terça-feira, 22 de abril de 2014

PASQUIM DA SEGURANÇA: PMs e bombeiros iniciam paralisação por tempo indeterminado


Oficiais aderem à paralisação da PM no Rio Grande do Norte

Categorias cobram Lei de Promoções de Praças e melhorias estruturais. Governo diz que projeto deve ser enviado à assembleia até 1º de maio. Secretário quer descobrir origem das mensagens que circulam nas redes sociais...
A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte iniciaram na manhã desta terça-feira (22) uma paralisação por tempo indeterminado. As duas categorias estão acampadas no Centro Administrativo do Estado, em Natal, e decidiram permanecer no local até que o governo do estado garanta o cumprimento das reivindicações. Parte dos oficiais das duas corporações aderiu ao movimento. Além de melhorias estruturais, os militares exigem o envio da Lei de Promoções de Praças para a Assembleia Legislativa e os bombeiros ainda cobram a abertura de concurso público. Uma assembleia deve acontecer até o final da manhã, quando será decidido pelo fim ou manutenção da paralisação.

De acordo com Nastagnan Batista, presidente do Sindicato dos Profissionais de Transporte do Rio Grande do Norte (Sintro), o serviço de transporte público na capital e na região metropolitana segue funcionando normalmente. "Vamos trabalhar normalmente. Só vamos parar se acontecer algo que atinja diretamente algum trabalhador ou se percebemos que eles possam ficar em risco, como trabalhar a noite sem policiamento nas ruas", explicou ele.

Segundo o secretário estadual da Segurança Pública Eliéser Girão, o governo garantiu o envio da referida lei para a Assembleia Legislativa até o dia 1º de maio. O Projeto de Lei, ainda de acordo com o secretário, está em análise na Casa Civil e deve ser encaminhado para a Consultoria Geral do Estado ainda nesta terça, o que também deve acontecer com um projeto para majoração da diária operacional da PM, a autorização para concurso público do Corpo de Bombeiros e a Lei de Segurança e Combate a Incêndio e Pânico.

Em reunião realizada na tarde desta segunda-feira (21), a Associação de Cabos e Soldados apresentou ao procurador geral do Estado detalhes da pauta de reivindicação. A resposta foi o compromisso de se formar uma mesa de negociação com a governadora na manhã desta terça.

De acordo com Roberto Campos, presidente da associação, "a expectativa é de uma grande participação de praças vindos também do interior para somar à luta que só tem um motivo: garantir ao cidadão um melhor serviço de segurança pública".

Investigação vai apurar origem de mensagens que pregam insegurança.
O secretário da Segurança Pública e da Defesa Social do Rio Grande do Norte, Elieser Girão, diz que o Estado conta com efetivo suficiente para atender os serviços de segurança mesmo com a paralisação da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. Em entrevista à Inter TV Cabugi, ele também afirma que a população não precisa ficar preocupada com as mensagens que têm sido divulgadas nas redes sociais que alertam para arrastões e saques durante o movimento. “Isso não vai acontecer”, garante.

Elieser Girão disse também que a Secretaria abriu procedimentos investigatórios para apurar a origem dos textos. Ele as classifica como mensagens terroristas. “Estamos com investigações abertas em função de mensagens, que eu classifico como sendo mensagens terroristas - pregando o terror na população, dizendo que vai haver quebra, saques, homicídios, por causa dessa paralisação”, ressaltou o secretário.

Com relação ao protesto da PM e Corpo de Bombeiros, Girão afirma que “o governo não aceita esse tipo de paralisação”, sob a alegação de que “não houve quebra nas negociações”. O secretário criticou a Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar. “A associação tem papel de associação e não de sindicato. Eles precisam entender isso. Não vou aceitar que pessoas levantem bandeiras políticas no meio da associação. Eles são profissionais que estão trabalhando e devem trabalhar”, pontuou.

Além de melhorias estruturais, os militares exigem o envio da Lei de Promoções de Praças para a Assembleia Legislativa e os bombeiros ainda cobram a abertura de concurso público. Uma assembleia deve acontecer até o final da manhã, quando será decidido pelo fim ou manutenção da paralisação.

Segundo o secretário estadual da Segurança Pública Eliéser Girão, o governo garantiu o envio da referida lei para a Assembleia Legislativa até o dia 1º de maio. O Projeto de Lei, ainda de acordo com o secretário, está em análise na Casa Civil e deve ser encaminhado para a Consultoria Geral do Estado ainda nesta terça, o que também deve acontecer com um projeto para majoração da diária operacional da PM, a autorização para concurso público do Corpo de Bombeiros e a Lei de Segurança e Combate a Incêndio e Pânico.
Categoria também reivindica melhorias nas condições de trabalho.
A Associação dos Oficiais da Polícia Militar do Rio Grande do Norte confirmou apoio ao movimento realizado nesta terça-feira (22) pelos cabos e soldados da corporação e pelos bombeiros militares. De acordo com o capitão Antoniel Moreira, presidente da Associação dos Oficiais, os militares que não estão de serviço vão para a Governadoria em apoio à paralisação.

"Os que estão de serviço vão para o quartel normalmente, mas só realizarão o patrulhamento na rua se tiverem condições de executar o trabalho", afirmou o capitão Moreira. Ele se refere à disponibilização de armamento, equipamentos de proteção, rádios transmissores e viaturas. "Comumente os oficiais dão um jeito, mesmo quando não há condições de trabalho. Hoje isso não vai acontecer".

A adesão dos oficias, ainda de acordo com o presidente da associação, se dá exatamente pela falta de estrutura encontrada pelos profissionais cotidianamente. "A Polícia Militar está em colapso há muito tempo", criticou Moreira.

Fonte: Portal G1 RN

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Estamos de olho!!!

 


POR Tenente Rajão

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