sábado, 11 de outubro de 2014

Aécio acata parte das exigências de Marina Silva por apoio e defende legado de Campos

O tucano firmou compromisso com o projeto de extinguir a reeleição presidencial, mas não falou recuou sobre a redução da maioridade penal

O candidato do PSDB nas eleições presidencias, o senador Aécio Neves, voltou a dizer, na manhã deste sábado (11), em ato de campanha para a disputa do segundo turno, no Recife, que defende o legado político deixado pelo ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Ele classificou a visita à capital pernambucana neste fim de semana como um dos atos “mais importantes para vencer as eleições”. O tucano também anunciou concordar com parte das exigências feitas por Marina Silva para apoiar o PSDB no segundo turno presidencial.

O encontro com líderes e representantes de movimentos sociais, no Recife Praia Hotel, no Pina, serviu para Aécio Neves apresentar e defender parte do seu programa de governo, agora sujeito ao apoio de outras alianças para tentar evitar mais quatro anos de gestão petista, caso Dilma Rousseff vença a disputa no fim deste mês.

Quem abriu os debates foi o prefeito do Recife, Geraldo Júlio, que reafirmou que a aliança com o tucano segue o projeto político do ex-governador Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo durante a campanha presidencial no primeiro turno. Segundo Geraldo Júlio, a união entre socialistas e tucanos “tem o compromisso com os que mais precisam, conforme desejo do ex-governador Eduardo Campos”. O discurso foi reafirmado pelo governador eleito de Pernambuco, Paulo Câmara.

Em seguida, foi a vez de Aécio Neves, que estava acompanhado por uma das filhas, Gabriela, ler uma síntese de um documento no qual reafirma compromissos de campanha e um novo projeto de gestão. De acordo com ele, a campanha incorpora propostas de partidos da base de apoio do tucano, como o compromisso com o projeto de extinguir a reeleição presidencial, o fortalecimento das políticas de meio ambiente e sustentabilidade (defendidas por Marina Silva, derrotada no primeiro turno e que ainda não declarou oficialmente o apoio ao tucano), reforma agrária, violência e o Programa Dez Mais, relativo à classe médica (proposta de Eduardo Campos). Ele porém não falou na redução da maioridade penal.

Durante o discurso, Aécio Neves acusou o governo federal de ser “negligente com a reforma agrária, já que não houve nenhum avanço na questão da demarcação das terras indígenas”. O senador mineiro contou, ainda, com o apoio de três filhos de Eduardo Campos, João, Pedro e Maria Eduarda, além de muitos correligionários, como os deputados federais eleitos Bruno Araújo, Mendonça Filho e Daniel Coelho. Aécio Neves também estava acompanhado de Beto Albuquerque, candidato a vice-presidente na chapa de Marina Silva, do governador de Pernambuco, João Lyra Neto, de Sileno Guedes, presidente estadual do PSB, entre outros representantes de partidos que compõem a coligação de apoio ao PSDB.

A comitiva seguiu para o Clube Internacional do Recife onde vai se reunir com lideranças políticas. Depois, Aécio almoça na casa de Renata Campos, viúva de Eduardo Campos, em Dois Irmãos. Será um encontro reservado para, no máximo, 15 pessoas. À tarde, o candidato segue para Sirinhaém, onde participará de uma caminhada e um comício.

O presidente do PSDB pernambucano, deputado federal Bruno Araújo, e o atual coordenador da campanha tucana no estado, prefeito Elias Gomes, fecharam os detalhes da agenda com o governador eleito Paulo Câmara (PSB) e o prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB). Bruno Araújo considera que, dada a importância do apoio do PSB a Aécio Neves, o governador eleito Paulo Câmara terá papel significativo no anúncio da agenda e, principalmente, na campanha. O governador eleito assumirá a coordenação da campanha de Aécio Neves no estado.

FONTE: CORREIOWEB

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