sábado, 10 de maio de 2014

Estudante brasiliense é incluído em lista de desaparecidos da Polícia Federal e Interpol

Artur Paschoali desapareceu no Peru em dezembro de 2012 após sair para tirar fotos

Artur Paschoali está desaparecido desde dezembro de 2012Reprodução / Facebook
A Polícia Federal e a Interpol Brasil incluíram o estudante brasiliense Artur Paschoali, de 21 anos, na lista de pessoas desaparecidas. Ele desapareceu há quase um ano e cinco meses, no dia 21 de dezembro de 2012, após sair para tirar fotos no vilarejo de Santa Tereza, próximo ao Machu Picchu.   
Após a divulgação no Facebook da foto do jovem na lista dos desaparecidos, a família do estudante começou a receber possíveis pistas sobre o paradeiro dele. Um morador de Rio Brando, no Estado do Acre que faz divisa com o Peru, diz que vê sempre um andarilho na cidade com as mesmas características do brasiliense.  
O pai do estudante, Wanderlan Paschoali, diz que é possível que essa pessoa seja o Artur, que pode estar sem memória. A família já entrou em contato com o acreano que ficou de tentar encontrar o andarilho e verificar se ele é o estudante desaparecido.  
Wanderlan ficou quatro meses no Peru, onde fez investigações sobre o paradeiro do filho. Segundo ele, a hipótese mais provável é que Artur tenha sido sequestrado por narcotraficantes.   — Temos provas materiais sobre isso, mas não vamos divulgar ainda para não atrapalhar as investigações.   Artur Paschoali cursava artes cênicas na UnB (Universidade de Brasília), mas decidiu suspender os estudos para fazer uma viagem de seis meses para conhecer alguns países da América Latina.   O engenheiro e irmão do rapaz, Felipe Paschoali, explicou que Artur ficou um período em Cuzco, onde trabalhava em um restaurante de Águas Calientes, em Machu Picchu. Em seguida, se abrigou em Santa Tereza.

— No dia 21 de dezembro do ano passado, há exatamente um ano, ele saiu para caminhar e tirar fotos e não voltou mais. Deixou todos os pertences no local onde trabalhava.
Desde então, o estudante, que sempre mantinha contato com os parentes por meio de uma rede social, deixou de dar notícias. Felipe relatou que os pais começaram a desconfiar de que algo "grave teria acontecido" e viajaram para encontrar o filho.
— Há um registro na delegacia local, mas não recebemos nenhum tipo de informação. No dia 31 de dezembro, meus pais foram ao Peru sem saber absolutamente nada a respeito. Encontraram uma cidade pequena, acolhedora, mas totalmente muda ante os fatos.

Durante quatro meses, os pais de Artur ficaram no Peru e acompanharam, de perto, as buscas. No entanto, precisaram voltar ao Brasil depois que todos os recursos financeiros, aproximadamente R$ 80 mil, se esgotaram. Enquanto estiveram lá, os pais do estudante percorreram 182 cidades peruanas, próximas a Machu Picchu.

Trabalho escravo

Em agosto deste ano, a família começou a acreditar que Artur foi vítima de um esquema criminoso e estaria trabalhando como escravo para o narcotráfico. Diversas outras hipóteses também foram levantadas, mas nenhuma delas confirmada até o momento.

— A própria Polícia Criminal de Lima nos disse que a escravização de pessoas é fato naquele país.

FONTE: http://noticias.r7.com/distrito-federal/estudante-brasiliense-e-incluido-em-lista-de-desaparecidos-da-policia-federal-e-interpol-09052014

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