estrondos. Só conseguia pensar nas mensagens que recebia de amigos pastores daqui e do Brasil, que avisavam: “Não saia de casa! Há uma manifestação anticristã nas ruas. É perigoso”.
Eu, um missionário brasileiro presbiteriano, nunca imaginei que os tumultos na capital do Níger naquele momento fossem um desdobramento do atentado terrorista em Paris, em 7 de janeiro. Naquele dia, dois homens fortemente armados invadiram a redação da revista francesa Charlie  Hebdo, famosa por desenhos satíricos do profeta Maomé que irritaram boa parte da comunidade muçulmana. No atentado, mataram 12 pessoas. O presidente do Níger, Mahamadou Issoufou, foi um dos seis líderes de países africanos a participar de uma marcha em Paris em sinal de solidariedade aos mortos, no dia 11 de janeiro. Mais de 95% da população nigerina é muçulmana. O ato de Issoufou enfureceu muitos de meus vizinhos. Foi algo que eu descobriria naquele sábado, três dias depois que outra edição do Charlie Hebdo trouxe um desenho do profeta Maomé em que ele segurava um cartaz com os dizeres: “Eu sou Charlie”. O título, irônico, dizia: “Tudo está perdoado”. Não para os radicais.
Roberto Gomes - frase 1 (Foto: Reprodução)
Aqui no Níger, eu coordeno as duas igrejas da Igreja Presbiteriana Viva, com sede em Volta Redonda, no Rio de Janeiro. Minha família e eu somos um alvo fácil para qualquer radical muçulmano. Assim, por dois dias depois do sábado, restou-me o isolamento. Ao deus nos acuda do sábado, seguiu-se um silêncio. Parecia o fim do pavor, mas a tensão e o medo de novas ameaças cresciam. As janelas e portas de minha casa continuaram fechadas a cadeados. Lá, me escondi com minha mulher e meus dois filhos e um casal de amigos brasileiros com seu filho. Eles trabalham para uma ONG cristã, cuja sede os radicais islâmicos ameaçaram incendiar e destruir. Meus filhos, pequenos, captavam em nossos rostos desolados o sentimento de medo. Preocupava-me saber se meus amigos cristãos estavam bem. Do Brasil e de vizinhos, eu recebia mensagens de conforto. Deus sabe o que faz, diziam.
A coragem para sair de casa veio na segunda-feira. De manhã, tomamos um carro e saímos todos para conferir a que estado foram reduzidas nossas igrejas. Evitamos as ruas principais, onde eu supunha que poderíamos deparar com radicais anticristãos. Nossa igreja mais próxima estava parcialmente destruída e queimada. Imagino que alguns rebeldes carregaram cadeiras, portas, armários. Outros removeram as janelas e os ventiladores. Os mais ousados arrancaram  o chão. Empilharam tudo em frente à igreja. Quando cheguei lá, vi que tudo fora reduzido a cinzas. Restaram apenas um fogão e uma geladeira intactos. A mim, sobrou a tristeza.
A destruição foi ainda maior em nossa sede. Ali, não houve piedade. A igreja foi queimada por dentro. Não sobraram lâmpadas, ventiladores, geladeira ou fogão. Numa casa anexa à igreja, que também nos pertence e onde moravam alguns zeladores, nos roubaram tudo. O fogo destruiu o resto. Da igreja, sobrou apenas a cobertura. Da casa, os muros. Os zeladores salvaram-se porque saíram antes que os manifestantes chegassem. Enquanto avaliávamos a catástrofe, um pastor me contou que dois muçulmanos haviam morrido no caos. Mas o número deve ser maior. Também fui informado de que, naquele sábado, mais de 40 igrejas cristãs haviam sido invadidas, depredadas, saqueadas e incendiadas.

Pelas ruas da cidade, não ficou de pé nenhum restaurante, bar ou escola que fosse ligado aos cristãos ou à França. O Níger foi uma colônia francesa até 1960. De resto, os nigerinos muçulmanos pareciam continuar a tocar a vida como se nossas igrejas destruídas fossem um mero detalhe mórbido. Houve mais indiferença em relação a nossa sorte. Do governo do Níger, não veio nenhuma ajuda ou palavra de solidariedade como o líder Issoufou prestara à França dias antes. Foi por medo?

