Reportagem do jornal americano destaca escândalo de corrupção na estatal - e afirma que o caso tumultuou a já tumultuada disputa pelo Planalto
A candidata à presidência, Dilma Rousseff (PT) participa do debate no segundo turno, promovido pela Rede Record, neste domingo (19) (Ivan Pacheco/VEJA.com)
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, delator de um esquema de corrupção na empresa, é tema central de uma reportagem de página inteira na edição desta segunda-feira do principal jornal dos Estados Unidos, o The New York Times. As denúncias do esquema de proporções "épicas" estão contribuindo para aumentar a incerteza na reta final da corrida presidencial, destaca o texto.
A reportagem, assinada pelo correspondente do jornal no Brasil, Simon Romero, começa contando a história de Costa, que vivia o sonho que todo homem de petróleo tem. Era dono de um iate, um carro blindado e tinha mais de 25 milhões de dólares em bancos no exterior. Mas com ele envolvido no esquema de corrupção da Petrobras, o sonho acabou recentemente e o engenheiro e ex-diretor da empresa pode perder tudo isso, destaca o Times.
"O caso se apresenta como um grande desafio para a presidente Dilma Rousseff, que está em uma luta amarga pela reeleição contra Aécio Neves, que vem ganhando ímpeto com a aproximação das eleições", destaca o texto, lembrando que Dilma presidiu o conselho da Petrobras durante o período em que Costa disse que montou o esquema de corrupção e ainda escolhe quem vai comandar a empresa.
O NYT cita a revelação feita por Costa de desvios de até 3% do valor de contratos da Petrobras para partidos da base aliada. "O depoimento de Costa está tumultuando uma já tumultuada corrida presidencial", destaca o jornal. O Times ressalta ainda que o escândalo na Petrobras traz à tona duas visões diferentes de como a petroleira, "que fez uma das maiores descobertas de petróleo deste século", deve ser gerenciada. Desde que assumiu a presidência do Brasil, Dilma aumentou o controle estatal na empresa. Já o candidato do PSDB, Aécio Neves, declarou que as denúncias de corrupção na empresa mostraram que sua administração ficou muito politizada, de acordo com o jornal.
(Com Estadão Conteúdo)
fonte: VEJA
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