quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Governador, enganar o eleitor é fraudar eleição e cometer estelionato eleitoral


RRCuidado governador, já existe lei para punir o político que mente ao eleitor
Causou indignação na maioria das cidades que realizaram o processo de consulta popular para a formação de listas tríplices as quais foram completamente ignoradas e enterradas pelo governador Rodrigo Rollemberg, que durante a sua campanha prometeu fazer eleição direta para administradores, mas que antes acolheria as indicações de nomes propostos pelas comunidades.

Ontem, ao anunciar 25 nomes para assumir os comandos das administrações regionais, o governador revelou que é mais fácil praticar a velha e viciada política do que cumprir as promessas que usou para conquistar o voto do eleitor, o que não deixa de ser um “estelionato eleitoral” e um desrespeito à sociedade em geral.
Lideranças comunitárias de cidades como Jardim Botânico, Núcleo Bandeirantes, Varjão, Lago Sul, Samambaia e Estrutural começaram a se mobilizar para lutar pelo cumprimento da promessa da consulta popular, atos esses realizados pela maioria das comunidades.
Alguns administradores anunciados na tarde de ontem no Buriti, sequer moram nas cidades e não possuem nenhuma identificação com seus variados problemas. O administrador do Lago Sul, Aldemir Paraguassu, que sucedeu Wander Azevedo que passou apenas 14 dias no cargo, pode encontrar dificuldade de relacionamento com os moradores do Jardim Botânico , cidade pela qual ele responderá interinamente.

Farinha do mesmo saco
Grande parte dos administradores emergiu das indicações políticas negociadas em troca de apoios. Rollemberg se rendeu a uma pratica a qual se forjou nestes seus 20 anos de vida publica, e contra a qual ele prometia lutar e acabar.
Nas “rodas de conversas pra boi dormir” Rollemberg sustentava que não iria lotear cargos públicos em troca do apoio político. "Não negociamos cargos com nenhum partido”, repetia ele exaustivamente para conquistar o voto. Mas não é o que vem acontecendo.
O líder do governo na Câmara Legislativa, deputado Raimundo Ribeiro (PSDB), revelou que os seus colegas distritais, têm total legitimidade para ajudar na escolha dos administradores. “O governador deve ter toda liberdade de escolher quem vai ajudar a governar, mas a oitiva dos parlamentares é fundamental, porque eles representam a população”, reconheceu o líder do governo.

Lei para punir o politico que mente
A Câmara Federal analisa o Projeto de Lei 4.523/12, do deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), que torna crime o não cumprimento das propostas de governo registradas durante a campanha eleitoral e também as promessas divulgadas pelo candidato no horário eleitoral no rádio e na TV e na internet. O projeto altera o Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40) para incluir o estelionato eleitoral entre as práticas de estelionato. De forma geral, esse crime caracteriza-se pela obtenção de vantagem ilícita com prejuízo para outra pessoa, a partir da indução ao erro mediante fraude. A pena atualmente prevista é reclusão de um a cinco anos e multa.
Na opinião de Nilson Leitão, o estelionato eleitoral encerra o mesmo tipo de fraude, só que em relação ao exercício da cidadania. “São muitos os candidatos que registram propostas às vezes impossíveis de serem executadas. O eleitor desavisado acredita e vota no candidato que, depois de eleito, ignora as propostas como se não as tivesse feito. Isso é enganar o eleitor, é fraudar o processo eleitoral”, afirma o parlamentar.

FONTE: RADAR CONDOMÍNIOS

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