terça-feira, 31 de dezembro de 2013

PM do Maranhão já assume a segurança de seis presídios


Depois de uma determinação do governo do Maranhão,realizada na sexta-feira (27), a PM assumiu a segurança de seis presídios do Estado, entre eles o de Pedrinhas, o mais problemático, onde uma rebelião deflagrada no dia 17 terminou com três presos decapitados.

Segundo a polícia militar, isso aumenta a segurança dos presídios.

As unidades onde a PM já está presente (a ordem é que todos os presídios tenham a segurança controlada pela polícia) são as "onde se faz mais necessário", segundo o órgão: o CDP (Centro de Detenção Provisória), os CCPJ (Centro de Custódia de Preso de Justiça) de Pedrinhas e do Anil, o presídio São Luís e a penitenciária de Pedrinhas.

Foram alocados policiais para operações de reconhecimento e de rotina (como vistorias), normalmente realizadas pela administração das unidades prisionais.

O número de militares designados para a operação não foi divulgado, mas, na sexta, o governo falava em 60 homens. "É efetivo suficiente para podermos ficarmos tranquilos", disse por telefone o major Luis Eduardo Jaz, chefe da comunicação social da PM do Maranhão.

Por enquanto, diz Jaz, o clima é de tranquilidade nos presídios onde a PM assumiu a segurança. Não há data prevista para o fim da operação.

MORTES

Só neste ano, 59 presos morreram em Pedrinhas. Vivem no complexo cerca de 2.500 homens, em um espaço projetado para 1.700, segundo o CNJ e a OAB.

Metade ainda não foi julgada. Boa parte é réu primário e acusado de crimes mais brandos, que poderiam responder o processo fora do presídio, segundo Martins.

Detidos por não pagar pensão ou por porte ilegal de arma, por exemplo, estão junto de presos mais perigosos.

Duas facções dominam Pedrinhas: o Bonde dos 40, de criminosos de São Luís e dos demais municípios da ilha, e o Primeiro Comando do Maranhão, do interior.

A governadora Roseana Sarney (PMDB) pediu mais prazo ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para responder sobre as críticas ao sistema penitenciário. A data final é dia 6 de janeiro.

O grupo, porém, não pôde acessar todo o complexo.

O governo maranhense disse, em nota, que vai apurar as denúncias. Afirmou ainda que tomou "medidas saneadoras", como troca de comando das polícias Civil e Militar e da administração penitenciária.

Segundo o governo, o sistema ganhará reforço de sete novos presídios e outros dois estão sendo feitos com recursos federais. A nota não informa prazos.

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