domingo, 18 de maio de 2014

Indefinição na proporcional



Não é só para os cargos majoritários que existem indefinições sérias no quadro eleitoral brasiliense. Ainda persistem dúvidas importantes até mesmo para as chapas proporcionais. E a mais complicada é a composição das forças políticas que apoiam a reeleição do governador Agnelo Queiroz. Só para lembrar, na eleição passada elas compuseram duas chapas para a Câmara dos Deputados. Uma delas, conduzida pelo PT, conseguiu eleger quatro deputados federais, graças à supervotação de José Antônio Reguffe, do PDT, seguido pelo petista Paulo Tadeu. A segunda chapa, do PMDB, elegeu um deputado, Luiz Pitiman, hoje candidato a governador pelo PSDB. À oposição rorizista restaram três cadeiras.

Sangria de 550 mil votos

Esse quadro é coisa do passado. Nem Reguffe, nem Paulo Tadeu, nem o terceiro colocado da chapa, Geraldo Magela, disputarão a Câmara. Representam uma sangria de 550 mil votos — perto de um terço do eleitorado — que estão sem dono. Mas o desenho pode ser o mesmo. O PMDB não mostra disposição de se coligar com o PT, que corre atrás de aliados. Articulado, o presidente petista Roberto Policarpo conseguiu costurar muitas e muitas parcerias com candidatos a distrital e tem como se reeleger deputado federal. Também conta com boas chances a deputada Érika Kokay, ciscando entre situação e oposição. O problema está na legenda. Se concorrer isolado, ou apenas com o PPL, ninguém sabe quantas cadeiras terá. Por essas e outras, o PT luta desesperadamente para convencer os aliados a fechar um “chapão” para a Câmara dos Deputados. 

“Chapinha” é caminho natural

O PMDB já fechou com o PRB, que importou o deputado Vítor Paulo, ex-secretário brasiliense eleito pelo Rio de Janeiro. Terá o eleitorado da Igreja Universal, que costuma garantir ao menos 30 mil votos. Pode chegar a 50 mil e, eventualmente, passar disso. Tadeu Filippelli, presidente do PMDB, admite que seu interesse não está na coligação proporcional com o PT e negocia a chamada “chapinha” com os demais partidos da base de Agnelo Queiroz. Fica no ar uma dúvida. Até agora o PMDB brasiliense só viabilizou dois candidatos a deputado federal: o ex-administrador Neviton Pereira e Rôney Nemer. que está sub judice. Caso Rôney não possa se candidatar é duvidoso que Filippelli mantenha o mesmo empenho na chapa própria.

Passe a custo maior

Dentro desse quadro valorizam-se as demais candidaturas a deputado federal na bancada governista. É o caso do ex-secretário Alírio Neto (foto) e do distrital Olair Francisco, ambos aliados no bloco PEN-PHS-PTdoB. Alírio ainda pode tentar a reeleição como distrital e Olair se diz candidato a senador, mas ambos têm a possibilidade de chegar ao Congresso. O caminho natural seria a chapa do PMDB, mas estão, ambos, sendo cortejados pelo PT.


FONTE: http://www.jornaldebrasilia.com.br/coluna/noticias/3/do-alto-da-torre/

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