sexta-feira, 9 de maio de 2014

Família de bebê que morreu afogado diz que sofreu ameaças de uma agente policial durante a investigação

A mãe do bebê chegou a ser indiciada por homicídio doloso, mas decisão foi revogada

apartamento bebeReprodução / TV Record Brasília
A advogada dos pais do menino que morreu afogado em um apartamento, em Águas Claras (DF), em setembro do ano passado, diz que a mãe da criança sofreu ameaças de uma agente policial da 21ª DP durante as investigações do caso.  
Segundo Regina Teixeira Bonotto, a ligação teria ocorrido no dia 11 de outubro do ano passado, às 23h. Os pais da criança estavam em Goiânia (GO). Enquanto a mãe tomava banho, o pai atendeu a uma chamada não identificada. A pessoa teria perguntado pela mulher e disto esta frase.  
— É alguém que está monitorando os passos dela, os passos daquela assassina, que matou o (nome da criança). É melhor ela tomar cuidado com a vida dela e com a vida dos dois filhos dela.  
Depois do ocorrido, o pai fez um rastreamento, conseguiu identificar o número, que seria de uma agente que investigava o caso. Segundo a advogada, o homem foi a delegacia abrir um Boletim de Ocorrência, mas o agente se negou a fazer o registro. Horas depois, o agente teria ligado para o pai da criança e o orientado a conversar com o delegado.  
Na conversa, o engenheiro civil diz que o delegado comparou o número em uma lista que tirou da gaveta e começou a intimidá-lo, citando que ele poderia responder por crimes de grande repercussão e teria dado como exemplo o caso Isabela Nardoni, em que a menina foi morta pelo pai e pela madrasta.  
No dia 22 de outubro, a mãe do bebê foi indiciada por homicídio doloso, quando há intenção de matar. Antes, os pais do menino registraram denúncia contra a agente na Corregedoria da Polícia Civil. Segundo a advogada do casal, a pedido da defesa, o inquérito foi reaberto e encaminhado à Delegacia de Homicídios e, com a nova apuração do caso, o indiciamento foi revogado.  
Em nota, a Polícia Civil afirmou que os pais prestaram depoimento na Corregedoria, que abriu procedimento para apurar a denúncia e confirmou que a morte do bebê está sendo investigada pela Delegacia de Homicídios.  
Afogamento
O bebê de um ano e 12 meses morreu em setembro do ano passado, no apartamento em que morava, em Águas Claras. A mãe adotiva da criança chamou o Samu para atender a criança que teria se afogado em uma banheira no apartamento. Ao chegar ao local, a equipe de resgate encontrou a criança deitada em uma cama e desacordada. O Samu tentou reanimá-la, mas o bebê não resistiu e morreu.  
O caso foi registrado como acidente na 21ª DP, de Taguatinga (DF). No entanto, um laudo do IC (Instituto de Criminalística) apontou que a criança foi vítima de morte violenta por afogamento. O exame constatou ferimentos na cabeça e na sola do pé. No braço esquerdo havia perfurações de agulha que, segundo o laudo, sugere que alguém especializado teria tentado socorrê-lo.
No local também foram encontradas manchas de sangue em um lençol e a banheira ainda molhada. O que chamou a atenção dos peritos é que, apesar de a criança ter morrido por afogamento, o corpo e as roupas da criança estavam secos e os machucados estavam com curativos. A Polícia Civil informou que não vai comentar as investigações.

FONTE: http://noticias.r7.com/distrito-federal/familia-de-bebe-que-morreu-afogado-diz-que-sofreu-ameacas-de-uma-agente-policial-durante-a-investigacao-09052014

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