CHEFE DA CASA CIVIL DO NOVO GOVERNO, HÉLIO DOYLE FALA SOBRE MUDANÇAS
O futuro chefe da Casa Civil do DF, Hélio Doyle, contou, durante entrevista ao programa Gente Brasília, da rádio BandNews FM, nesta terça-feira (16/12), como será o trabalho da equipe escolhida pelo governador eleito Rodrigo Rollemberg. Os secretários, anunciados na segunda-feira (15), já começam a se programar para os primeiros dias de governo.
Segundo Doyle, será necessário “arrumar a casa”. Após coletar dados e fazer o diagnóstico, a equipe de transição entrou em uma nova fase. “Estamos planejando os primeiros dias com os secretários para evitar que haja uma descontinuidade com os serviços oferecidos. Queremos mudar para que não haja prejuízos para a população”, disse.
A equipe aguarda decisão da Justiça em relação ao Projeto de Lei, aprovado na Câmara Legislativa, que obriga o Executivo a consultar a Casa sobre criação ou extinção de cargos e órgãos. “Se a lei cair, no primeiro dia cairão os decretos que vão reformular a estrutura do GDF”, disse Doyle.
Uma das medidas do governo Rollemberg é constituir o Conselho de Transparência. Formado pela sociedade civil, será responsável por fiscalizar as contas do GDF. No lugar da Secretaria de Transparência, extinta pelo novo governador, será criada a Controladoria-Geral. “Também com autonomia, vai investigar as contas do GDF em consonância com o TCU e MPDFT. Será, seguramente, mais importante que a Secretaria de Transparência”, afirmou.
Em relação ao rombo deixado pelo atual governo, Doyle afirma que não há espirito de “devassa”. No entanto, possíveis irregularidades serão apuradas. “Esses atos, como dinheiro desviado ou mal aplicado, causam prejuízos. Só interrompendo esse fluxo de comissões e propinas que temos visto significa uma redução de gasto substancial. Temos uma corregedoria bastante atuante para que nada fique sem apuração”.
As recentes greves e manifestações no DF são vistas com preocupação para o início do mandato de Rollemberg. Apesar disso, Doyle afirmou que todo cidadão tem direito de reivindicar, mas é preciso que entendam a realidade. “Se não tem dinheiro, não dá para pagar. Vamos tentar superar com aumento de receita e arrecadação. Não é preciso aumentar o imposto, há outras medidas, como o combate à sonegação, cobrança de dívidas. Vamos mostrar os dados com clareza, compreendendo a real situação, todos vão entender”, acredita. Segundo ele, há um inchaço no GDF, com comissionados excessivos com cargas mínimas ou que não comparecem. “Já havia a promessa de cortar 60% dos comissionados, agora essa necessidade é questão financeira. Vamos agir com responsabilidade. O atual problema é de irresponsabilidade, gastou mais do que tinha”, completou.
Doyle afirmou que é necessária uma política adequada. “Não basta dizer que vai fazer cortes, tem que ter lógica. O objetivo final é atender bem ao conjunto da população”, garantiu. Os secretários se reunirão com o governador eleito para a elaboração de metas. Segundo Doyle, caso não cumpram, correm risco de perder os cargos.
FONTE: DIÁRIO DO PODER
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.