Grupo era investigado desde setembro e fazia transações ilegais pela internet
A Corf (Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, à Ordem Tributária e a Fraudes) da Polícia Civil do DF prendeu na manhã desta quarta-feira (18) quatro homens e duas mulheres acusados de integrarem uma quadrilha especializada em fraudes financeiras. O grupo era composto por jovens entre 25 e 30 anos.
A polícia cumpriu sete mandados de prisão e seis mandados de busca e apreensão expedidos pela justiça. O grupo é acusado de desviar cerca de R$ 50 milhões de contas bancárias em transações ilícitas. As transferências eram feitas pela internet.
Segundo o delegado Jeferson Lisboa, que está a frente da operação, o grupo enviava e-mails com links suspeitos onde as pessoas clicavam e tinham seus dados bancários copiados. O grupo também conseguia fazer saques em caixas eletrêonicos de modo fraudulento.
O grupo conseguia os dados das vítimas por meio de páginas falsas de bancos na internet. Ao acessar o endereço, o cliente era redirecionado para o site criado pela quadrilha. Com o domínio das contas, os suspeitos faziam movimentações de alto valor.
O grupo agia de varias formas. Pagava dividas como IPTU, IPVA e outros tributos do GDF. Eles cobravam metade do valor da dívida para pagar os tributos devidos. Para isso, usavam dinheiro das contas fraudadas. E para garantir o sucesso da operação, conseguiam bloquear o celular dos correntistas para que o banco não encontrasse o cliente a tempo de questionar a transação. E assim, os golpistas chegaram a movimentar R$ 50 milhões ao longo de 11 meses.
Para a polícia, essas transações feitas pela quadrilha podem ter tido a ajuda de funcionários de bancos e de operadoras de celular. Por isso, as investigações vão continuar. E até quem procurou a quadrilha para quitar dividas com o GDF pode ser penalizado.
De acordo com a polícia, as investigações começaram em setembro deste ano com a prisão do chefe da quadrilha. De lá para cá, a polícia identificou como o esquema funcionava e agora tenta desmantelar a articulação do grupo. A polícia faz buscas em Planaltina, Sobradinho, Taguatinga, Águas Claras, Guará e Samambaia.
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