sexta-feira, 6 de junho de 2014

Poupando os políticos



Um fato corriqueiro acabou se transformando, no dia 07 de novembro de 2013, numa operação da Polícia Civil do Distrito Federal que tinha como alvo vários políticos e empresários que iriam disputar as eleições de outubro. Megaempresário da construção civil do DF foi levado para prestar depoimento na Divisão Especial de Combate ao Crime Organizado (DECO). O motivo era a construção de um shopping center na cidade satélite de Ceilândia, que teve, no local, uma mudança de destinação de área. As licenças para o funcionamento do shopping caem na vala comum da burocracia e se arrastam para dar oportunidades de corrupção a fiscais e administradores. O delegado Henri Peres, responsável pelo inquérito, foi afastado e ficou nos corredores porque havia constatado um forte braço político no comando das administrações e autarquias. A operação do dia 7 de novembro teria sido um sucesso se não fosse o vazamento de informações. Agora, foi reeditada a operação, só que à margem do poder político. Documentos e escutas telefônicas flagraram  administradores de Ceilândia e Samambaia e seus “donos” em contato com empresários para conceder licenças, em operações nada ortodoxas. O administrador de Ceilândia, Ari de Almeida, tem como “patrão” a autoridade parlamentar, deputado distrital Chico Vigilante (foto); enquanto o ex-administrador de Samambaia, o petista Risomar Carvalho, é ligado ao presidente da Câmara Distrital, Wasny de Roure (foto). Pelo visto, os parlamentares que formam o braço políticos do esquema estão sendo poupados. Esta coluna publicou documentos do inquérito que mostram a autoridade parlamentar Chico Vigilante fisgada no grampo da Polícia Civil de Brasília. O megaempresário Paulo Octávio, preso há quatro dias, teve o pedido de habeas corpus negado pelo Tribunal de Justiça do DF, o que levou seus advogados a recorrer ao STJ. Enquanto isso, documentos e gravações telefônicas vazam para levar ao conhecimentos dos eleitores nomes de políticos envolvidos no esquema.

FONTE: http://www.jornaldebrasilia.com.br/coluna/noticias/292/isso-e-mino-pedrosa/

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