sexta-feira, 16 de agosto de 2013

CLDF decide esperar Justiça para investigar deputados distritais


Da Agência Brasil

A Mesa Diretora da Câmara Legislativa do Distrito Federal decidiu hoje (15) aguardar decisão da Justiça para dar seguimento ao processo de investigação sobre os deputados Aylton Gomes (PR) e Rôney Nemer (PMDB), acusados de envolvimento no esquema de corrupção, descoberto pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, em 2009. Já o pedido de quebra de decoro parlamentar contra o deputado Benedito Domingos (PP), também acusado de participação no esquema, será encaminhado agora para a Corregedoria da Casa.

Os três têm condenações em primeira instância por envolvimento no esquema de corrupção denunciado. Rôney Nemer e Aylton Gomes conseguiram efeito suspensivo da decisão.

O processo de Benedito Domingos será encaminhado ao corregedor da Casa, deputado Patrício (PT), que irá elaborar um parecer à Comissão de Ética. Caberá a comissão votar o parecer. Caso seja aceito o pedido de cassação do mandato, o plenário deverá tomar a decisão final.

De acordo com o presidente da Casa, deputado Wasny de Roure (PT), a Mesa Diretora se baseou na Lei da Ficha Limpa, que cita a condenação por órgão colegiado da Justiça para aplicar a inelegebilidade. "A Mesa acatou as representações contra os três parlamentares. Os casos de Rôney e Aylton terão prosseguimento tão logo haja a condenação em órgão colegiado, sem passar novamente pela Mesa. A representação contra Benedito segue direto", disse Wasny, segundo informações publicadas nosite da Câmara.

A decisão ocorreu durante mais um dia de protestos na Câmara. Os manifestantes, que estão acampados desde a madrugada de terça-feira (13), reivindicam a cassação dos mandatos dos três distritais. “Não estamos satisfeitos porque nossa principal demanda não foi totalmente atendida”, disse o estudante Luth Laporta. O movimento ainda vai decidir, em assembleia, se continuará o protesto.

A Operação Caixa de Pandora apurou esquema de compra de apoio parlamentar na Câmara Legislativa do Distrito Federal, que ficou conhecido como Mensalão do DEM (partido do governador à época). Os três deputados são acusados dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O então governador do Distrito Federal José Roberto Arruda foi acusado de chefiar o esquema e chegou a ser preso.

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