quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Dois partidos da coligação de Agnelo decidem apoiar Frejat no segundo turno

Legendas migraram de apoio ao PT para coligação de histórica oposição a petistas

Candidatos seguem na corrida por apoio no segundo turno. Frejat fecha com partidos que apoiaram Agnelo no primeiro turnoAnderson Dantas
O PEN e o PHS, que compuseram a coligação do governador Agnelo Queiroz (PT) na disputa à reeleição, fecharam acordo para apoiar Jofran Frejat (PR) no segundo turno das eleições para governador do Distrito Federal. 
O atual governador ficou fora da disputa depois de alcançar apenas 20,07% dos votos e amargar um terceiro lugar na corrida ao Palácio do Buriti. A decisão das legendas foi anunciada na noite desta terça-feira ao lado de Frejat e do ex-candidato, José Roberto Arruda, que desistiu da disputa depois de derrotas no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com base na Lei da Ficha Limpa. 
A coligação que apoiou Arruda e é a base de sustentação para Jofran Frejat é historicamente oposição ao PT no Distrito Federal. A coligação tem nos bastidores o ex-governador Joaquim Roriz e o senador cassado Luiz Estevão, considerados inimigos políticos do PT no Distrito Federal. Apesar das diferenças entre as duas coligações, o presidente do PEN no DF, deputado Alírio Neto, não vê dissonância entre participar de coligações com diferentes vertentes políticas em uma eleição.
Segundo o distrital, que foi secretário de Justiça do governo Agnelo, o apoio a Jofran Frejat saiu depois da análise conjunta do PEN e do PHS em relação às propostas de governo de Jofran e de Rodrigo Rollemrberg, candidato pelo PSB. Segundo Neto, o programa de governo de Rollemberg é superficial.
— O programa do Rodrigo não diz como as coisas serão feitas. Lá tem uma parte em que ele diz que vai implantar o bilhete único, mas não diz como isto será feito. Outro ponto que pesou para a gente foi o quesito de enfrentamento às drogas. O programa de governo dele praticamente não faz menção a isso.
O deputado distrital ainda destaca que o programa de Segurança Pública é incompleto. 
— Dez crimes graves, oito são cometidos por envolvimento com drogas, então um programa que fala em segurança pública e não diz como fará o enfrentamento às drogas é inconsistente.
Mais votado no primeiro turno, Rollemberg afirma que não vai atrás de nenhum partido ou candidato em busca de apoio, mas garante que quem quiser apoiá-lo será bem-vindo, desde que respeite seu plano de governo.
— Todos os que queiram apoiar nosso programa de governo, sem absolutamente nada em troca, serão muito bem-vindos. [Tem que vir para a coligação] apenas pelo desejo de mudança.
Segundo o coordenador de campanha de Rollemberg, Hélio Doyle, o candidato espera a reunião do PSB, marcada para esta quarta-feira (8), para saber se a ex-senadora Marina Silva apoiará o candidato a presidente da República Aécio Neves (PSDB). Se a aliança se confirmar, Rollemberg pode buscar apoio do deputado e ex-candidato Luiz Pitiman (PSDB) e dar palanque ao Aécio no Distrito Federal.

FONTE: R7

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