Recentes pesquisas apontam queda nas intenções de voto da Presidenta Dilma Rousseff, e o crescimento de Aécio Neves. O Jornal do Brasil já vinha publicando editoriais antecipando que o cenário político em 2014 será bem diferente do enfrentado por Dilma em 2010, que era amplamente favorável.
Histórico
Nas eleições de 2002, Luís Inácio Lula da Silva tinha, em março, 24% das intenções de voto, contra 16% de José Serra. Já nas eleições de 2006, Lula somava em março 43% das intenções de voto, contra 19% de Geraldo Alckmin.
As diferenças se acentuam entre os cenários enfrentados por Lula e Dilma quando se faz uma análise das alianças nos estados e nos resultados das eleições para governador.
Entre os governadores que se elegeram naquela ocasião estavam José Reinaldo Tavares, no Maranhão (com apoio dos Sarney), e Rosinha Garotinho, no Rio.
Lula obteve 46,44% dos votos, contra 23,19% de Serra, no primeiro turno. No segundo, Lula somou 61,27%, contra 38,72% de Serra.
Já em 2006, Lula ampliou a base de apoio nos Estados com a vitória de mais cinco aliados: Ana Júlia Carepa (PT-PA), Sérgio Cabral (PMDB-RJ), Eduardo Campos (PSB-PE), Roberto Requião (PMDB-PR), Wilma de Faria (PSB-RN) e Jackson Lago (PDT-MA). Dos 27 governadores eleitos, Lula contava com o apoio de pelo menos 15.
Na base aliada, o presidente contava com o apoio de Eduardo Campos (PSB) em Pernambuco; Cid Gomes (PSB), no Ceará; e Wilma de Faria (PSB), no Rio Grande do Norte.
No Sul-Sudeste, Lula contava com apoio de Sérgio Cabral, no Rio; e de Roberto Requião, no Paraná, ambos do PMDB.
Mesmo com todo este apoio, Lula teve um primeiro turno apertado em 2006: obteve 48,61% dos votos, contra 41,64% de Geraldo Alckmin. No segundo turno, o petista obteve 60,83% dos votos, enquanto Alckmin somou 39,17%.
Para 2014, no âmbito dos estados, o cenário é bem diferente do vivido por Lula.
Em Minas Gerais, dificilmente conseguirá chegar aos 46% obtidos em 2010. No Maranhão de Roseana Sarney, após os escândalos das péssimas condições dos presídios, Dilma não deve repetir os 70%.
Na Bahia, com a má administração de Jaques Wagner e a derrota na prefeitura para o DEM, Dilma vai ter dificuldades para conseguir os 62% que obteve nas últimas eleições. Em Pernambuco, de Eduardo Campos - pré-candidato à Presidência -, não repetirá os 61%.
Em São Paulo, reduto tucano, Dilma não repetirá a performance que teve em 2010, com 37% dos votos. No Rio de Janeiro o cenário é ainda pior. Dilma não alcançará os 43% de 2010.
No Rio Grande do Sul, Dilma pode também não repetir o desempenho que teve em 2010, quando obteve 46% dos votos, já que Ana Amélia conta com o apoio de Aécio Neves contra Tarso Genro.
FONTE: http://www.jb.com.br/opiniao/noticias/2014/05/07/eleicoes-dilma-enfrenta-mais-perdas-nos-estados-aecio-cresce/
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