quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Lava Jato: passa de R$ 96 milhões valor bloqueado de investigados

Banco do Brasil informa à Justiça Federal sobre bloqueio de mais de 

R$ 18 milhões de dois executivos da empreiteira Queiroz Galvão.




















Na Operação Lava Jato, que investiga o esquema bilionário de corrupção na Petrobras, apenas um dos investigados libertados na semana passada não entregou o passaporte à Justiça.

Os advogados de Carlos Alberto da Costa e Silva se comprometeram a entregar ainda nesta quarta-feira (26) o passaporte dele. A Justiça determinou a entrega do passaporte para evitar que os investigados fujam, já que a maioria deles tem condições financeiras de deixar o país.
Para esta quarta-feira (26) não está previsto nenhum depoimento na Polícia Federal. Mas os policiais ainda estão analisando documentos e computadores apreendidos durante a operação em março.
Nesta terça-feira (25), mais dinheiro de investigados na Operação Lava Jato foi bloqueado pela Justiça. 
Em um documento enviado nesta terça-feira (25) à Justiça Federal, o Banco do Brasil informou que bloqueou mais de R$ 18 milhões de dois executivos da empreiteira Queiroz Galvão. O valor estava investido em Letras de Crédito de Agronegócios, uma modalidade que não é automaticamente bloqueada pelo Banco Central. Por isso, o bloqueio foi feito de forma manual.
A Caixa Econômica Federal também comunicou nesta terça-feira (25) o bloqueio de R$ 677 mil em nome do ex-diretor de serviços da Petrobras, Renato Duque. O investimento era em Letras de Crédito Imobiliário.
Até agora, os documentos que as instituições financeiras entregaram à Justiça indicam que já passa de R$ 96 milhões o total bloqueado de investigados na Operação Lava Jato. 
Os valores vão ser depositados em contas judiciais. E poderão ser devolvidos aos cofres públicos, se o desvio de dinheiro da Petrobras ficar comprovado.
Advogados de presos na Operação Lava Jato já fizeram cinco pedidos para levar toda a investigação feita até agora para o Supremo Tribunal Federal. Eles alegam que o juiz Sérgio Moro não poderia estar à frente dos processos porque as investigações atingem não apenas executivos de empreiteiras e doleiros, mas também políticos que têm foro privilegiado.
Em depoimentos públicos, o juiz Sérgio Moro orientou que os investigados não citassem nomes de políticos. E isso tem sido criticado pelas defesas dos envolvidos.
“Aqui parece que está vigorando o que o juiz quer, que é conservar a investigação nas suas mãos”, afirma Alberto Toron, advogado de Ricardo Pessoa – UTC.
Em um despacho divulgado nesta quarta-feira (26) o juiz Sérgio Moro reagiu e escreveu que "é fantasiosa a argumentação de que estaria ocultando os nomes de agentes políticos envolvidos nos crimes" para manter o caso na Justiça Federal do Paraná.
Moro lembra que foi a Suprema Corte que decidiu manter o sigilo sobre a identificação de políticos.
Neta terça-feira (25), os advogados do empresário Shinko Nakandakari entregaram uma petição à Justiça, negando as acusações feitas pelo advogado de Erton Medeiros Fonseca, diretor da Galvão Engenharia.
Na denúncia, foram apresentadas notas fiscais, que seriam pagamento de propina, em nome da diretoria de serviços da Petrobras. A defesa de Nakandakari diz que a versão apresentada não corresponde à verdade e que o empresário está à disposição para colaborar com as investigações.
O Bom Dia Brasil tentou contato com os advogados do empresário Shinko Nakandakari, para reportagem que exibimos na terça-feira (25), mas não teve resposta.
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, que acompanha o caso já se manifestou disse que não vê ilegalidade no trabalho do juiz Sérgio Moro.
O ex-diretor da Petrobras Renato Duque nega participação em crimes e o recebimento de vantagens indevidas. E a reportagem não conseguiu localizar os advogados da empreiteira Queiroz Galvão.

FONTE: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2014/11/lava-jato-passa-de-r-96-milhoes-valor-bloqueado-de-investigados.html

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