quarta-feira, 6 de agosto de 2014

DF: Adversários se defendem



Agnelo:Bate







 Agnelo disparou contra três dos quatro principais concorrentes.
Duramente criticados por Agnelo Queiroz em entrevista publicada ontem pelo Correio, José Roberto Arruda, Luiz Pitiman e Rodrigo Rollemberg devolvem acusações ao atual governador. Entre os principais rivais, só Toninho do PSol não foi alvo do chefe do Executivo.
Arruda:”Acho que bateu o desespero (no governador)”
Rollemberg destacou sua atuação em prol do DF no Congresso.
Pitiman ressaltou seu trabalho à frente da Secretaria de Obras.
Toninho do PSol foi poupado dos ataques, mas também criticou.
Os candidatos ao governo do Distrito Federal reagiram ontem às críticas disparadas pelo atual governador e postulante à reeleição, Agnelo Queiroz (PT), em entrevista ao Correio. Com exceção de Toninho do PSol, único a escapar da mira do chefe do Executivo, José Roberto Arruda (PR), Luiz Pitiman (PSDB) e Rodrigo Rollemberg (PSB) devolveram acusações e ataques a Agnelo. …
Principal alvo do governador, José Roberto Arruda (PR) avaliou que o petista está com uma visão míope da atual situação administrativa do DF. Arruda disse que o sentimento da população, no cotidiano, não condiz com as declarações feitas por Agnelo ao Correio. “Acho, sinceramente, que bateu o desespero. O governador vive em outro mundo. Ele diz que tem realizações na saúde e nos transportes. Mas o que eu vejo, nas ruas, é o povo revoltado pela falta de ônibus, e mães com filhos no colo tentando serem atendidas nos hospitais públicos com as pediatrias todas fechadas”, comentou.
Outro candidato bastante criticado por Agnelo, Rollemberg foi chamado de “parlamentar inoperante” e acusado pelo governador de ser incapaz de trazer benefícios a Brasília enquanto representante do Distrito Federal no Congresso Nacional. O senador rebateu. “Parece que o fracasso subiu à cabeça do governador. Por causa de uma ação minha no Congresso para mudar as regras do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste), Brasília passou a receber R$ 500 milhões a mais por ano”, ilustrou.
O candidato pelo PSB disse ainda que, em função de um “apagão de gestão” nos últimos quatro anos, o Estado deixou de receber recursos da União por falta de projeto. “Essa Brasília que ele fala ter construído só existe nas propagandas do GDF. O governador Agnelo não pode sair às ruas sem estar cercado de seguranças porque a população está extremamente irritada”, rebateu.
Sobre o fato de seu partido e ele terem saído da base da administração petista local, mas mantido a aliança no governo federal, Rollemberg argumentou que não poderia “participar de um governo em que Pedro Passos (o ex-deputado distrital que renunciou ao cargo ao ser denunciado por grilagem) indica gente”. Em entrevista ao Correio, Agnelo classificou a debandada de “oportunismo”.
Se Rollemberg foi taxado de “inoperante”, Luiz Pitiman foi classificado pelo atual governador como “incompetente”. Segundo Agnelo, o então secretário de Obras saiu demitido do governo por mau desempenho e não por vontade própria. Mas o candidato do PSDB acusa o petista de “faltar com a verdade”. “É que o Agnelo não está acostumado a ler o Diário Oficial. Quem pediu para sair fui eu. Basta ir lá e checar o que está escrito. O governador está faltando com a verdade”, afirmou.
Pitiman reagiu, também, às acusações de que emitia ordens de serviço sem que qualquer obra fosse realizada. “Recomendo a ele que peça à secretaria a relação das obras que foram retomadas. De todas, só quatro não têm a minha assinatura. O Centro Cultural do Taguaparque, o Calçadão da Asa Norte, o campo de grama sintética em Brazlândia, o complexo ao lado da Ponte JK. Em todos esses lugares, ele vai encontrar o meu nome na placa”, disparou. Segundo o tucano, Agnelo é um governador que “não governa”. “Nunca recebi uma ordem dele para começar uma obra. Ele não sabe como isso funciona.”
Poupado
Entre os principais concorrentes ao Buriti, apenas Toninho do PSol foi poupado de críticas durante a entrevista. Apesar disso, ele comentou as respostas do governador. “Pela primeira vez, tenho concordância com Agnelo nas críticas feitas aos demais candidatos. Mas ele não conseguiu responder por que o governo dele não deslanchou, principalmente na área da saúde. As respostas dele são inconsistentes”, afirmou.

Pela leitura do socialista, fica claro que a campanha de Agnelo, a partir de agora, será focada no embate contra Arruda, na formação de uma frente que impeça a manutenção da candidatura do ex-governador, a quem também chamou de “ficha-suja”. “Só espero que ele (Agnelo) fale ao vivo as coisas que falou, porque no primeiro debate ele não respondeu à altura as críticas que Arruda lhe dirigiu”, concluiu.

Fonte: Por ARIADNE SAKKIS, Correio Braziliense

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