quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Depois de fazer terrorismo eleitoral na TV, PT agora se queixa de adversários


Presidente do PT, Rui Falcão afirma que campanha de Marina Silva 'partiu para baixaria' ao dizer que a Petrobras virou caso de polícia

Marcela Mattos, de Brasília
Rui Falcao, presidente nacional do PT
Rui Falcao, presidente nacional do PT (Moacyr Lopes Júnior/Folhapress/VEJA)
Autor de sucessivas peças de terrorismo eleitoral pregando o discurso do medo caso deixe o poder, o PT anunciou que fará uma ofensiva contra as campanhas de Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) na Justiça Eleitoral. O partido quer direito de resposta porque não gostou das críticas feitas pelos adversários à gestão da presidente-candidata Dilma Rousseff.
No programa eleitoral exibido nesta terça, a campanha de Marina afirmou que a Petrobras “virou caso de polícia” em referência à profusão de escândalos que cercam a empresa nos últimos anos. A propaganda mostrou uma reportagem na qual o Tribunal de Contas da União pede que Dilma responda pela compra de outra refinaria sob suspeita, em Pasadena, no Texas, cuja compra pela Petrobras deixou prejuízo de quase 1 bilhão de dólares. Na época do negócio, Dilma era presidente do Conselho de Administração da Petrobras.
No caso de Aécio, a queixa do PT é que a campanha tucana mentiu ao afirmar que o governo Dilma não entregou as obras que prometeu. Um levantamento da ONG Contas Abertas, por exemplo, mostrou que o número de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no papel é três vezes maior do que os empreendimentos em execução.
“A candidata do PSB excedeu todos os limites de desfaçatez ao atacar a presidente Dilma e o PT, igualando-se às práticas mais obscuras da velha política. A Marina diz que faz o debate não o embate, mas partiu para a baixaria”, disse o presidente do PT, Rui Falcão, um dos coordenadores da campanha de Dilma. “Nós sempre falamos a verdade de cara limpa, rosto aberto, sem nos escondermos e exibindo fatos e argumentos. Marina que mentiu sobre dados do desmatamento, sobre o quanto recebe por suas palestras e ainda faz insinuações descabidas, como é o caso de atribuir responsabilidade a nossa presidente por nomeações de diretores que depois praticaram mal feitos”, continuou.
Para quem acompanha a escalada da propaganda petista no rádio e na televisão, a fala do presidente do PT deixou a dúvida: se era algum tipo de piada ou se ele não assistiu as peças eleitorais recentes produzidas pela própria campanha que coordena – uma delas, inclusive,barrada pela Justiça Eleitoral.



FONTE: VEJA

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