sábado, 7 de setembro de 2013

À QUEIMA ROUPA: JOSÉ ANTÔNIO REGUFFE, DEPUTADO FEDERAL (PDT)


REGUFFEA ida do pedetista Marcelo Aguiar para a Secretaria de Educação gerou rumores sobre uma reaproximação entre o PT e o PDT, exatos dois anos após o rompimento das duas legendas. Você defende uma aliança do seu partido com o PT em 2014?
Sem chances. Defendo que o partido tenha candidatura própria tanto no plano local como nacional. E sou contra essa forma de fazer política que troca cargos por apoios. Política para mim é outra coisa. Na minha opinião, o PDT não deveria ter cargos nem no governo local nem no federal.
Você tem sido muito assediado por diferentes partidos para ser candidato ao Senado. Já decidiu a qual cargo vai se candidatar?
Não decidi meu futuro ainda. As pessoas me perguntam muito isso. Se eu for candidato, será a um cargo majoritário, mas, sinceramente, tenho dúvidas se uma pessoa de bem consegue financiar uma campanha majoritária competitiva de uma forma limpa. E eu não vou ceder nos meus princípios. Se der para ser candidato a um cargo majoritário do meu jeito, vou, mas se precisar ceder ou mudar meu jeito de pensar, honestamente, eu não vou ser candidato.
O senador Rodrigo Rollemberg (PSB) é um dos pré-candidatos ao Buriti que estão na expectativa de firmar uma aliança com o PDT para 2014. É um acordo possível?
É possível, sim. Tenho uma boa relação com o Rodrigo. Mas eu defendo que o PDT tenha candidatura própria.
Quais temas você acha que não poderão ficar de fora da campanha? Quais bandeiras você defende para o pleito do ano que vem?
Não sei nem se vou ser candidato, mas acho que é preciso que haja propostas objetivas e concretas para melhorar a qualidade dos serviços públicos. A população no Brasil paga impostos abusivos para receber serviços públicos deficientes. É preciso melhorar a eficiência na gestão, gastar menos com a máquina e mais com as atividades fim do Estado, criar planos de carreira onde o profissional tenha motivação para crescer e instituir a meritocracia no serviço público.
Você foi eleito deputado federal com a maior votação proporcional do país com um discurso de moralização da Casa. Como vê o caso do deputado Natan Donadon, que apesar de condenado manteve o mandato?
Estou com vergonha de ser deputado. Não era nem para ter tido essa votação, a perda do mandato deveria ser imediata como consequência da decisão do Supremo que o condenou por desvio de dinheiro público. Fiz a minha parte, votei pela cassação, mas foi a maior vergonha do parlamento até hoje. E olha que ele já produziu várias. Vivemos em um Estado democrático de direito, mas não vivemos em um Estado democrático de fato. Nossa democracia representativa faliu. Esse país precisa urgentemente de uma reforma política.
Depois de quase três anos na Câmara dos Deputados, que balanço você faz do seu mandato?
Honrei tudo que escrevi no meu panfleto de campanha e tenho muito orgulho disso. As propostas que constavam ali foram protocoladas e as medidas que disse que iria adotar no meu gabinete, foram tomadas uma por uma na prática e geraram uma economia direta aos cofres públicos de mais de R$ 2,3 milhões. Entre os projetos, destaco o que retira os impostos dos remédios. Nas emendas ao orçamento, enquanto muitos colocam em festas, as minhas são para a compra de remédios para os hospitais públicos, para a construção de escolas em tempo integral. E meus votos, muitos contrariando inclusive a orientação do meu partido, sempre respeitaram meus eleitores e a minha consciência. Acho que isso tem valor.
Fonte: http://www.dzai.com.br/eixocapital/blog/eixocapital?tv_pos_id=136971 - http://sandrogianelli.com.br/?p=7140

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