terça-feira, 18 de novembro de 2014

Advogado orientou lobista foragido a não se entregar à PF


 

Do G1, com informações da TV Globo 


O advogado de Fernando Soares, apontado como operador do PMDB na Petrobras, Mário de Oliveira Filho, disse neste domingo (16) que orientou o empresário a não se entregar à Polícia Federal. Conhecido como Fernando Baiano, Soares teve a prisão decretada pela Justiça dentro da sétima fase da Operação Lava Jato. Ele é considerado foragido.

De acordo com o advogado, Soares havia se colocado à disposição para colaborar com a investigação da PF assim que foram divulgadas na imprensa informações sobre o seu suposto envolvimento no esquema de corrupção e pagamento de propinas na Petrobras, em abril deste ano.


Ainda de acordo com ele, Soares foi intimado por telefone a depor e sua ida à superintendência da PF em Curitiba está prevista para terça-feira (18). O advogado não informou se o empresário comparecerá ou não. Oliveira Filho não informa onde está o Fernando Baiano. Ele disse que pretende entrar com um pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 4ª Região nesta segunda (17).


Operador do PMDB
Ao depor à PF e ao Ministério Público Federal em outubro, o doleiro Alberto Youssef, considerado um dos líderes da organização criminosa desarticulada pela Lava Jato, disse à Justiça Federal do Paraná que Fernando Baiano operava a cota do PMDB no esquema de corrupção que tinha tentáculos na Petrobras.


O doleiro afirmou ao juiz federal que Fernando Baiano fazia a ponte entre a construtora Andrade Gutierrez com a estatal do petróleo. A assessoria de Michel Temer, presidente nacional do PMDB e vice-presidente da República, informou nesta sexta que o lobista “nunca teve contato institucional com o partido”.


Depoimentos
No fim da tarde deste domingo, a Polícia Federal concluiu a segunda fase do colhimento de depoimentos dos presos na sétima etapa da Operação Lava Jato, segundo a assessoria da corporação. A PF, porém, não divulgou quantos investigados depuseram. Ao todo, 23 pessoas estão presas na Superintendência de Curitiba (PR), sendo 17 em prisão temporária (com prazo de cinco dias) e seis, na preventiva (sem prazo de liberação previsto).


Nesta manhã, parte dos presos foi levada ao Instituto Médico-Legal (IML) da capital paranaense e submetida a exame de corpo de delito. O micro-ônibus e a van que transportaram os suspeitos ao IML foram escoltados por viaturas do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e da PF. O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e os presidentes das construtoras UTC, Ricardo Pessoa, e OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, são alguns dos presos que foram fazer a perícia neste domingo.

Além dos 23 presos (veja a lista com os nomes), há outros dois investigados que estão foragidos: Fernando Baiano e Adarico Negromonte Filho, irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte (PP-BA), que tiveram os mandados de prisão temporária expedidos pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo processo da Lava Jato na primeira instância.

VALE ESTE - Arte Lava Jato 7ª fase (Foto: Infográfico elaborado em 15 de novembro de 2014)

VALE ESTE – Arte Lava Jato 7ª fase (Foto: Infográfico elaborado em 15 de novembro de 2014)


FONTE: G1

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