quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Rollemberg diz que só quer apoio se for explícito


Candidato nega que esteja alinhado com o governador ou com o PT
Millena Lopes
millena.lopes@jornaldebrasilia.com.br

Candidato ao Governo do Distrito Federal, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB) nega qualquer tipo de apoio que venha do governador Agnelo Queiroz ou do PT. Ele afirma que faz oposição ao petista e garante: “Não faço acordo velado”. 
Nos bastidores, no entanto, várias figuras da política dizem que esperam espaço na equipe do senador, caso ele chegue ao comando do Palácio do Buriti. E o apoio de Agnelo, dizem os mais próximos, não pode ser explícito, uma vez que diverge do que prega a campanha do senador, que diz ser a mudança que o Distrito Federal precisa.
 “Sou oposição, fiz oposição e faço oposição ao Agnelo”, garante o candidato ao GDF, que foi eleito na chapa do governador quatro anos atrás.
Rollemberg chama o tititi de “intriga” e garante não haver troca de apoio por cargos em um provável governo: “Os partidos que me apoiam o fazem publicamente. Nossos apoios são explícitos. E eu não ofereço nada em troca”.
Às claras
O PSB, que estava coligado com   SD, PDT e PSD no primeiro turno, já ganhou apoio do PPS, PRP e PSDB no segundo. Ontem, PV e PRB também declararam apoio ao senador. “Estamos satisfeitos com esse apoio”, diz o senador. “O PV é um partido que comunga de princípios que comungamos, a exemplo da sustentabilidade”, assinalou.
Rollemberg exaltou o fato de o PRB ter eleito um deputado distrital - Julio Cesar Ribeiro, ex-secretário de Esporte do governo Agnelo - e ser “um partido que vem crescendo muito em nível nacional”. 
 As duas legendas faziam parte da coligação do governador petista. Na semana passada, os partidos da base que declararam apoio ao concorrente de Rollemberg, Jofran Frejat (PR), foram retaliados pelo atual governo. Foi o que ocorreu com PEN e  PHS, que perderam os cargos que tinham, respectivamente, na Secretaria de Justiça e na Defesa Civil. 
Ontem, o governador revogou o decreto que exonerava os servidores da Secretaria de Justiça que atuam no Na Hora. Mas não explicou o motivo. Dias antes, no entanto, outro grupo lotado na pasta já havia sido exonerado do governo.
Coligação já conta com dez partidos
1. PV e PRB, que estiveram na base do governo de Agnelo Queiroz (PT) e o apoiaram durante o primeiro turno, anunciaram ontem apoio a Rodrigo Rollemberg. 
 
2. Com esses dois partidos a coligação, originalmente formada por PSB, PDT, SD e PSD, chega a dez siglas, somando com PSDB, PRP, PPS e PPL, que logo após o primeiro turno anunciaram apoio a Rollemberg.
 
3. Deputado com maior votação para a Câmara Legislativa, Júlio César (PRB) afirmou que a decisão pela candidatura de Rollemberg foi tomada por toda a Executiva Regional levando em conta a compatibilidade de ideias, especialmente no que diz respeito a políticas para o esporte e a família.
 
4. O distrital eleito disse que a entrada do PRB na chapa de Rodrigo Rollemberg ”incorpora um peso a mais à campanha dele por conta das boas votações que os candidatos da legenda tiveram”, mesmo  tendo  apenas um parlamentar eleito para a Câmara Legislativa.
 
5. O presidente regional do PV, Eduardo Brandão, afirmou que “a decisão não foi muito difícil”, já que o conteúdo programático do candidato do PSB é, segundo ele, parecido com o que pensa o partido.
 
6. Tanto o Partido Verde quanto o PRB afirmam que as legendas não demoraram a se decidir a quem apoiar  no segundo turno e que a decisão por Rollembrg foi programática e não por conta do favoritismo apresentado nas pesquisas de intenção de votos.
 
7. Segundo Eduardo Brandão, o distrital reeleito Professor Israel Batista (PV), caso Rollemberg seja eleito, trabalhará de forma independente na Câmara Legislativa, sendo ou não da base do hoje candidato.
 
8. Os dois partidos, assim como os demais que declararam apoio a Rodrigo Rollemberg, afirmaram que não foi negociado nenhum tipo de apoio em troca de cargos e que houve identificação com as propostas do senador.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

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