Um fato corriqueiro acabou se transformando, no dia 07 de novembro de 2013, numa operação da Polícia Civil do Distrito Federal que tinha como alvo vários políticos e empresários que iriam disputar as eleições de outubro. Megaempresário da construção civil do DF foi levado para prestar depoimento na Divisão Especial de Combate ao Crime Organizado (DECO). O motivo era a construção de um shopping center na cidade satélite de Ceilândia, que teve, no local, uma mudança de destinação de área. As licenças para o funcionamento do shopping caem na vala comum da burocracia e se arrastam para dar oportunidades de corrupção a fiscais e administradores. O delegado Henri Peres, responsável pelo inquérito, foi afastado e ficou nos corredores porque havia constatado um forte braço político no comando das administrações e autarquias. A operação do dia 7 de novembro teria sido um sucesso se não fosse o vazamento de informações. Agora, foi reeditada a operação, só que à margem do poder político. Documentos e escutas telefônicas flagraram administradores de Ceilândia e Samambaia e seus “donos” em contato com empresários para conceder licenças, em operações nada ortodoxas. O administrador de Ceilândia, Ari de Almeida, tem como “patrão” a autoridade parlamentar, deputado distrital Chico Vigilante (foto); enquanto o ex-administrador de Samambaia, o petista Risomar Carvalho, é ligado ao presidente da Câmara Distrital, Wasny de Roure (foto). Pelo visto, os parlamentares que formam o braço políticos do esquema estão sendo poupados. Esta coluna publicou documentos do inquérito que mostram a autoridade parlamentar Chico Vigilante fisgada no grampo da Polícia Civil de Brasília. O megaempresário Paulo Octávio, preso há quatro dias, teve o pedido de habeas corpus negado pelo Tribunal de Justiça do DF, o que levou seus advogados a recorrer ao STJ. Enquanto isso, documentos e gravações telefônicas vazam para levar ao conhecimentos dos eleitores nomes de políticos envolvidos no esquema.
FONTE: http://www.jornaldebrasilia.com.br/coluna/noticias/292/isso-e-mino-pedrosa/
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