Lixão, é uma bomba relógio.

      

Um descaso em forma de “bomba relógio”. Essa é a melhor definição e o alerta em torno do acúmulo de lixo e sujeira no galpão do Centro Automotivo Globo, situado no lote 9, quadra 13, conjunto 3, ao lado da empresa Libra Contabilidade, no Setor Complementar de Indústria e Abastecimento (SCIA), na Cidade do Automóvel.

      Além de ser um potencial foco de propagação de doenças – como dengue e outras transmitidas por ratos e animais peçonhentos – o local também vive sob o risco de incêndios. Cenário insalubre que incomoda e gera tensão nos funcionários das empresas vizinhas e cidadãos que freqüentam a região.

       Para agravar a situação, as toneladas de lixo despejadas diariamente no galpão saem das caçambas de caminhões do SLU – Sistema de Limpeza Urbano, órgão que deveria fiscalizar e avaliar melhor os locais de depósitos de resíduos. Um local de risco que também exige, por sua vez, a atenção emergencial do Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária e órgãos de saúde do Governo do Distrito Federal.

       Alertado por empresários da região, o presidente da Associação Comercial do Distrito Federal – ACDF , Cléber Pires, esteve no local nesta segunda-feira, 27 , e viu in loco o incômodo e desconforto causado pelas toneladas de lixo no galpão. Para ele, ou se tomam providências imediatas ou o “lixão” da Cidade do Automóvel permanecerá como uma bomba relógio prestes a explodir.

      A catadora de lixo Maria Socorro Cestino relata que 13 famílias trabalham no local. São, no total, 54 catadores que se revezam na coleta de 20 toneladas por mês.  Cestino narra a precariedade de trabalho no local e, afirma, que se o galpão for desativado, ela e o outros colegas de coleta de resíduos vão retornar para o antigo lixão, pois precisa do trabalho para sustentar a família. “Roubar, assaltar, não faremos, pois temos dignidade e esperamos atenção por parte das autoridades”, frisa a catadora.

FONTE: LUIZ SOLANO