quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Rollemberg anuncia nesta quarta-feira apoio a um dos candidatos à Presidência

PDT nacional decide se aliar a Dilma Rousseff, mas o senador Cristovam Buarque e outros políticos da sigla tendem a adotar posição divergente

 (Breno Fortes/CB/D.A Press)

Enquanto o candidato do PR ao Buriti, Jofran Frejat, já reafirmou o apoio à candidatura de Aécio Neves (PSDB) ao Palácio do Planalto, somente hoje serão confirmados os rumos dos principais nomes da aliança de Rodrigo Rollemberg (PSB) na corrida presidencial. O partido do senador faz reunião nacional em Brasília e tende a optar por neutralidade, liberação dos filiados ou adesão a Aécio. O PDT nacional decidiu ontem se manter com a presidente Dilma Rousseff (PT) e orientou os diretórios regionais a fazerem o mesmo, mas pedetistas de peso tendem a adotar postura independente e apoiar o tucano. Outro aliado dos pessebistas na cidade, o PSD, aguarda para seguir a opção de Rollemberg. 

Conforme o Correio antecipou ontem, o PSDB tem feito articulações para garantir espaço nos dois palanques na disputa pelo Buriti, impedindo Dilma Rousseff de conseguir participar de atos de campanha de Frejat e de Rollemberg. A ideia é ampliar a votação do tucano na capital — ele obteve 568,3 mil votos no primeiro turno (36,1%). “Acreditamos que é possível melhorar ainda mais esse desempenho de Aécio no DF”, disse o deputado federal Luiz Pitiman, que disputou o GDF. Hoje à tarde, Aécio participará de um ato no Memorial JK, onde agradecerá apoiadores e conversará com os grupos do DF. 

Presente na chapa majoritária do PSB, com a indicação do vice (Renato Santana), o PSD aguarda o posicionamento de Rollemberg. “Não temos como fazer nada diferente, a posição dele será a nossa. Não temos preferência por esse ou aquele candidato à Presidência”, observou o deputado federal eleito Rogério Rosso, presidente regional da sigla. Nacionalmente, a legenda está na campanha de Dilma. “Mas tivemos autorização nacional do partido para respeitar as situações locais. Assim, cada diretório fez a composição que achou mais adequada”, acrescentou Rosso. O Solidariedade, do deputado federal eleito Augusto Carvalho, mantém-se com Aécio.

Rollemberg disse ontem ao Correio que vai informar sua posição quanto à disputa presidencial na reunião do PSB. No encontro, a sigla decidirá o que fazer. “Estou no partido desde a origem e direi aos correligionários o que penso a respeito da eleição ao Palácio do Planalto. Vamos todos conversar e decidir qual é o melhor rumo a adotar”, adiantou o senador. O presidente do PSB-DF,  Marcos Dantas, confirmou que qualquer decisão nesse aspecto sairá da reunião.

Divisão
O mais provável é que o parlamentar, mesmo tendo integrado a base de Dilma e indicado cargos no governo federal, prefira a neutralidade ou o apoio a Aécio. O risco de ingressar na campanha  petista é remexer feridas abertas ao longo doprimeiro turno no DF, no qual Rollemberg e Agnelo Queiroz (PT) trocaram ataques e acusações.

Certo é que o PDT-DF caminhará dividido quanto ao apoio à eleição presidencial. Ontem à noite, o partido se reuniu em Brasília e manteve a aliança com Dilma Rousseff, passando a orientar os filiados nos diferentes estados a agirem igual. O diretório do DF acatou a determinação, assim como o deputado distrital reeleito Joe Valle. “Estaremos na campanha da presidente Dilma”, avisou Valle. O mesmo não se pode dizer de Celina Leão, distrital também reeleita e adversária histórica dos petistas. Além disso, o senador eleito José Antônio Reguffe e o senador Cristovam Buarque adotam um discurso de que querem mudanças, com indicação de apoio a Aécio (veja entrevista acima). A decisão deles deve sair hoje, em conjunto com o governador eleito de Mato Grosso, Pedro Taques.


Quatro perguntas para Cristovam Buarque, senador pelo PDT

Qual é a posição do senador sobre o segundo turno presidencial?
Sou coerente. Por isso, votei em Marina Silva no primeiro turno. O que posso dizer é que quero mudança.

Mas essa mudança que o  senhor espera passa por algum dos candidatos na disputa?
Para falar a verdade, não acredito nos planos de governo de nenhum dos dois. Não vejo onde eles podem acolher o meu desejo de mudança, como o de um país onde o filho do trabalhador possa estudar na mesma escola que o filho do patrão e onde se dê mais valor à preservação ambiental.

Mas que diferença existe entre os dois candidatos, então?
O que temos é uma candidata com um histórico partidário de 12 anos no poder e um candidato que, se eleito, vai começar do zero.

Sua opção então seria por Aécio Neves?
A alternância na política sempre é positiva. É claro que eu queria uma alternância para a frente e, até por isso, caminhei com Marina Silva no primeiro turno. Com Aécio e Dilma na disputa, corremos o risco de o país permanecer com as mesmas práticas, sem muitas alterações no conteúdo. Mas, pelo menos, a alternância por um novo nome já é algum tipo de alternância.


FONTE: CORREIOWEB

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