terça-feira, 7 de outubro de 2014

Atenção à voz do eleitorado


O candidato Rodrigo Rollemberg (PSB) vive um dilema: declarar ou não apoio ao tucano Aécio Neves

Numa corrida eleitoral de segundo turno, em que a disputa é decidida por milímetros, a decisão sobre o palanque nacional precisa ser amadurecida de olho na vontade do eleitor. As urnas mostraram que o DF quer renovação no Palácio do Planalto. Dilma Rousseff teve aqui apenas 23,02% dos votos válidos. Ou seja, de cada quatro cidadãos, três preferem um substituto na Presidência. Juntos, Marina Silva (PSB) e Aécio foram escolhidos por 72%...

Com esses números, Rollemberg terá dificuldades para anunciar adesão à reeleição de Dilma, sob risco de perder muitos votos. Na reta final da campanha, brasilienses fizeram uma advertência ao candidato: “Vou com você, mas não se aproxime do PT”. Rollemberg, porém, precisa de parte da base petista na capital para derrotar o adversário, Jofran Frejat (PR), que está com Aécio.

O governador Agnelo Queiroz foi derrotado, mas obteve 307 mil votos, pouco menos que Dilma. A presidente levou 362,5 mil. Para onde irão esses eleitores, caso Rollemberg caminhe com os tucanos? Dificilmente vão preferir Frejat e seu grupo, liderado pelo inimigo do PT José Roberto Arruda. Antes das eleições, Rollemberg conversou com Aécio. Cogitou-se até mesmo uma aliança no primeiro turno que ficou sem sustentação porque havia Eduardo Campos e, depois, Marina Silva. Agora, o caminho está aberto para uma aproximação.
Fonte: Correio Braziliense. Por ANA MARIA CAMPOS

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