Desde que estou aqui, nunca vira uma revolta tão assombrosa  e violenta como esta. Esta é a segunda vez que moro no Níger. Antes de vir para cá pela primeira vez, em setembro de 2001, passei por uma longa preparação cultural no Brasil. A maior lição que aprendi foi trabalhar em conjunto e jamais fazer qualquer coisa sozinho. Depois de dois anos, voltei ao Brasil para que minha mulher, Telma, desse à luz Débora, minha primeira filha. Em 2005, voltei à África, onde me estabeleci no Mali durante quatro anos. Tive momentos maravilhosos lá, como o nascimento do meu filho, Djalma José. Em 2009, voltei ao Níger para nunca mais querer voltar. Até agora, havíamos sido felizes aqui.  Sempre soube que seria uma missão árdua trazer a palavra de Jesus à África. Menos pela adaptação ao calor desértico que bate os 50 graus célsius na média. Ou pela pobreza e pela dificuldade em pregar em francês, o idioma oficial do Níger. Mas sobretudo pela realidade religiosa da África.
Roberto Gomes - frase 2 (Foto: Tagaza Djibo/Reuters)
Na Nigéria, país vizinho ao Níger, os cristãos são fortemente perseguidos. Há cristofobia. No Níger, como somos minoria na população e os muçulmanos, em geral, não aceitam bem os cristãos, é fácil imaginar o que pode acontecer aos muçulmanos que se convertem ao cristianismo. Uma dificuldade que tivemos foi achar um espaço para começar nossa igreja, porque os maiores proprietários de imóveis são muçulmanos. E vários deles eram bem radicais. A ideia de uma igreja cristã pulsando em Niamey lhes parecia inconcebível. Mas Deus tem controle das coisas – e conseguimos construir nossas igrejas, sempre abertas aos fiéis e regularizadas junto ao governo nigerino.
Agora, deveremos reconstruí-las. Farei isso sem mágoas nem rancor. Conheço vários nigerinos, com quem fiz amizade. Do mecânico de carros ao padeiro da esquina. Todos eles muçulmanos. Todos eles gentis e amigáveis. Comovidos, vários deles me disseram que teriam corrido à igreja para defendê-la dos ataques se soubessem quais eram os alvos dos manifestantes com antecedência. Também não quero voltar ao Brasil. Posso dizer que amo esse povo, mesmo que alguns nos persigam. Deus faz da cristofobia um motivo de alegria. A igreja é como um bambu. Quanto mais você corta, mais ela cresce, com mais força e mais vigor. Quanto mais nos perseguirem, mais nós cresceremos. Não estou aqui como um turista que tira fotos e vai embora. Estou aqui por um chamado de Deus. Muitos de meus amigos muçulmanos  nigerinos não sabem quem é Jesus Cristo. Eles me dizem: “Ah, ele é um americano!”. Outros me perguntam: “Seria um francês?”. Palavras como essas me fazem acreditar que minha missão não acabou. Continuarei a pregar a palavra de Jesus.



FONTE:http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/02/broberto-carlos-dos-santos-gomesb-quanto-mais-nos-perseguirem-mais-o-cristianismo-crescera.html

Delatores do petrolão entregam os companheiros do PT

Eles afirmam que políticos do partido receberam propina. Os nomes de José Dirceu, Antonio Palocci e Cândido Vaccarezza aparecem nos depoimentos


LEANDRO LOYOLA

AMIZADE O ex-deputado petista Cândido Vaccarezza e o amigo Lula (acima). Vaccarezza é acusado de receber propina da multinacional Sargent Marine (leia o documento acima), beneficiada pela Petrobras (Foto: Domingos Tadeu/Presidência da República)
AMIZADE O ex-deputado petista Cândido Vaccarezza e o amigo Lula (acima). Vaccarezza é acusado de receber propina da multinacional Sargent Marine (leia o documento acima), beneficiada pela Petrobras (Foto: Domingos Tadeu/Presidência da República)

AMIZADE

O ex-deputado petista Cândido Vaccarezza e o amigo Lula (acima). Vaccarezza é acusado de receber propina da multinacional Sargent Marine (leia o documento acima), beneficiada pela Petrobras (Foto: Domingos Tadeu/Presidência da República)

