sexta-feira, 18 de abril de 2014

CICLO PETISTA PERTO DO FIM. NEM "VOLTA, LULA", É GARANTIA DE VITÓRIA PARA O PT.


A popularidade de Dilma Rousseff despencando, o turbilhão de corrupção 
escorrendo de dentro da Petrobras, o homem-bomba do PT zanzando da 
Câmara dos Deputados pronto pra explodir, a inflação fazendo os salários 
encolherem e as perspectivas pífias de crescimento da economia brasileira 
são indicadores seguros de que o "ciclo do PT", está realmente chegando ao 
seu final, segundo profetizou há algum tempo o candidato oposicionista 
Aécio Neves.

A tábua de salvação do PT seria então o Lula? Ao que parece o volume de 
descontentamento do povo brasileiro em todos os patamares sociais não 
poupa Lula que, talvez, fosse o candidato mais vulnerável da situação. Afinal, 
o descalabro do Brasil em todos os aspectos começou com ele. Governou 
quando a economia mundial estava bombando e desperdiçou a maior 
oportunidade do Brasil para sair do atoleiro do atraso.

Ademais, cumpre notar que o nível de vulnerabilidade política que afeta Lula 
é comprovado por ele mesmo. Desde o ano passado, quando explodiu o 
escândalo Rose Noronha, sua amante, Lula continua fugindo da imprensa como 
o diabo foge da cruz. Sua aparição pública se faz por meio de ventríloquos. 
Seu último sinal de vida política resumiu-se a um encontro com os denominados
 "blogueiros progressistas", o jornalismo pena alugada financiado por estatais 
que atua na internet. Esse famigerado grupo também é conhecido pelas redes 
sociais como "blogs do esgoto" cibernético. 

Tais fatos, evidentemente, contribuem para uma estratégica inapetência 
lulística para enfrentar uma campanha eleitoral. Queimar o Lula é queimar o 
mito do PT. Acresce a tudo isso que Lula ainda se trata do câncer, o que é 
normal. Embora tenha se recuperado muito bem, sabe que uma campanha 
presidencial nas atuais circunstâncias não se resume a uma entrevista com 
blogueiros à soldo. Será uma luta sem quartel. Do outro lado estão dois 
homens fortes ainda bafejados pela força da juventude e políticos experientes.

Concluindo esta rápida análise recolho do site do Estadão artigo do José 
Roberto de Toledo, analista político e, sobretudo, expert em pesquisas 
eleitorais. Nas atuais circunstâncias quando a campanha ainda não começou 
para valer, Toledo afirma que nem mesmo a volta de Lula é garantia para
 vitória do PT. Leiam:

O “volta, Lula” não seria o passeio imaginado pelos petistas que não querem
 ver Dilma Rousseff disputando a própria reeleição. O Ibope testou um cenário
 com Luiz Inácio Lula da Silva no lugar de Dilma, enfrentando só Aécio Neves 
(PSDB) e Eduardo Campos (PSB). O ex-presidente ficou com 42%, apenas três
 pontos a mais do que Dilma.

Tampouco a vantagem de Lula sobre os rivais é muito maior: 19 pontos a mais
 do que a soma dos adversários, contra 15 pontos de diferença a favor da atual
 presidente. Esses números não são garantia de vitória em um cenário de 
desejo crescente de mudança por parte do eleitor.

Segundo o Ibope, a maioria de brasileiros que querem mudanças profundas no
 governo cresceu de 62% em novembro do ano passado, para 68% em abril 
deste ano.

O desejo de mudança ou de continuidade é o motor de qualquer eleição. 
Eleições mudancistas favorecem, em tese, a oposição. Por enquanto, porém, 
Aécio e Campos têm sido incapazes de capturar esses eleitores que querem 
mudar tudo ou quase tudo. Mas tampouco Lula vai muito bem entre eles.

Sem ninguém que lhes agrade, um terço dos mudancistas declara, hoje, que 
votaria em branco ou anularia seu voto. O histórico mostra ser improvável que
 todos eles confirmem o anti-voto na urna. Muitos acabam votando “útil”, para
 evitar a eleição de quem gostam menos ainda. Resta ver quem será visto em
 outubro como, se não o melhor, ao menos o mais “útil” dos presidenciáveis.

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