segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Debate é marcado por polêmicas como corrupção na Petrobras, programas sociais, aborto, drogas e gays

Candidatos mostraram divergências e opiniões radicais em vários temas

O debate promovido pela TV Record e transmitido pelo R7 na noite deste domingo (28) se concentrou em temas polêmicos e no embate entre Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB), líderes nas pesquisas de intenção de votos.
Um dos principais focos dos ataques, o escândalo da Petrobras foi usado em diversos momentos contra a presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff. Aécio Neves (PSDB), Everaldo Pereira (PSC) e Levy Fidelix (PRTB) citaram o caso de corrupção na estatal envolvendo Paulo Roberto Costa. A organização do debate acatou o direito de resposta da candidata, por entender que a fala interferiu de maneira injusta na imagem dela.
— Uma coisa tem de ficar clara: quem demitiu o Paulo Roberto fui eu. A Polícia Federal do meu governo investigou todos esses malfeitos, esses crimes.
Costa foi diretor da estatal e denunciou crimes de corrupção que aconteceram dentro da Petrobras.

Assista à íntegra do debate:
Programas sociais
A continuidade dos programas sociais estabelecidos desde o governo Lula também foi alvo de embate entre os candidatos. Marina Silva criticou aqueles que ela diz mentir ao falarem que ela irá acabar com programas sociais, como o Bolsa Família. Ao ser questionada por Heródoto Barbeiro, âncora do Jornal da Record News, quem iria manter esses programas em sua gestão, ela disse que o povo seria o responsável pela manutenção deles.
Aécio Neves aproveitou e disse que ele é será o maior responsável por manter os programas sociais em um eventual governo seu. O tucano também disse que há uma onda de mentiras que também o afeta, assim como Marina Silva, e que essa onda é usada para espalhar o medo.
Gays
Luciana Genro questionou Levy Fidelix por que tantas famílias ainda relutam em reconhecer casais do mesmo sexo como uma família. Levy iniciou sua resposta dizendo que a pergunta era "jogo pesado".
— Pelo que eu vi na vida, dois iguais não fazem filho. E digo mais. Desculpe, mas aparelho excretor não reproduz.
O nanico ainda justificou de qual parcela da população prefere obter seus votos.
— Como é que pode um pai de família, um avô, ficar aqui escorado porque tem medo de perder votos? Prefiro não ter esses votos, mas ser um pai, um avô, que tem vergonha na cara, que instrua seu filho, que instrua seu neto. E vou acabar com essa historinha.
Veja ao final as declarações de Levy.
Aborto
Ao ser questionada se é a favor do aborto, Luciana Genro (PSOL) foi objetiva e disse que sim, defendendo que a oferta seja feita pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Everaldo Pereira, do PSC, partiu em direção contrária.
— Defendo a vida do ser humano desde a sua concepção. Sou contra o aborto.
Drogas
Na área das drogas, Levy Fidelix (PRTB) citou que o País tem mais de um milhão de drogados apenas nas grandes capitais.
— Esse pessoal todo não trabalha, não produz nada, além de serem, honestamente, peso para qualquer governo.
Eduardo Jorge adotou uma postura divergente da de Levy Fidelix, que fez algumas pessoas da plateia rirem.
— Sou pela legalização e regulação [das drogas] ... para quebrar a economia do crime. [...] Eu quero dizer para as pessoas depois da legalização: Não use a droga, ela é prejudicial. Mas, se usar, use o mais moderadamente possível. E, se ficar doente, dependente, eu quer te ajudar no Sistema Único de Saúde.
Aécio fora?
Aécio Neves brincou com Eduardo Jorge dizendo que ia pedir direito de resposta por uma fala do médico sanitarista. Em suas considerações finais, Eduardo Jorge disse foi enfático ao dizer que Marina Silva e Dilma Rousseff fariam o segundo turno.
O tucano brincou com o candidato do PV, dizendo que ia pedir direito de resposta por ter sido excluído das chances de continuar na disputa eleitoral. Eduardo Jorge, informalmente, pediu desculpas ao candidato do PSDB.




FONTE: R7

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