segunda-feira, 30 de junho de 2014

Eleições no DF: Agnelo contará com 15 partidos


Campanha da reeleição começa com ataques aos adversários, em especial a aliados que desertaram

O PT lançou ontem seus candidatos para as eleições de outubro no penúltimo dia para a realização de convenções. A chapa que tentará a reeleição conta, até agora, com a adesão de 15 partidos, mas o número ainda pode crescer, já que os petistas esperam a resposta do PP, que se decide hoje de que lado fica.
A convenção regional, realizada em Ceilândia, foi marcada por ataques a adversários. No evento, o partido lançou Agnelo Queiroz como candidato à reeleição ao governo, com Tadeu Filippelli (PMDB) como vice, e o deputado federal Geraldo Magela (PT) para o Senado. Antes da convenção, houve apresentação da escola de samba Águia Imperial de Ceilândia.  

No ataque
Durante os discursos, os concorrentes não foram poupados. Na fala do presidente regional do partido, Roberto Policarpo, houve declarações direcionadas à chapa de PSB e PDT. Segundo o deputado, o candidato ao governo Rodrigo Rollemberg “traiu” o PT. 
“Ele contrariou tanto o projeto local como nacional. O PSB agora faz o jogo da direita, com a candidatura de Eduardo Campos”, disparou. O ex-governador José Roberto Arruda foi chamado por Policarpo de “mentiroso contumaz”.

O governador Agnelo Queiroz falou durante quase uma hora aos presentes sobre as realizações nos últimos quatro anos e apesar de fazer referência clara a Arruda, preferiu não citar o nome do adversário. “É necessário impedir a vitória desse personagem de um tempo tão triste para a nossa cidade, que tanto envergonhou a nossa gente”, afirmou.

 O candidato ao Senado, Geraldo Magela, disse aos militantes que é necessário disseminar as candidaturas do PT para evitar que a corrupção volte ao Distrito Federal. Ele também fez referência ao deputado federal Reguffe (PDT), que será seu adversário direto. “Não adianta abrir mão de parte da verba indenizatória e ganhar 36 salários mínimos para fazer nada. Ele acha que o trabalho dele é sair de casa, fazer discurso no plenário e voltar. Em quatro anos, ele nunca veio a Ceilândia saber quais são os problemas daqui”, dísparou o deputado federal. 
Foi apresentada também a lista dos 41 postulantes à Câmara Legislativa. Entre eles, quatro, dos seis deputados do PT tentam a reeleição. Para deputado federal, serão nove candidatos, incluindo os já federais Policarpo e Érika Kokay, e também o deputado distrital Patrício e o ex-secretário de Saúde Rafael Barbosa. Os federais também participarão de uma chapa conjunta com uma legenda aliada.

Desta vez, a coligação será composta por PT, PMDB, PCdoB, PPL, PTC, PHS, PSC, PEN, PRB, PRP, PTdoB, Pros, PSL, PV e PTN. Em 2010, a chapa vitoriosa contava com 11 legendas.

Expectativa agora com PP
Apesar da grande coligação, as chapas proporcionais serão divididas entre os partidos integrantes da aliança. Ainda não se sabe sobre a formação dos grupos, mas alguns critérios já foram definidos. 
Para deputado federal, serão lançadas duas coligações, uma capitaneada pelo PT e outra pelo PMDB. Já para a Câmara Legislativa, devem ser até oito chapas, com pelo menos dois partidos em cada uma delas. Para este ano, as metas petistas são eleger pelo menos cinco deputados distritais e conseguir duas cadeiras de deputado federal.

O desfecho das negociações com o PP é aguardado com expectativa pelo presidente do PT, que reconhece que haveria prejuízo caso os progressistas acertassem com a chapa de Arruda. “É um partido que tem deputados, militantes e condições de agregar na nossa campanha, inclusive com tempo de televisão. Mas caso não aconteça o acerto, temos outros 15 partidos junto com a gente e mais de dez minutos de televisão todos os dias para apresentar as realizações do governo durante os últimos três anos e meio”, avaliou Policarpo.

Sobre o apoio de PHS, PEN, PTdoB e PSL ao senador Gim Argello (PTB), candidato à reeleição, Policarpo prometeu que ainda haverá debate com os dirigentes dos partidos. “É ruim. Vamos tentar reverter isso. Os partidos não estão proibidos, mas isso nos prejudica, porque eles estão apoiando um senador que vive fazendo críticas ao governo do PT na propaganda partidária”, criticou.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

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