quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Especialistas listam os maiores causadores de mortes e debilidades no mundo


Embora o saneamento básico tenha alcançado 2 bilhões de pessoas desde 1990, ainda existem 2,5 bilhões sem acesso a banheiros, por exemplo
Poucas vezes na história, a civilização enfrentou um desafio tão complexo quanto o de assegurar a saúde de mais de 7 bilhões de pessoas. Em um especial da revista Science Translational Medicine, especialistas afirmam que o bem-estar dos habitantes da Terra só é possível com o desenvolvimento urgente de estratégias mais eficientes para combater problemas colossais, como a escassez de vacinas, as mortes de recém-nascidos, a irrupção de surtos virais e a baixa prioridade no tratamento de distúrbios mentais.

Em um comunicado publicado na mesma edição especial, a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margareth Chan, reforçou a necessidade de encontrar soluções que contornem, ou pelo menos amenizem, a desigualdade e os reflexos dela na saúde. Embora o saneamento básico tenha alcançado 2 bilhões de pessoas desde 1990, ainda existem 2,5 bilhões sem acesso a banheiros, por exemplo. Também é verdade que a morte de crianças com menos de 5 anos foi reduzida à metade, especialmente na África. Mesmo assim, de 6 a 7 milhões de meninos e meninas perderam a vida em 2012, sendo que quase metade não chegou sequer a completar 1 mês de idade.

Para Zulfiqar A. Bhutta, diretor de Pesquisa do The Hospital for Sick Children, a redução da mortalidade de crianças em tenra idade não depende apenas do desenvolvimento e da oferta de intervenções locais, mas também do extermínio de ideias que caracterizam essas mortes como inevitáveis, sem consequências, sem prevenção, muito caras ou muito complicadas se comparadas a outras ameaças globais.

Um dos maiores problemas dessas fatalidades é que parte dos bebês que sobrevive acaba com sequelas (neurológicas, cognitivas e físicas) onerosas ao Estado. Naturalmente, os países desenvolvidos têm mais capacidade de investir em recursos para lidar com esse desfecho. Estimamos que cerca de 67% dos fundos para inovações globais na saúde de recém-nascidos vão para trabalhados realizados na América do Norte e na Europa. Apenas 18,5 e 9% dos fundos vão para a África e a Ásia, respectivamente, ainda que essas duas regiões sejam as mais afetadas, lamenta Bhutta.


FONTE: CORREIOWEB

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.