sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Operação Líbano



Enquanto no Congresso Nacional o circo estava armado para o depoimento do ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, com salas reservadas, seguranças a postos e parlamentares sem sucesso tentando arrancar do delator qualquer declaração, do outro lado do País, no Paraná, um comboio da Polícia Federal deixava a Casa de Custódia de São José dos Pinhais transportando uma carga explosiva que vai fazer tremer toda a capital federal: Ediel Viana da Silva, que é o braço da lavagem de dinheiro nos Emirados Árabes comandado pelos doleiros radicados em Brasília Carlos Habib Chater e Fayde Traboulsi. Ediel também aderiu ao formato do depoimento em delação premiada. A Polícia Federal identificou na operação Lava-Jato um forte esquema montado no Brasil que envolve tráfico de mulheres, tráfico de drogas, evasão de divisas e lavagem de dinheiro usando a rota de países dos Emirados Árabes. O grupo é chamado pela PF de “bando de turcos” que atuam como bancos clandestinos sob comando de Alberto Youssef para pagamentos de propinas a políticos corruptos. A operação da Polícia Federal batizada de “Líbano” já está em curso e os efeitos na CPI Mista da Petrobras no Congresso Nacional serão verdadeiramente explosivos. Fayed Traboulsi, o principal doleiro em Brasília, mantém estreitas relações com a classe política. Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça revelam o esquema de Fayed com Pedro Paulo Leoni Ramos, considerado pela Polícia Federal como operador dos fundos de pensão no esquema de Paulo Roberto Costa. Conhecendo o potencial explosivo de Ediel, Carlos Habib Chater pressionava o comparsa , mas pelo visto não deu certo e a casa caiu.

FONTE: MINO PEDROSA

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