De Barcelona, Dalva Sele Paiva afirma que já está colaborando com o Ministério Público. “Estou inteiramente à disposição das autoridades brasileiras para mostrar as provas que tenho”, diz
Robson Bonin, de Brasília
Dalva Sele, o então secretário de Desenvolvimento Urbano da Bahia, Afonso Florence, e a deputada estadual Maria Del Carmen durante cerimônia para lançar um conjunto habitacional destinado a famílias carentes, em 2007 (VEJA)
A presidente do Instituto Brasil, Dalva Sele Paiva, disse que já começou a colaborar com as investigações do Ministério Público para apontar os políticos, dirigentes e militantes petistas que receberam verbas desviadas de programas sociais na Bahia. De Barcelona, onde está escondida, ela fez contato com a promotora Rita Tourinho e se comprometeu a entregar todos os documentos que possui para provar o envolvimento de petistas no escândalo. “Se eu for nominar aqui as campanhas de vereadores, deputados e prefeitos do partido que eu colaborei, é uma lista enorme, imensa, mas tudo isso vou dizer ao Ministério Público no momento certo. Estou inteiramente à disposição das autoridades brasileiras para mostrar as provas que tenho”, diz Dalva Sele.
Desde que a edição de VEJA que está nas bancas começou a circular, políticos petistas citados por Dalva Sele, como o atual candidato do partido ao governo da Bahia, Rui Costa, o deputado federal Nelson Pellegrino e demais dirigentes do PT deflagraram uma operação para tentar desqualificar a presidente do Instituto Brasil. Dizendo-se indignada com o comportamento dos antigos companheiros de partido, Dalva Sele volta a acusar Rui Costa e Nelson Pellegrino de terem se beneficiado de recursos de sua ONG e acrescenta outros nomes de militantes na lista. “É muito estranho o pessoal do PT agora dizer que não me conhece, que nunca viu. Nelson Pellegrino já foi algumas vezes na minha casa, ia ao instituto sempre...”, diz Dalva Sele.
Sobre o candidato do PT ao governo baiano, Rui Costa, a presidente do instituto revela que o petista e a ex-mulher costumavam buscar recursos de campanha na sede da ONG. “A mesma coisa Rui Costa, que ia lá ao instituto, que recebeu dinheiro, sim. A ex-mulher dele foi ao instituto pegar recursos para a campanha dele. Agora é muito simples dizer que não me conhece. Eu era uma militante ativa”, diz Dalva.
Ouça os principais trechos da entrevista concedida por Dalva Sele:
FONTE: VEJA
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