segunda-feira, 15 de setembro de 2014

A tática do PT: 'sangrar' Marina ao máximo já no 1º turno


Campanha de Dilma quer usar vantagem na TV para desconstruir adversária. Avaliação é de que, se trabalho for bem-feito, Marina não terá tempo de se recuperar no 2º round

Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB)
Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) (Ivan Pacheco e Felipe Cotrim/VEJA.com/VEJA.com)
A campanha da presidente Dilma Rousseff tenta aproveitar a ampla vantagem no tempo de TV em relação a Marina Silva para "sangrar" o quanto puder a candidata do PSB. Isso porque, no 2º turno, os concorrentes terão o mesmo tempo de TV.
Ao todo, a campanha de Dilma conta nesta fase da disputa com cerca de 2 minutos e 45 segundos por dia para as inserções - que são pequenos comerciais durante a programação normal de TV. Marina tem uma média diária de apenas 29 segundos deste tipo de exibição. Serão nove dias de programas presidenciais entre esta sexta-feira e o dia 2 de outubro, quando encerra o horário eleitoral gratuito do 1º turno, sempre às terças, quintas e sábados. São nessas propagandas, com cerca de trinta segundos cada uma, que Dilma aproveita para atacar a candidatura do PSB. Além da vantagem nas inserções, a petista dispõe de onze minutos dos programas eleitorais fixos, enquanto Marina tem apenas dois minutos.
A presidente continuará batendo na tecla de que Marina iria diminuir a importância da exploração do pré-sal e defenderia os interesses dos banqueiros caso eleita, já que propõe a independência do Banco Central. A avaliação dos petistas é a de que esses ataques são os principais responsáveis por, primeiro estancar o crescimento, e agora promover a queda de Marina nas pesquisas de intenção de voto.
Os dois candidatos que chegarem ao segundo round da eleição terão dez minutos de programa cada um, o que representa tanto para Marina quanto para Aécio Neves a possibilidade de neutralizar a vantagem de exibição da campanha petista. Entretanto, interlocutores da presidente destacam que, se a desconstrução de Marina for bem feita nessa etapa, os próximos seis programas em que ambos concorrentes terão equidade de tempo não serão suficientes para uma recuperação.


(Com Estadão Conteúdo)

fonte: Veja

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