"Bob”. Quem é “Bob”? Em outubro do ano passado, o doleiro Alberto Youssef forçou sua memória em um dos muitos depoimentos prestados ao Ministério Público e à Polícia Federal no Paraná, para ajudar a desvendar os intrincados meandros do petrolão. Naquele dia, Youssef detalhou ao Ministério Público e à Polícia Federal a participação do lobista Júlio Camargo, representante da empresa Mitsui Setal, atual Toyo Setal, na rotina da corrupção. Youssef contou que Júlio tinha uma função semelhante à sua: fazer o dinheiro pago por empresas com o intuito de obter contratos na estatal chegar até os facilitadores desses negócios. Júlio trabalhava na ocasião para a Toyo e a Camargo Corrêa. Atuava na Diretoria de Serviços, comandada por Renato Duque, indicado pelo PT. Youssef disse que Júlio era próximo deJosé Dirceu, o padrinho político de Duque, e próximo também de outro ministro petista,Antonio Palocci. Segundo Youssef, Júlio tinha uma alcunha para Dirceu: “Bob”.

O teor desse e de outros depoimentos da delação premiada de Youssef vieram a público pouco antes do Carnaval. Neles, petistas como Dirceu brilham em cores vivas, sempre ao lado de operadores como Júlio Camargo. Youssef disse que Júlio também fazia os pagamentos da propina do petrolão – especialmente ao PT. Segundo Youssef, o dinheiro era direcionado “para pagamentos da Camargo Corrêa e da Mitsui Toyo ao Partido dos Trabalhadores, sendo que as pessoas indicadas para efetivar os recebimentos à época eram João Vaccari e José Dirceu”. De acordo com os depoimentos de delação premiada de Youssef, um funcionário de Júlio Camargo usava um pen drive protegido por senha, com nomes de pessoas indicadas para receber esse dinheiro. Youssef viu o conteúdo do pen drive. Havia uma lista na qual José Dirceu era simplesmente “Bob”.

Dirceu e Júlio tinham uma relação mais próxima do que as transações financeiras apontadas por Youssef sugerem. Segundo Youssef, como muitos outros políticos ainda desconhecidos, Dirceu viajava no “avião do Julinho”, um Citation Excel. No depoimento, Youssef diz que Dirceu e Camargo são amigos e que “o avião referido fica guardado no Hangar 1 da Companhia Aérea TAM, no Aeroporto de Congonhas”. Por meio de nota, o ex-ministro José Dirceu negou ter recebido recursos do empresário Júlio Camargo e da Toyo Setal. Disse, ainda, que as declarações de Youssef são mentirosas e que sempre viajou em aviões de carreira ou empresas de táxi-aéreo.

O doleiro Youssef não entregou, pelo menos nos depoimentos conhecidos até o momento, provas documentais da participação de Dirceu. Os investigadores tentam provar que Dirceu, poderoso no PT e no governo, sabia que Duque, seu afilhado na Petrobras, trabalhava para cobrar um pedágio em contratos da estatal, de modo a direcionar o dinheiro para o caixa do PT e o bolso de alguns políticos escolhidos. Assim como no mensalão, suspeitas de que Dirceu tinha domínio da engrenagem começam a emergir com mais nitidez.

Aos poucos, as provas obtidas pela força-tarefa da Lava Jato permitem reconstituir o alcance e a proeminência do PT no esquema. No ano passado, Youssef e Paulo Roberto Costaafirmaram que Vaccari era o homem encarregado pelo PT de receber a propina destinada aos políticos da legenda. Há duas semanas, soube-se que o ex-gerente Pedro Barusco, subordinado ao diretor Renato Duque, contou à Justiça que o PT recebeu cerca de R$ 200 milhões em propinas da Petrobras, “com a participação de João Vaccari”. O PT e Vaccari negam todas as acusações.

Também vieram à tona, às vésperas do Carnaval, depoimentos da delação premiada de Paulo Roberto Costa. Eles confirmam, em muitos pontos, o que diz Youssef sobre o PT. Neles, Paulo Roberto confessa a existência de um braço internacional do esquema, envolvendo algumas das maiores empresas de petróleo do mundo – conforme revelou ÉPOCA em abril do ano passado. Paulinho, como era chamado por Lula, rememora no depoimento algumas lições de vida. “Paulo, você é muito tolo, você ajuda mais os outros do que a si mesmo. E, em relação aos políticos que você ajuda, a hora que você precisar de algum deles, eles vão te virar as costas”. Paulo Roberto diz ter ouvido esse conselho de Rogério Araújo, um diretor da empreiteira Odebrecht. Segundo Paulo Roberto, ali, em 2008, Rogério acertou que a Odebrecht depositaria recursos para ele diretamente no exterior, por fora dos acertos para os políticos, para “manter a política de bom relacionamento”. A Odebrecht, em nota, nega qualquer irregularidade.

