sexta-feira, 9 de maio de 2014

Pressionado pelos aliados, PT escolherá um nome entre os dois que já se colocaram




O desenho da chapa do PT chegará a um momento decisivo neste fim de semana, quando ocorrerão as prévias para a candidatura de senador. O resultado influenciará, inclusive, quais serão os partidos que estarão com a sigla. Os aspirantes petistas ao Senado serão Geraldo Magela, deputado federal, e Chico Leite, deputado distrital. 
Uma vitória, porém, não garante a obtenção da vaga. Os partidos aliados também querem indicar o senador na chapa em que o governador Agnelo Queiroz tentará a reeleição.
Quem já pressiona o PT para ter a vaga é o chamado G5, grupo formado por PEN, PTC, PTdoB, PHS e PRP, além do grupo evangélico que tem como integrantes PRB, Pros, PTN, PSC e PP. Todas as legendas apoiam  Agnelo  desde o início e tem cobrado a escolha do candidato a senador como forma de política de boa vizinhança.
Passará pelos delegados do PT brasiliense a decisão. Serão 500, número de eleitos no último congresso petista, ou 300 votantes, caso se decida reproduzir a decisão nacional de reduzir o total de eleitores. 
Pressão
De acordo com o presidente regional do PT, deputado federal Roberto Policarpo, ainda não é possível definir quais são os aliados. Esse será o passo posterior às prévias. “Alguns partidos me disseram que só ficam na chapa caso um dos nomes seja escolhido, então isso influenciará. Queremos resolver essa situação o mais rápido possível, apesar de não se tratar apenas do ritmo do PT”, disse.
Os petistas se reúnem hoje e amanhã, no auditório da Legião da Boa Vontade, onde também lançarão oficialmente a pré-candidatura de Agnelo.
Presidente avisa que voto nominal tem pouca chance

Embora o distrital Chico Leite reivindique  que a votação seja nominal,  Policarpo considera que esse método pode trazer mais dificuldade ao processo. “O estatuto do partido prevê que a votação seja secreta, mas se houve acordo, podemos fazer levantando o crachá. Como os votantes podem chegar a 500, é mais simples. As votações internas no PT costumam ser feitas com o crachá”.
 
Para Geraldo Magela, as votações dentro do PT já são, tradicionalmente, abertas, portanto não haveria necessidade de voto nominal. “Talvez o deputado Chico Leite esteja enganado, porque as votações por cartão mostram exatamente quem está votando em quem”, opinou. “Já fiz o que tinha que fazer. É um processo, de diálogo com as lideranças, de debate. Dentro do PT, boca de urna não funciona”, afirmou.
 
Já Chico Leite anunciou que, se dependesse dele, nem tentaria outro cargo que não fosse de senador, apesar de estar inscrito na lista de pré-candidatos do PT tanto para deputado distrital quanto para federal. O deputado não respondeu à reportagem do Jornal de Brasília.
 
Não concorrem sós
 
O distrital Olair Francisco aposta na força do G5. Para ele, dos partidos aliados pode sair um nome forte na disputa eleitoral. "A cada dia vejo que o G5 tem que ser o dono da vaga a majoritária ao Senado. Nos reunimos ontem e pude ver a empolgação do nosso grupo, para que sejamos nós os responsáveis pela indicação da candidato a senador", garantiu.. Um dos motivos para a essa escolha seria a definição iminente de outro candidato ao Senado, o deputado federal José Antônio Reguffe (PDT), que deve entrar na chapa do PSB.
 
Bloco governista tem alternativas
 
Nem o G5, nem partidos evangélicos,  oficializaram as intenções de lançar um nome específico para o Senado, mas já existem especulações sobre quais seriam os postulantes. 
 
Já se falou nos deputados distritais Olair Francisco (PTdoB), Agaciel Maia (PTC) e Alírio Neto (PEN), que deixou no mês passado a Secretaria de Justiça, e, do lado dos evangélicos, despontou o nome do deputado federal Ronaldo Fonseca (PROS).
 
Entretanto, nada foi decidido ainda e as prévias do PT podem decretar um desfecho para a história.
Além da  provável candidatura de Reguffe ao Senado, também  entrará na disputa o atual senador Gim Argello, para concorrer em coligação com o ex-governador José Roberto Arruda e a distrital Liliane Roriz.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

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