Millena Lopes
millena.lopes@jornaldebrasilia.com.br
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Com 812.036 votos (55,56%), o candidato do PSB Rodrigo Rollemberg venceu as eleições para o Governo do Distrito Federal, em segundo turno. Das 21 zonas eleitorais, ele venceu em 11. Jofran Frejat (PR) liderou em nove, principalmente nas regiões de periferia, onde seu último projeto de campanha, que prometia reduzir a passagem de ônibus a R$ 1, teve maior penetração. Ele foi derrotado com 44,44% dos votos.
Rollemberg foi muito bem votado no Plano Piloto, onde a renda e a escolaridade dos moradores são comprovadamente maiores. Na 14ª Zona Eleitoral, que abrange a Asa Norte e a Vila Planalto, por exemplo, o senador conseguiu 80,42% do eleitorado. Na 1ª ZE (Asa Sul), 77,58%; e na 11ª (Cruzeiro e Sudoeste), 76,24%.
Frejat obteve maioria em nove zonas eleitorais, as mais periféricas do DF: na 4ª (Gama, Santa Maria e Sítio do Gama), na 6ª (Planaltina), na 7ª (Brazlândia), na 8ª (Ceilândia Centro), na 13ª (Samambaia), na 16ª (Ceilândia Norte), na 17ª (Gama e regiões rurais), na 20ª (Ceilândia Sul) e na 21ª (Recanto das Emas).
Votos do PT
Embora os dois candidatos tenham tentado, durante toda a campanha no segundo turno, se dissociar da imagem do governador Agnelo Queiroz (PT), os 307.449 votos obtidos pelo petista foram divididos. Os números, no entanto, indicam que Frejat tenha sido o maior beneficiado com eles: Rollemberg obteve exatamente 182.281 votos a mais que no primeiro turno e o candidato do PR, 221.135 a mais.
O partido declarou neutralidade no segundo turno e pediu aos partidários que votassem nulo, assim como declarou o próprio governador por diversas vezes. Liberados pelo próprio Agnelo, outros partidos que faziam parte da coligação do governador se dividiram em apoio aos dois candidatos.
Luiz Pitiman (PSDB), que conseguiu o apoio de 68.291 no primeiro turno, declarou apoio a Rollemberg na segunda fase da disputa. O PSOL, que foi votado por 34.685, também declarou neutralidade.
Beneficiado com os votos de Arruda
Rollemberg começou na disputa como terceira opção dos eleitores. Antes da desistência do ex-governador José Roberto Arruda (PR), que indicou o vice Jofran Frejat para substituí-lo na chapa, Rollemberg estava atrás até do governador Agnelo nas pesquisas de intenções de voto.
Com a saída de Arruda e de carona na popularidade da ex-candidata ao Planalto, Marina Silva (PSB), Rollemberg começou a crescer nas pesquisas e terminou a disputa, no primeiro turno, em primeiro lugar na preferência do eleitor.
Rollemberg então emplacou o discurso da mudança, destacando que em sua chapa estavam políticos éticos, como o senador eleito Reguffe (PDT). A campanha foi marcada por troca de acusações das duas partes. Enquanto Frejat tentava associar a imagem de Rollemberg ao governador com alta rejeição, o senador criticava os cabos eleitorais do candidato do PR.
Mudança
Os brasilienses compraram o discurso da mudança no segundo turno, quando antes as pesquisas mostravam uma possível eleição de Arruda ainda no primeiro turno.
Nem com a indicação da mulher, Flávia, para vice de Frejat, o ex-governador conseguiu transferir todos os votos que arregimentara nos início da campanha. Nem a “tarifa Frejat”, com promessa de ônibus a R$ 1, salvou a campanha do PR.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
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