Em uma dessas contas, em 2009 ou 2010, segundo Paulo Roberto, a empresa Sargent Marine depositou US$ 192.800 em propina. Meses antes, a empresa havia sido apresentada a Paulo Roberto por Jorge Luz, um dos mais antigos lobistas da Petrobras. No governo Lula, Luz construiu boas relações com chefes do PMDB e do PT. Uma delas com o então deputado petista Cândido Vaccarezza, amigo de Lula e influente na Petrobras. Em sua delação premiada revelada às vésperas do Carnaval, Paulo Roberto diz que, em troca da propina, deu um contrato sem licitação à Sargent Marine. Segundo o depoimento, Paulo Roberto foi avisado por Jorge Luz que, do valor do contrato, R$ 400 mil seriam entregues ao deputado Cândido Vaccarezza, do PT paulista, então líder do PT e, depois, do governo na Câmara. “Nunca em minha vida apresentei nenhuma empresa a ele ou tive contato com essa empresa Sargent Marine”, diz o ex-deputado Cândido Vaccarezza.

As quatro contas reveladas por Paulo Roberto foram abastecidas não só pela Sargent Marine, mas por outras gigantes do mundo petrolífero, como publicou ÉPOCA. Paulo Roberto recebeu US$ 10 mil da Glencore, em uma conta administrada por Youssef no banco UBS do principado de Luxemburgo. Outra empresa, a Trafigura depositou US$ 600 mil em propinas em uma conta do banco Lombard Odier-Gen, na Suíça. Novas revelações das delações premiadas podem ajudar a esclarecer esses casos.



FONTE:http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/02/delatores-do-petrolao-entregam-os-bcompanheiros-do-ptb.html

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Deputados distritais do DF aprovam antecipação de receita no valor de R$ 400 milhões

Recursos quitarão salários atrasados de servidores da saúde e educação


Pacote de medidas foi aprovado pelos distritais na noite desta terça-feira (10)Renato Araújo/Agência Brasília
A ARO (Antecipação de Receita Orçamentária) no valor de R$ 400 milhões, pedida pelo GDF (Governo do Distrito Federal), foi aprovada no plenário da Câmara Legislativa na noite desta terça-feira (10). O recurso servirá para quitar salários dos servidores da saúde e da educação, atrasados desde o ano passado. O pedido agora será homologado, publicado no Diário Oficial do DF e encaminhado ao Tesouro Nacional, que libera o recurso para outro processo de aprovação. O trâmite deve levar cerca de 30 dias.
Cinco medidas fiscais que integram o Pacto por Brasília também passaram pelo crivo dos parlamentares, por 12 votos a favor e cinco contra. Elas devem gerar receita de R$ 509 milhões aos cofres do governo do Distrito Federal em 2016: R$ 145 milhões de IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores); R$ 100 milhões da telefonia; R$ 100 milhões da gasolina; R$ 130 milhões do ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis); e R$ 34 milhões do diesel.
Dentro do pacote de medidas fiscais aprovado na Câmara está a correção das alíquotas do IPVA. No caso dos carros, passará de 3% para 3,5% e, das motos, de 2% para 2,5%. Já o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) da telefonia saltará de 25% para 28%.
Haverá mudanças também na alíquota do ICMS da gasolina (de 25% para 28%) e do diesel (de 12% para 15%). Mesmo com as alterações, o DF preserva alíquotas menores ou iguais a outras unidades da Federação. Veículos que operam no transporte público permanecem isentos do imposto.
Os deputados aprovaram ainda as alterações na cobrança do ITBI. No sistema atual, o contribuinte paga 2% sobre qualquer transação, independentemente do valor do imóvel. Com o modelo que passará a ser adotado no ano que vem, o comprador pagará alíquota de 1% sobre os primeiros R$ 100 mil, 2% até R$ 205 mil e 3% sobre valores superiores. Considerando as operações feitas em 2014, cerca de 60% das pessoas que adquiriram casa ou apartamento teriam pago valor menor de ITBI.


FONTE: R7 DF